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Round 6 vs Alice in Borderland | Qual é melhor?
Após o estrondoso sucesso da série Round 6 (Squid Game) na Netflix, foi impossível evitar comparações com outra série lançada recentemente no catálogo do streaming: Alice in Borderland. De fato, as obras guardam muitas semelhanças, mas por que Alice in Borderland nunca chegou a ser tão popular quanto sua sucessora? Buscaremos responder a essas e algumas outras perguntas nesse texto.
Mas primeiramente, vamos começar falando um pouco mais sobre a temática e criação de cada uma das produções.
Round 6 (Squid Game)
Round 6 conta a história de indivíduos financeiramente arruinados que, desesperados e perseguidos por credores, muitos tendo de ajudar a família e com sua vida em risco, decidem participar de um conjunto de jogos a fim de ganhar uma bolada de milhões de wones (moeda sul-coreana). O problema é que nem todos sairão dessa brincadeira vivos…
Sem sombra de dúvida, a obra entrou para o hall de queridinhos da Netflix e dos streamings como um todo: mais de 165 milhões de pessoas já foram impactadas na web, de alguma maneira, por Round 6. Só no Twitter, foram mais de 110 mil menções. Ao redor do mundo, a série ainda alcançou o primeiro lugar do Top 10 da Netflix em 90 países diferentes e é uma forte candidata a se tornar a mais assistida do serviço.
Porém, isso nem sempre foi assim: o criador Dong-hyuk Hwang teve a série rejeitada por mais de 10 anos, por considerarem a obra muito fantasiosa e irrealista. No período, ele chegou até a passar por dificuldades financeiras, sendo obrigado a vender o laptop e interromper a criação do roteiro por um tempo. O jogo virou quando a Netflix disse o tão almejado sim. E o resto da história vocês já conhecem.
Alice in Borderland
Alice in Borderland conta a história de três jovens amigos que, repentinamente, veem-se presos em uma Tóquio paralela, na qual devem se juntar a várias outras pessoas em jogos dos mais diversos gêneros para ganhar dias de vida. Nem preciso dizer que nem todos saem vivos dessa também, né?
A série foi adaptada do mangá homônimo escrito por Haro Aso e não teve todos os perrengues e rejeição de Round 6. Não se pode dizer que ela não tenha feito sucesso, tendo em vista que alcançou 17 milhões de telespectadores na Netflix em menos de um mês do lançamento e se tornou o drama japonês original Netflix com maior audiência. Porém, os números nem beiram os da sucessora sul-coreana.
Enfim, vamos às comparações quanto aos diferentes aspectos de cada obra.
Efeitos Visuais
Os efeitos visuais de Alice in Borderland foram criados por uma equipe de colaboração internacional muito bem equipada, contando com artistas do Japão, Cingapura, Estados Unidos e Índia, e não economizaram no CGI. O Otageek não tem os dados oficiais, mas é possível dizer que o orçamento da série não foi só um trocado.
Já Round 6 buscou abusar menos do CGI, tanto que de fato usou 456 pessoas nas cenas do primeiro dia no dormitório e cenários reais para cada jogo. Mas não se engane pensando que foi barato, pois a série custou 16,8 milhões de dólares para ser produzida.
Porém, por contar com cenários mais diversos e um glamour maior nas cenas, com mortes graficamente mais relevantes e ricas, o Otageek vai dar um ponto de vitória para Alice in Borderland no quesito efeitos visuais. Talvez o CGI pudesse ter ajudado Round 6 a rechear melhor suas cenas, mas o estilo mais simples casa perfeitamente com a premissa mais “pé no chão” da série. Por aqui, Alice in Borderland 1 x 0 Round 6.
Drama
Um dos pontos mais fortes de Round 6 é definitivamente o drama. Nós vibramos e nos emocionamos a cada morte e a construção dos personagens faz aquilo parecer muito significativo, quase como se um familiar nosso que estivesse ali.
Já Alice in Borderland, nitidamente, envolve-se mais na ação e impacto gráfico do que no significado emocional das mortes em si, a não ser em algumas exceções (as quais não vou citar para evitar spoilers). Não que você não vá se emocionar ao vê-la (você vai e muito), mas nada que se aproxime da deprê causada por Round 6. Round 6 chega ao empate em 1 x 1.
