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10 quadrinhos para fugir um pouco dos super-heróis
Nos últimos anos, vimos a crescente dos super-heróis na cultura popular. Mas é preciso admitir que, depois de muitos filmes iguais e a falta de originalidade nos quadrinhos, com algumas exceções, o gênero pode ficar cansativo. Por isso, separamos essa lista com recomendações de quadrinhos para refrescar suas leituras.
1. A Grande Odalisca
O quadrinho conta sobre uma dupla de amigas que roubam obras de arte. Agora elas precisam pegar A Grande Odalisca no Museu do Louvre, mas para isso, precisam da ajuda da motociclista Sam.
Escrita e desenhada pelo trio francês Bastien Vivès, Florent Ruppert e Jérôme Mulot, a HQ entrega uma das histórias mais divertidas da nona arte, com personagens cativantes e uma narrativa cheia de reviravoltas, além de uma arte impressionante.
Também foi lançado o segundo volume, chamado A Grande Odalisca: Olympia.
2. Conto de Areia
Ramon K. Perez adaptou para os quadrinhos um roteiro de filme da dupla Jim Henson e Jerry Juhl, os criadores dos Muppets, que nunca chegou a sair do papel. A história é sobre um homem comum, Mac, que chega no sudoeste norte-americano e é obrigado a participar de uma corrida maluca, com um pistoleiro perseguindo-o e várias criaturas estranhas ao longo do caminho.
Não é uma surpresa que esse roteiro não tenha virado filme, pois é uma história surrealista que seria muito cara de se fazer na época. Mas graças à arte fenomenal do Ramón K. Perez, o roteiro ganha vida e enche nossos olhos com as situações mais bizarras possíveis.
3. Guarani – A Terra Sem Mal
Deixando de lado a aventura, esse quadrinho traz um olhar bem intimista sobre a Guerra do Paraguai, mostrando um fotógrafo francês, Pierre Duprat, que vai ao Paraguai para fotografar jovens indígenas da Tribo Guarani. Porém, ele acaba testemunhando um dos maiores massacres da América Latina, a Batalha de Acosta Ñu.
Mesmo sem homens, o Paraguai não quis se render e mandou três mil garotos para o front a fim de enfrentar mais de 20 mil brasileiros, argentinos e uruguaios. Esse massacre de 1868 durou sete horas.
Com roteiro de Diego Agrimbau e arte de Gabriel Ippóliti, essa é uma história em quadrinhos que nos comove e retrata um dos piores acontecimentos dos quais o Brasil já participou.
4. Golias
Escrito e desenhado por Tom Gauld, o quadrinho conta a história de Davi e Golias, mas do ponto de vista do Golias, mostrando uma pessoa completamente diferente do modo como é retratado na Bíblia. O enredo chega até a fazer com que a gente torça para ele no final, mesmo sabendo o resultado. É uma história bem simples, mas com um olhar delicado sobre uma figura que sempre foi retratada como um monstro.
5. A Arte de Charlie Chan Hock Chye
Trata-se de uma falsa autobiografia, mas tão bem contada que parece ser tudo verdade. Ela mostra a vida de Charlie Chan, um artista de quadrinhos de Singapura já com seus 70 anos, o qual relembra a carreira que começou aos 16, passando por essas cinco décadas.
O mais incrível desse quadrinho é que, enquanto a história vai passando, o traço vai mudando conforme o que estava na moda durante a década retratada. E enquanto conta a história desse artista, ele retrata todo o panorama político e social de Singapura durante esses 50 anos.
Sonny Liew faz um trabalho magnífico nessa história. Na época da publicação, o quadrinho quase foi censurado em Singapura, mas ainda bem que tudo deu certo e hoje podemos ter o prazer de ler a obra.
6. Paraíso Perdido
Pablo Auladell adaptou os poemas de John Milton, contando como Lúcifer foi expulso do Paraíso. Esse clássico da literatura já ultrapassou o imaginário popular, e até hoje ainda confunde algumas pessoas sobre coisas que não estão na Bíblia, mas sim nesses poemas.
A adaptação tem uma arte sombria e um pouco suja, combinando perfeitamente com o que é contado. A guerra no céu é retratada até Lúcifer e uma legião de anjos serem expulsos e, sem poder revidar, decidirem atacar a melhor criação de Deus: o homem. Tudo é representado de uma forma singular, como nunca visto antes.
7. Deus em Pessoa
Em uma fila do censo, um homem sem casa, documento ou qualquer tipo de inscrição diz ser Deus. As pessoas começam a acreditar nisso e o culpam por tudo de errado que aconteceu no mundo, afinal, ele é Deus, então poderia impedir todas as coisas ruins. Então a humanidade organiza um julgamento contra Ele.
Com roteiro e arte de Marc-Antoine Mathieu, o quadrinho retrata essa história de uma forma bem apropriada, fazendo-nos questionar sobre os temas apresentados e até mesmo duvidar se esse homem é quem ele realmente diz ser.
8. Pílulas Azuis
Frederik Peeters escreve e desenha esse quadrinho autobiográfico sobre como ele conheceu sua namorada, Cati, que é soropositiva, e de que maneira ele lida com todas as suas emoções por estar com ela. Pílulas Azuis nos permite acompanhar o cotidiano dessa relação de uma forma bem natural, sem nos poupar de duras verdades e coisas surpreendentes sobre o assunto.
Essa história também possui uma continuação, que foi escrita quase 20 anos depois, na qual ele volta a contar como está essa relação e o que aprendeu durante todos esses anos. Oleg é uma ótima continuação para provar que é perfeitamente normal conviver com o HIV nos dias de hoje.
9. Meu Amigo Dahmer
Imagine estudar com uma pessoa que se tornaria um serial killer. Isso é exatamente o que aconteceu com Derf Backderf, o roteirista e desenhista desse quadrinho. Ele fez o ensino médio com Jeffrey Dahmer, que iria se tornar um famoso serial killer alguns anos depois.
Nesse quadrinho, o autor conta como Dahmer era na escola, os hábitos estranhos que ele tinha e como as pistas de sua psicopatia já eram visíveis desde aquela época, mesmo que ele só tenha começado os hábitos de serial killer mais de 10 anos depois.
10. Como uma Luva de Veludo Moldada em Ferro
Depois de assistir a um filme estranho, chamado Como uma Luva de Veludo Moldada em Ferro, Clay Loudermilk fica obcecado por encontrar a protagonista e vai até a cidade onde o filme foi produzido para descobrir quem é ela, porque o longa não tem créditos com o nome dos atores. Porém, no caminho, ele se depara com situações completamente bizarras e sem sentido.
Temos uma dupla sádica de policiais que entalha um estranho símbolo no seu calcanhar; uma suburbana de meia-idade e libidinosa cujo encontro sexual com uma misteriosa criatura das águas gerou uma filha mutante grotescamente disforme, mas não menos libidinosa; um cão sem qualquer orifício, o qual tem que ser alimentado via injeções; duas vítimas sinistras de implantes capilares terrivelmente mal feitos; um carismático líder de culto parecido com o Charles Manson que planeja sequestrar um famoso colunista e muitas outras bizarrices indescritíveis.
Com roteiro e arte de Daniel Clowes, esse é um quadrinho bem experimental que não agrada todos os públicos, mas vale a pena ler se estiver curioso. Com certeza, será uma das coisas mais legais e mais bizarras de se ler.
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