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Crítica | Phoenix Rising: “Eu fiz um novo amigo… BUUUM.”
Desde a adolescência, Evan Rachel Wood está presente de alguma forma nos holofotes de Hollywood. Com uma carreira relativamente constante nos cinemas ao mesmo tempo que esteve em um relacionamento com o cantor Marilyn Manson. A atriz relata no documentário Phoenix Rising, esse que foi o pior momento da sua vida.
Com o início das filmagens em 2019, Phoenix Rising é dirigido por Amy Berg. Nele podemos acompanhar no mais íntimo, a história de vida da atriz protagonista de Westword Evan Rachel Wood. Sendo narrado por ela, o documentário traz a sua infância, adolescência e como a atriz conseguiu suportar os traumáticos anos de abuso e violência que viveu ao lado de Marilyn Manson.
Antes de mais nada Phoenix Rising, é o livro aberto da vida da atriz. Logo de início, Wood já relata o quão difícil foi a sua infância. Com inúmeras brigas em casa, o seu único refúgio era o seu irmão David Wood. Contudo, após a separação de seus pais, a pequena Wood, acabou se distanciando de seu pai e ficando longe de seu irmão, quando escolheu viver com a sua mãe.
Enfim com alguns trabalhos no decorrer dos anos, eis que seu rosto passou a ser conhecido em meio às celebridades. Numa determinada festa, Wood, de 19 anos, conhece e começa a se aproximar do cantor de 37 anos Marilyn Mason. o ousado, excêntrico e veterano astro do rock.
Sendo relatado pela própria atriz, ser amiga de uma personalidade tão icônica quanto Manson, era algo inacreditável. Vivendo uma vida solitária e longe da família, as artimanhas e jogos psicológicos implantados pelo cantor, começaram a aparecer. A partir daí, Wood se sentia cada vez mais presa ao astro, tendo-o como a única pessoa que estava ao seu lado.
Antes de entrar de fato nos acontecimentos, tenho que ressaltar o belíssimo e corajoso trabalho trago pela diretora e pela própria atriz. Com relatos fortes, junto a imagens e materiais pessoais da atriz, conseguimos ter a clara dimensão da personalidade de Mason e o quanto ela e outras mulheres sofreram em suas mãos.
Ao mesmo tempo que o documentário busca expor as feridas da atriz, há também o desejo de revolta e amparo a outras que sofreram o mesmo. Como por exemplo, a união com outras sobreviventes de violência doméstica em busca da mudança do estatuto, quanto ao período legal para acusações na Califórnia.
Além disso, Wood dá abertura a outras mulheres exporem o período que tiveram num relacionamento com Mason. Enquanto vamos ouvindo e as imagens vão ilustrando os fatos, acaba sendo doloroso e extremamente agoniante assistir. Visto que não só os depoimentos são parecidos, mas por descobrir o que essas mulheres viveram nas mãos dele.
Dito isso, se para nós é difícil de acompanhar os fatos, imagina para essas mulheres. E a coragem de Wood em relembrar o trauma da sua vida e expor nos mínimos detalhes é o que pauta Phoenix Rising.
Em cada nova revelação que é nos apresentada, a produção acaba nos despedaçando ainda mais. Manson, não a deixava dormir, a dopava com todo tipo de droga, a violentava psicologicamente e mentalmente, ou seja, Wood esteve à beira da morte.
Em uma outra revelação, Evan Rachel Wood traz o terrível dia de gravação do clipe Heart-Shaped Glasses. Canção que o astro diz ter escrito para a Wood, a atriz – que tinha apenas 19 anos – diz ter sido violentada e estuprada na gravação do clipe. Ainda que Manson nega os fatos, na época vários portais comentaram sobre, falando que as cenas não foram simuladas.
Bem, é fato que Marilyn Manson nega as acusações, como vemos ao final do documentário. Porém, Phoenix Rising é um poderosíssimo relato que expõe como a indústria ainda contribui para encobrir casos como este. E Evan Rachel Wood, traz de forma crua e direta o pior momento da sua vida e enfatiza que ela como tantas outras mulheres não precisam se calar, pois nunca mais estarão sozinhas.
Veja o trailer:
Phoenix Rising já se encontra disponível com exclusividade no catálogo da HBO Max.
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