Cobertura: Festival Timbre 2024

O Festival Timbre 2024, um dos maiores eventos de música independente do interior do Brasil, enfrentou um desafio inesperado: uma forte tempestade que atingiu Uberlândia no sábado, 28 de setembro, impossibilitando a realização da programação esperada. Apesar do imprevisto e da frustração do público, a equipe do festival demonstrou resiliência. Em um curto espaço de tempo, todos os esforços foram direcionados para garantir a segurança de todos e reorganizar o evento.

No domingo, 29 de setembro, o festival seguiu com uma programação adaptada, mas não menos emocionante. Artistas como Detonautas, Rockão, Banda Uó e Lamparina levaram o público ao delírio. Black Alien que era uma das grandes atrações da noite de domingo também cancelou de útlima hora e coube ao Detonautas em fechar a programação com chave de ouro.

Mas que Show do Timbre foi esse?

Não podemos negar que a expectativa para esta edição do Festival Timbre era enorme, prometendo ser a maior de todas. Nos fazendo entender o quão frustrante pode ser para o fã não ver seu ídolo se apresentar conforme o esperado (alô, fãs da Gaga! rsrs), mas existem situações que fogem completamente ao nosso controle. Nessas horas, só nos resta reagir às adversidades e valorizar a experiência que o festival conseguiu entregar. Com isso em mente, vou focar este “review” na minha experiência pessoal de vivenciar o Timbre. Nossa equipe já cobriu outras edições anteriores, mas esta foi a minha primeira vez. Então, vamos nessa?

O que sempre chamou atenção no Timbre é a sua diversidade de atrações, respeitando e dando destaque às vozes e talentos locais, enquanto também consegue trazer artistas que, em outras ocasiões, pareceriam distantes de uma região predominantemente influenciada pelo agro e pelo sertanejo. Então, apesar dos contratempos, é importante reconhecer e valorizar a existência do Timbre como um festival essencial para o interior do país.

Sobre o Domingão

O festival oferecia uma experiência diversificada com dois palcos principais e o Palco Sesc Hip Hop, que celebrava a cena local com mais de 100 artistas. A banda Rockão, uma grata surpresa, apresentou um rock autêntico e com uma forte identidade queer, representada pela poderosa voz de Suanny.

Ainda no Palco Sesc, a galera vibrava ao som de uma grande descoberta para mim: a DJ Xuxu Rocha, além de outros artistas incríveis como Kong, J. Maurin e Lidi Luz. A energia se intensificava a cada apresentação. A tarde de domingo ainda trouxe uma surpresa especial: a Casa de Hydra, em parceria com as Casas Ballroom, levou a galera à euforia com uma performance inesquecível.

Entre os palcos principais recebemos os shows de Detonautas, Banda Uó, Lamparina, Bia Nogueira, Carolino, Rockão, Thug Farm e Sertão da Farinha Podre, proporcionando mais momentos memoráveis para o público.

E todos fizemos o UÓ

A Banda Uó, um ícone da música pop brasileira, marcou presença no festival com um show que celebrou sua trajetória e seu legado. A banda de origem goianiense, pioneira em misturar ritmos brasileiros com eletrônica, inspirou uma geração de artistas e continua sendo referência para a comunidade LGBTQIAPN+.

A Banda Uó, que estava em hiato desde 2018, retornou com essa turne, trazendo uma nova roupagem para seus hits e nos transportando para seu universo particular, onde todos fazemos o “Uó”, ficamos “Arragaçadas”, dançamos o nosso “Shake de Amor” e descobrimos os “Búzios do Coração”.

Com seu som único e sua energia contagiante, o trio fez do show um momento inesquecível. A revelação de que eles já havia vivenciado momentos especiais na cidade, como uma noite com Pabllo Vittar, aproximou ainda mais os artistas do público. A atmosfera era de pura alegria, com muita bateção de leque, todos cantando e dançando juntos. Um show que celebrou a música, a diversidade e a conexão entre os artistas e a cidade.

Por fim, vale ressaltar que a organização já está trabalhando para realizar um novo dia de evento ainda este ano. Embora seja cedo para confirmar se todos os artistas do line-up original retornarão à cidade, nomes como Seu Jorge já demonstraram interesse em participar e fazer o show acontecer.

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Riuler Luciano
Riuler Luciano

Jornalista Cultural e Marketeiro, cresceu lendo quadrinhos dos X-MEN é amante de Cultura Pop e Pequi!

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