Daisy Jones & The Six | 9 cenas que precisam estar na série

Amanhã, 02 de março, a partir das 21h (horário de Brasília), estará finalmente estreando na Prime Video, a minissérie Daisy Jones & The Six, adaptação do livro de mesmo nome. Escrito pela Taylor Jenkins Reid, a produção contará com 10 episódios lançados semanalmente, nesta quinta saindo 3 e com 26 músicas exclusivas. O Aurora é real!

A banda Daisy Jones & The Six.
Daisy Jones & The Six.

A história conta sobre a banda fictícia The Six e a cantora Daisy Jones (Riley Keough), que após um dueto muito bem sucedido, se juntam para a produção de um álbum, ‘Aurora’. 20 anos depois do seu fim abrupto, todos concordam em voltar e contar os bastidores de tudo. Como uma grande fã do livro e do elenco, reuni 9 cenas que queria muito que estivesse ao longo dos episódios. Podem estar modificadas é claro, é uma adaptação e não uma cópia, mas a questão aqui é a essência dessas partes, se ainda estiverem lá, seria perfeito! Confira a lista abaixo:

AVISO: Contém spoilers do livro de mesmo nome

A criação da capa do Aurora

Feito no deserto de Santa Mônica, a tão icônica capa do álbum parece ter sofrido algumas alterações para a série, sem estar com a banda ao fundo e com Billy Dunne (Sam Claflin) e Daisy a frente discutindo no momento do clique, agora teremos só os dois. Até a forma que a foto foi tirada parece ter sido alterada, sai o fotografo e entra Camila Dunne (Camila Morrone).

Mas o que quero dessa cena não é apenas a foto idêntica ao que está no livro. É todo o conjunto dela! Essa pra mim é a parte mais intocável da obra. Ela ocorre no momento certo, em que tudo está subindo, todo o clima da banda no ponto certo do caos.

Capa do álbum Aurora
Capa do vinil do álbum Aurora.

Temos Daisy brava porque o nome de sua obra iria girar em torno de Camila, os seios de Jones sendo o destaque em sua blusa fina, e seguindo assim por anos depois. Ela e Billy sequer se falando após o climão nas gravações de Regret Me. A famigerada pergunta do que tinha no frasco do short da Daisy (Resposta: Droga), O resto da banda muito brava porque o destaque era 100% Billy e Daisy e eles ainda acharem que isso é o certo tempos depois. Warren Rojas (Sebastian Chacon), do completo nada com seus comentários aleatórios mas com destaque aqui pra ele contando que quase atingiu Eddie Roundtree (Josh Whitehouse) com uma pedra que desceu montanha abaixo. Coerentemente, Eddie só aparece para reclamar do horror que foi aquele dia. Graham Dunne (Will Harrison) sendo extremamente otimista tanto sobre estar fazendo a capa de um álbum que todos sabiam que seria um sucesso quanto sobre estar ali ao lado de sua amada Karen Sirko (Suki Waterhouse). Tudo se encaixa perfeitamente nesse dia. Como o próprio fotografo descreve:

“Não tinha nada mais americano que isso. Peitos. Sexo. Drogas. Verão Tensão. Rock ‘n’ Roll.

Billy Dunne e Camila Martinez se conhecem

A primeira das cenas da lista, a mais fácil, com uma das frases mais legais do livro e ao que parece já temos uma foto dela!

A personagem Camila Dunne.

Bem direto aqui: The Six ainda é Dunne Brothers, ainda cantam em casamentos, início da carreira. Após um desses casamentos, Billy Dunne se dirigindo para a saída avista Camila, vai até ela e pede o telefone. Camila já tendo visto Billy e pensado “nunca consigo conhecer um cara desses”, acaba rindo do jeito fofo dele e supondo que talvez ele não faça o tipo dela. É aí que Dunne pega o gás, deixa para lá a timidez e fofura e solta a perfeita frase:

“Meu nome é Billy Dunne. Sou o vocalista do Dunne Brothers. E, se me passar seu telefone, vou compor uma música sobre você”.

Até arrepiei gente! Essa fala simplesmente descreve o que um bom vocalista de uma banda de rock é. Tão bom que Camila foi contar para a mãe aos risos e terminou a cena com um: “caras bonzinhos nunca foram minha praia”. Perfeição!

Casamento de Billy e Camila Dunne

Não precisa ser exatamente eles às 04h da manhã decidindo se casar, não é o enfeite todo improvisado pelos outros membros do The Six, nem sobre a camisa branca sob a barriga de grávida e a calça jeans sendo a roupa de noiva da Camila. É mais sobre a simplicidade (e pobreza!) do início de toda a história da banda, reunidos ali naquela casa da colina que se me lembro bem, tem cheiro estranho e é meio esquisita. Acho que se tivesse que definir uma cena como sendo A CENA dos The Six antes de se tornarem os grandiosos The Six, seria essa. Não seria de todo ruim ter uma cena nesse aspecto no começo da série.