Ação
Pelo que falei até aqui, você já deve imaginar que Alice in Borderland traz muito mais dinamismo e ação ao seu roteiro, sem momentos de falas longas e grandes monólogos, como ocorre em Round 6. É uma série com mais porradaria, por assim dizer. Então, se isso é o que você busca, Alice in Borderland é uma melhor pedida, embora Squid Game também tenha seus momentos tensos e frenéticos. Por ora, Alice in Borderland 2 x 1 Round 6.
Diversidade dos Personagens
Embora Round 6 traga um imigrante paquistanês ao seu hall de personagens, todos não fogem muito daquele estereótipo de sul-coreano falido que precisa ajudar a família e pagar as dívidas. Já em Alice in Borderland, como os jogadores não entraram por conta própria nos jogos e simplesmente foram arrastados para lá sabe-se lá por que, eles são muito diferentes uns dos outros, o que traz também um dinamismo maior à história.
Temos um chapeleiro, um gamer, uma menina trans carateca, uma perita, uma alpinista, um emo, um gângster, um samurai careca tatuado, um psicopata sem noção e até uma participação especial do BoJack Horseman. Portanto, Alice in Borderland 3 x 1 Round 6.
Profundidade dos Personagens
Pela perspectiva mais animesca e frenética, Alice in Borderland não se aprofunda tanto nos personagens e eles realmente se parecem com integrantes de anime, com exceção dos protagonistas. Até mesmo as motivações para fazer as coisas chegam a ser um pouco sem nexo.
Já Round 6, com muito mais realismo, coloca em cena indivíduos que poderiam muito bem ser nosso vizinho ou amigo. Muitas vezes, vemo-nos em situações parecidas às vivenciadas nessa série e passamos por perrengues semelhantes, ou vemos nossos próximos nessas situações. Todas as motivações fazem muito sentido, até para os mais frios do grupo. Alice in Borderland 3 x 2 Round 6.
Vilões
Mais uma vez, a falta de profundidade nos personagens de Alice in Borderland se estende para os vilões: eles são caricatos e, muitas vezes, só querem o caos pelo caos ou porque simplesmente enlouqueceram.
Vemos uma perspectiva diferente em Round 6, na qual o vilão é só uma versão mais macabra do Luciano Huck e poderia facilmente existir no mundo real. Alice in Borderland 3 x 3 Round 6.
Mensagem e Crítica Social
Embora Alice in Borderland traga lá suas críticas sobre até onde o ser humano está disposto a ir para sobreviver, Round 6 traz isso e muito mais. A última mostra como o desespero e a falta de perspectiva podem corromper o melhor dos homens e como ninguém é o que parece. Muitas pessoas só precisam de uma oportunidade para mostrar todo o mal dentro de si e só fazem o bem porque ele nada custa. Alice in Borderland 3 x 4 Round 6.
Conclusão
Por fim, se fôssemos atribuir peso igual a cada um dos itens analisados, Round 6 seria a vencedora. Porém, é claro que são estilos diferentes e cada um atribui um peso diferente a cada aspecto da trama. Para quem prefere ação, por exemplo, Alice in Borderland é indubitavelmente melhor, enquanto Round 6 reina para os amantes de um bom drama. Fato é que ambas são ótimos séries, portanto, recomendo que cada um assista as duas e comente aqui com a gente o que achou.
P.S.: paguem o agiota e aprendam a correr.
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Prefiro alice
Assisti as duas séries e particularmente gostei mais da Alice in borderland. Acho que o que explica o sucesso de Round 6 é porque é mais fácil de compreender e tem personagens que são mais indentificaveis mundialmente falando. Já Alice in borderland há alguns personagens caricatos mas também outros que são extremamente japoneses e de certo aspecto pouco indentificaveis pelo grande público.o Chapeleiro por exemplo por mais fantasioso que pareça, tenho um amigo que é exatamente como ele e acredito que se tivesse numa situação como aquela enlouqueceria igual. O que me fez no final me indentificar um pouco com o personagem Aguni que no começo me pareceu detestável. Acho que para quem convive com japoneses e vive no Japão vai conseguir identificar amigos japoneses com características parecidas com os personagens. O personagem mais absurdo que eu achei foi o “Last Boss” não tem coerência um Otaku hikikomori que não saia do quarto se tornar um expert com uma espada, apesar de não ter técnica nenhuma. Mas não faz sentido ele ter habilidades assim. Em Round 6 me incomodou um pouco os clichês coreanos que se vêem em todas as produções sejam novelas ou filmes, mas a atuação do Lee Jung-jae é fantástica. Você começa morrendo de raiva dele mais vai se simpatizando ao longo da série. Quero assistir a segunda temporada de ambas as séries
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