Crítica – Outer Banks 2 | Caótico, frenético e tudo o que queríamos

Os Pogues estão de volta! E mais caóticos que nunca. Está estreando na Netflix, no dia 30 de julho, a segunda temporada de Outer Banks. Afinal, nós, os fãs, não aguentávamos mais esperar, principalmente após a maneira como a primeira temporada acabou.

Vamos começar avisando que esse texto possui apenas pequenos spoilers da primeira temporada.

O primeiro capítulo nos levou em uma alucinante caçada ao tesouro, cheia de mistérios e pistas, além de muita ação no meio do caminho. Mas, como aparentemente nossos queridos Pogues não têm um minuto de paz nessa vida, a segunda temporada, que parte diretamente do ponto em que a primeira termina, vem trazendo tudo isso e muito mais.

Com mais pressa que a Sarah, só a gente pra ver logo essa temporada.

Pogues em Perseguição

A nova temporada pode ser divida em alguns pontos importantes, como por exemplo a primeira metade, que segue em uma trama de constante perseguição, com um ritmo frenético e de tirar o fôlego. Já a segunda traz a calmaria após a tempestade e nos guia de volta ao clima de investigação e mistérios.

Dentro disso, a trama de perseguição se divide em dois arcos: um encabeçado pelos personagens John B. e Sarah, que precisam se virar sozinhos nas Bahamas, e o outro acompanhando o resto dos Pogues, Pope, JJ e Kiara, na tarefa de inocentar o amigo pelo assassinato da Xerife Peterkin.

Sarah e John B nas Bahamas - crítica Outer Banks 2, caótica, frenética e tudo o que queríamos - Otageek
Estão num problemão, mas pelo menos a vista é linda.

É notável também que a história de John B. e Sarah tem pé mais perto da ficção e aventura, visto que o casal está tentando sobreviver sozinho e recuperar o ouro roubado pelo pai de Sarah, Ward Cameron, na temporada anterior.

Já de volta a Outer Banks, a vida dos Pogues e os obstáculos que eles enfrentam na tentativa de inocentar o amigo demonstram uma trama mais realista, na qual questões sociais são muito mais impactantes. Por exemplo, o favoritismo por parte dos policiais pelos Kooks, a população rica da ilha.

JJ, Kiara e Pope - crítica Outer Banks 2, caótica, frenética e tudo o que queríamos - Otageek
Pogues para sempre.

Então, nos episódios finais, a série retorna ao seu clima investigativo, visto que o roteiro foi capaz de inserir novos mistérios além dos já apresentados anteriormente. Esses mistérios são coerentes com a trama estabelecida e nos deixam curiosíssimos para descobrir, junto aos garotos, o que irá acontecer.

Portanto, enquanto a primeira temporada começa no clima investigativo e termina com muita ação e perseguição, a segunda inverte o processo, iniciando-se com muita correria e encerrando-se em um clima mais ameno. Porém, não se enganem, pois o episódio final tem muito bem sua cota de ação.

Estratégicos e Imprevisíveis

Alguns dos vilões da temporada, Rafe, irmão de Sarah, e Ward, são bem elaborados e possuem personalidade distintas. Ward age como uma ameaça estratégica e coerente, você entende seus propósitos e não é difícil prever suas ações.

Mas Rafe vem como um perigo caótico. A personalidade instável do menino, até mesmo psicopata, faz com que nós genuinamente fiquemos com medo junto aos protagonistas. Uma vez que nem mesmo Rafe é capaz de compreender seus pensamentos, ele se torna imprevisível. E aqui vai o destaque ao ator Drew Starkey, que interpreta Rafe com excelência.

Além disso, junto com novos mistérios, também são adicionados novos personagens a Outer Banks. A maioria está aparentemente bem amarrada ao roteiro, enquanto outros ainda deixam questões em aberto. Ainda é cedo para definir se são ou não facilitações para a trama, ou até mesmo furos.

Cloe em Ouber Banks 2 - crítica - caótica, frenética e tudo o que queríamos - Otageek
Novos personagens para nos apaixonarmos (ou odiarmos).

São só Adolescentes

Os personagens que já conhecemos retornam e precisam lidar com muitas decisões e situações inesperadas. Alguns são mais desenvolvidos, a exemplo do relacionamento de Kiara com seus pais, já outros, infelizmente, são deixados um pouco de lado.

JJ, um dos personagens mais complexos da primeira temporada, nessa recebe pouco espaço para se desenvolver emocionalmente, servindo muitas vezes como um alívio cômico. Apesar de ser perfeito nisso, gostaríamos de ver um pouco mais a fundo o personagem.

JJ sorrindo - crítica Outer Banks 2, caótica, frenética e tudo o que queríamos - Otageek
JJ é um cristalzinho, merece o mundo.

Além disso, a série não nos deixa esquecer que tudo isso é vivido por adolescentes de 16 ou 17 anos, pois suas ações são muitas vezes inconsequentes e irresponsáveis. Além de estarem sempre com as emoções à flor da pele, seus assuntos, que as vezes são de vida ou morte, são interferidos por questões cotidianas, como a aceitação dos pais e namoros que vem e vão.

E é uma boa surpresa ver que os próprios personagens reconhecem isso, recorrendo frequentemente aos seus pais ou às autoridades locais. Muitas vezes vemos, em séries, jovens fazendo o que querem e tudo por conta própria, algo muito irreal. Aqui não temos aquela sensação de “onde é que estão os pais desse pessoal?”, já que eles estão sempre ali, e muitas vezes furiosos pelas confusões que seus filhos arrumam.

O elenco, assim como no ano anterior, se encaixa perfeitamente em seus papéis. E o casal principal continua com uma ótima química, talvez até melhor, visto que (alerta de fofoca) agora eles namoram também na vida real.

Outer Banks 2, duas vezes melhor

Como dito antes, a série conta, em sua maior parte, com um ritmo frenético. E isso só é fortalecido pelo uso da câmera em movimento. Não temos uma câmera fixa gravando os atores, portanto, a imagem, que se mexe de um lado para o outro, aumenta a sensação de urgência e vai deixando o espectador cada vez mais tenso para o desfecho da cena ou da série.

Assim, o ar investigativo se intensifica quando vemos, novamente no uso de câmeras, zooms e planos típicos de séries policiais clássicas.

O único jeito de acabar com a tensão que a gente fica é maratonando.

O pessoal que assistiu à primeira temporada e gostou, com certeza não vai se arrepender de assistir essa, visto que as cenas de ação e os mistérios são até melhores. A investigação se desenvolve através de causas e consequências, de uma pista que leva a outra, permitindo que o público investigue junto e, às vezes, até descubra uma coisa ou outra antes dos personagens.

Então, Outer Banks 2 se encerra deixando uma ótima margem para uma terceira temporada, que em breve deve ser confirmada pela Netflix. O fim da primeira temporada nos deixou roendo as unhas, clamando pela continuação. Já a segunda, apesar de não conter tal urgência, consegue nos deixar querendo ainda mais novos episódios.

Confira o trailer:

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Nathalia Mendes
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