A festa na casa da Daisy

A grande festa do livro! Aqui tem tudo que um livro da amada quadrilogia da fama da autora TJR, precisa ter. Bebidas, barulho, drogas, público curioso, confusão, piscina e o odiado e arroz de festa, Mick Riva.

Daisy Jones e Billy Dunne.

Poderiam ser algum desses fatores o motivo do meu grande interesse pela cena, mas não. O meu interesse aqui é o grande momento que inspirou Billy Dunne para escrever a imbatível Impossible Woman: Daisy Jones. Mais especificamente, Daisy Jones sem controle algum, tão sem controle que o copo que ela segurava, cai e quebra, e ela pisa no vidro, mas de tão drogada, nem percebe.

Preciso ver a túnica deslumbrante descrita por Simone Jackson (Nabiyah Be, adendo aqui que ela é metade brasileira!), quero ver a esperada foto de Daisy na piscina com o vestido, sozinha e de braços abertos sorrindo. Toda vez que Billy descreve quando quase caiu na tentação de voltar as drogas e bebidas, sentia uma ponta de orgulho, aquele momento em que você como leitor fica na torcida pelo personagem. E na hora que Billy descreve estar em casa no silêncio, ao invés de virado na droga no meio da festa, foi um ponto legal. Mas o ponto mais legal aqui, é que por não conseguir dormir, ele compõe a icônica música, que mesmo não estando nomeada como no livro, já foi dito que sim, ela existe!

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Billy desistindo de conhecer a filha

Nessa parte, Billy já havia chutado o balde muito, mas muito longe. Já era um alcoólatra, viciado em droga e traidor. Todos da banda já sabiam disso, Camila já sabia disso.

E por já saber disso, ela dá duas escolhas: Ou entra no quarto da maternidade e se torna um bom marido e um bom pai, ou se internar numa reabilitação. Como Billy não queria que Julia, sua filha, olhasse para ele no futuro e pensasse que esse é o horroroso do meu pai? Então com isso, ele decide não conhecer sua filha, e sim ir direto pra REHAB.  

Simone Jackson dizendo o quanto Daisy é importante

Simone Jackson.

Cena pequena, não precisa ser da forma que acontece no livro, o mais importante para mim aqui é o significado. Acontece um pouco antes de Simone sair para sua primeira turnê mundial. Daisy diz que esta se sentindo sozinha, mas que se soubesse o quanto Simone pensava nela, não se sentiria assim. Então Jackson sugere que ela imagine um mapa mundi, e diz que Jones é uma luzinha piscando em Los Angeles, e que tem outra luz piscando passando de Nova Iorque, para Londres e assim em diante, e essa outra luz é Simone. E as duas luzes sempre piscam juntas, em sintonia, nunca piscando sozinha.

É uma analogia rápida e fofa como Simone. E quando você já vem com a bagagem de que Daisy não tinha ninguém antes de Simone, fica mais legal e significativo ainda.

Entrevista para a Rolling Stones

Capa especial da Rolling Stone sobre o seriado Daisy Jones & The Six.
Capa especial da Rolling Stone.

Como parte da divulgação do Aurora, um repórter da famosa revista Rolling Stone é mandado para fazer uma entrevista com a banda. Tudo parece ótimo até você descobrir que eles estavam fingindo, para que o jornalista tivesse uma boa impressão deles e a matéria não ficasse polêmica demais. O foco aqui não é sobre a Daisy expor que Billy já teve problemas com álcool e droga, ou o fato de Dunne retrucar isso expondo para o jornalista o que realmente lhe interessava: Billy e Daisy não se suportavam. Não, o foco aqui é toda a cena que rola no piano-bar com a banda, os seis juntos mais Daisy, juntamente do repórter.

Daisy Jones dançando sobre um piano, de casaco de pele, descalça e cantando “Mustang Sally”. E ainda com ela puxando Billy Dunne para cantar junto. Não termina por aí, porque em seguida Karen Sirko toca no piano “Jackie Wilson Said”, lembrando que o bar não estava vazio, todo o público se anima cantando o fictício refrão “Dang a lang a lang”. Tudo termina mais perfeito ainda com alguém comentando que eles deveriam se apresentar em público.

Sabemos que o jornalista, já temos, e que até uma capa especial feita pela real Rolling Stone, já está garantindo. Só falta essa cena magnética!

O dia perfeito para Graham Dunne

Acha que só de Daisy x Billy x Camila, vive um fã de Daisy Jones & The Six? Está enganado! Agora é o momento de falarmos dos amados Karen Sirko e Graham Dunne, nosso KarenGraham!

