Crítica | One Piece Odyssey e a nova aventura da turma do chapéu de palha

One Piece Odyssey é o mais novo jogo dos piratas do Chapéu de Palha. O jogo estilo JRPG com combate em turnos e muita nostalgia dos primeiros arcos do mangá.

Quase todo mundo conhece nosso querido pirata que estica, turma do chapéu de palha, ou, como é conhecido, Monkey D. Luffy. O mangá mundialmente aclamado se transformou em um dos animes mais aclamados. Mesmo com mais de 10 anos constantes de lançamento do anime e do mangá, One Piece se mantem no auge. E, com toda sua fama, algumas adaptações para o mundo dos jogos foram feitas, como os jogos da série One Piece Pirate Warriors, que é no melhor estilo Musou. One Piece World Seeker, Grand Battle, Grand Adventure, Treasure Wars, são mais de 35 títulos de jogos inspirados em One Piece. E agora tivemos a sorte de receber One Piece Odyssey, acredito eu, uma das mais divertidas adaptações do anime para os videogames.

Mas, antes de falar do jogo, vamos falar da ILCA, estúdio responsável pelo desenvolvimento do jogo. O estúdio ILCA (I Love Computer Art) é um estúdio japonês com sua sede em Tokyo, fundado em 2010, seu inicio foi focado na produção de CG para animações, filmes e televisão e, após alguns anos, ele entrou no ramo dos jogos.

ILCA One Piece Odyssey
ILCA (I Love Computer Art)

Voltando para One Piece Odyssey, um dos fatores que mais chama atenção nos jogos da franquia é que eles acabam tendo histórias próprias, dando uma oportunidade para o estúdio criar uma história diferente e não canônica, ficando diferente do que estamos acostumados, em que, nos jogos de anime, ele é totalmente focado em apresentar a história do mangá ou anime, recriando até as mesmas cenas do anime dentro do jogo.

O jogo traz alguns arcos marcantes na história do anime que você vai gostar de rever. O jogo começa com a tripulação ancorando o navio na ilha de Waford, onde conhecem o atirador Adio, e quem vai fazer nossa vida uma bagunça, Lim, a garota misteriosa que rouba nossos poderes, transformando-os em cubos que precisamos encontrar dentro da ilha.

O jogo traz quatro arcos extremamente famosos para o jogo, Alabastra, Water Seven, Marineford e Dressrosa. Durante o jogo, você vai reviver momentos marcantes dentro desses arcos e, claro, sentar a mão em alguns vilões mais icônicos da série. O cenário e as cidades foram bem feitos, você tem aquela sensação de vida nas cidades e muitas conversas com NPCs vão trazer detalhes sobre o anime que até os fãs pode ter esquecido.

One piece odyssey
Smoker e Tashidi são personagens importantes da saga Marineford

A jogabilidade de One Piece Odyssey conseguiu deixar o mundo aberto do jogo vivo e divertido, você tem até como pegar carona com o caranguejo gigante de Alabastro ou ver as cenas divertidas do camelo tarado olhando para a Nami. A exploração é divertida, várias partes são idênticas ao anime, trazendo aquela sensação de nostalgia para quem acompanha Luffy e sua tripulação, você ainda utiliza habilidades de cada personagem para exploração. Lembrando que cada cubo que você encontra vai recuperando um pouco da força dos personagens.

Já o combate lembra um pouco as lutas do Persona 5, combates em turnos, que no inicio podem pedir pouca estratégia, mas após perder seus poderes vão precisar de um cuidado a mais. Com ataques conjuntos e animações de combate belíssimas, One Piece Odyssey pode parecer fácil no começo, mas vai ser só no começo mesmo.

One pIece odyssey Bomclay
Nem mesmo o dançarino Bon Clay tem alguma chance contra os piratas do Chapéu de Palha.

O jogo tem um estilo de gráfico totalmente puxado pro estilo de anime, tirando aquele ar realista que os jogos vem tendo hoje, mas isso não é um ponto negativo, deixando o jogo com um ar de anime mesmo. Porém, ele poderia ter uma animação melhor nos diálogos, o jogo às vezes traz muitas expressões dos personagens do mangá e do anime, o que pareceu um pouco forçado em alguns momentos em que uma animação melhor nos diálogos seria mais interessante.

A trilha sonora ficou nas mãos do já conhecido Motoi Sakuraba, responsável também pela trilha de jogos como das séries Dark Souls, Tales, Star Ocean e vários outros jogos, como Smash Bros Ultimate e muito mais.

Algumas músicas já conhecidas do anime estão no jogo, se você sentir aquele quentinho no coração por alguma música, já sabe, ela está ali exatamente pra isso. A ambientação tira aquela sensação de vazio, e as músicas do Sakuraba fazem seu papel, subindo a imersão no jogo.

Afinal, One Piece Odyssey vale a pena?

One Piece Odyssey é um ótimo jogo, mesmo que você não conheça o anime, algo bem difícil hoje. Ele não vai introduzir os personagens, ele vai direto ao ponto, partindo do principio que você gosta do anime ou conhece uma parte da sua história. O jogo é um trabalho para os fãs que queriam um estilo novo do jogo, ele traz batalhas icônicas, momentos inesquecíveis do anime sem precisar explicar 800 episódios em um jogo só.

Algumas animações de diálogos e de movimentação poderiam ser mais bem trabalhadas, mas não é algo que chega a incomodar ao ponto de você desistir do jogo. Com uma campanha de quase 60 horas, o jogo diverte bastante e é ótimo para os fãs que queriam um jogo diferente dos estilo Musou lançados anteriormente. O jogo vale por trazer uma história não canônica, saindo de apenas seguir a história original. Se você é fã, você vai gostar.

One Piece Odyssey está disponível para Playstation 4. Playstation 5, Xbox Series X|S e PC. Ele está apenas com a dublagem original em japonês, porém resto do jogo todo foi traduzido para PT-BR.

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Pedro Hilário
Pedro Hilário

Nerd, gamer, amante de HQs, filmes de terror, colecionador de CDs de bandas que ninguém conhece, barman e Streamer. Prazer, eu sou Hilário.

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