Eles não ficam juntos. Eles não são um casal assumido. O Warren acha que Karen ta ficando é com o Bones da iluminação. Mas nada disso impede de muitos fãs amarem esses dois. Eles têm o povo!

Graham Dunne e Karen Sirko.

A cena em questão que preciso que esteja na série, é como foi o dia perfeito aos olhos do Graham. E o dia perfeito é bem simples: O primeiro beijo deles. E nesse tópico, é mais sobre Graham desde o início ser fascinado por Karen, mas sempre sendo recusado ou ignorado. E isso chega num nível tão claro que até mesmo Karen pergunta para Graham porque ele nunca tentou nada com ela. Diz ele que não se arrisca em algo que sabe que não tem chance, Sirko devolve com um simples: “E quem disse que não tem chance?”. Aí pronto, inicia o casal adorado por muitos, que traz sofrimento pra vários. Terminando essa parte sucintamente e perfeitamente, o Graham fala:

“Ninguém acorda de manhã e pensando: Ei, hoje pode ser um dos melhores dias da minha vida”. Mas aquele foi. Aquele dia com Karen…foi um dia daqueles”.

O último show de Daisy Jones & The Six

Assunto sensível aqui! Chicago Stadium, noite de 12 de julho de 1979.

Começar essa parte dizendo que Billy chegou a pensar, por um breve momento, que ia ficar tudo bem. Spoiler: Não iria. Temos Daisy triste só de ver Billy do palco olhando para Camila, o finado Pete Loving (que não vai existir na série, muito bom porque falta não faz), parecia estar distante naquele show, Karen e Graham putos um com o outro por causa do aborto que ela fez. E Eddie bravo com Billy, o que é destacado por Warren, “Isso lá era novidade?”.

Nesse meio tempo, acontece a última divina performance de “Honeycomb”. No universo da série já sabemos que irá se chamar “Look At Us Now”, que inclusive já está disponível para ser escutada! Ao tocarem essa música, um ano já sem nem ser ensaiada pela banda, decidida por Billy de supetão, ele descreve como esse sendo o momento que ele percebe que estava perdendo Daisy.

Um momento muito especifico dessa música, é que Daisy na gravação do dueto, fez uma alteração na letra original. Ao invés de cantar como apenas afirmação, ela fez da sua parte, um questionamento.

“The life we want will wait for us/ we will live to see the lights coming off the bay/ and you will hold me, you will you wild hold me/ until that day”.

E isso na história faz uma grande diferença, porque foi Billy que a compôs para Camila, a casa deles é até construída em formato de uma colmeia, em referência a música. Então já não bastando todo o clima do show, Daisy ao perceber que Billy era de Camila e sempre seria, canta essa parte, no formato original! Fazendo o que já não tava doloroso, ficar ainda mais.

Não termina aí! Daisy vai embora, mas Graham e Karen brigam tanto que precisam ser separados, quando ele vai procurar Billy para pedir ajuda, é rejeitado. Irmãos não foram feitos para serem colegas de trabalho.

Rola ainda um abraço entre Karen e Graham com eles chegando a conclusão que não poderiam estar mais na banda, Warren e o resto estão apenas fumando, Billy quase bebe uma dose de tequila, e temos AQUELE momento. Quem já leu outros livros sabe qual é o momento, o twist. Mas aqui o twist é acompanhado de um soco no estomago. A pessoa que está fazendo a entrevistando com eles, no que o livro inteiro se embasa, é a Julia Dunne.

Bem nesse misto de emoções que descobrimos essa pérola, a autora de tudo, é a filha do Billy Dunne. Perfeito!

O soco vem em seguida com Camila dizendo para Daisy o seguinte (e muito mais além disso):

“Daisy, ele te ama. Você sabe que ele te ama. Eu sei que ele te ama. Mas ele não vai me abandonar”.

“Sem querer ofender, Daisy, mas espero nunca mais te ver”.

E com isso, Daisy Jones & The Six acaba.

Daisy Jones & The Six.

Eu sei! Faltou muita cena que mesmo pequena, é icônica, a origem do nome artístico da Karen ser Karen Karen, Warren descobrindo que na verdade era Karen e Graham, as gêmeas Dunne, Daisy e Simone cantando juntas no carro…nossa se for ficar aqui falando vai dar pra mais de 20 cenas.

No fim de tudo, mesmo talvez não tendo algumas dessas cenas, o que eu quero tanto para quanto para você, caro leitor, é que amemos essa série, que demorou 3 anos pra sair e foi feita com tanto carinho. Agora a nossa parte como fã acaba e deixemos com eles, a Daisy Jones e os The Six.

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Vicky Lima
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