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O Exterminador do Futuro Zero – 5 Motivos para assistir
Há muito tempo a franquia O Exterminador do Futuro não lança algo impactante. O único impacto que tem sobre os fãs é a decepção. Bom, esse não é o caso de O Exterminador do Futuro Zero. Vamos a 5 motivos para não deixar de assistir a essa obra-prima.
1- Profundidade
A franquia Terminator nunca teve um grande argumento, salvo o lore que permeia a trama. Tivemos um filme de ação e ficção científica (como em O Exterminador do Futuro 2: O Julgamento Final), quase um filme de terror em O Exterminador do Futuro e os fraquíssimos resultados de O Exterminador do Futuro 3: A Rebelião das Máquinas e da série O Exterminador do Futuro: As Crônicas de Sarah Connor.
Tivemos o audacioso O Exterminador do Futuro: A Salvação, que tenta contar “o que aconteceu no futuro” (se é que isso é possível) e a pretensa comédia para você e toda a família em O Exterminador do Futuro: Gênesis, que não sabe onde quer chegar. A julgar pelo título do último filme, a franquia parecia ter um destino obscuro.
O Exterminador do Futuro: Zero tem todas as características concernentes à franquia: ação, ficção científica, crítica à maquinação do ser humano e ao fascismo… com um drama existencial jamais antes visto na franquia. O conceito de Singularidade Tecnológica é trabalhado com maestria, bem como a desumanização do ser humano.
2- Etimologia
Os nomes de personagens, principalmente de protagonistas, geralmente têm a ver com a função dramática que exercem na trama.Elizabeth Sparkle (‘Centelha”), de A Substância, Eleanor de Sede Assassina e Naru de O Predador: A Caçada são bons exemplos.
O Exterminador do Futuro: Zero tem aulas de origem etimológica dos nomes dos personagens e o porquê de terem escolhido aquele nome. E porque seu criador permitiu que a máquina ou a Inteligência Artificial os escolhessem.
Os momentos filosóficos como quando o protagonista conversa com seu “oráculo”, (a inteligência artificial que ele mesmo criou), são temperadas com cenas de ação e drama, sendo que os momentos filosóficos já são dramáticos.
Há 3 personagens femininas que são uma só e até terminam as falas uma da outra. Tá bom, você já viu isso em outras obras como as Três Formas de Hécate, de Sandman, mas os diálogos entre elas e o protagonista Malcolm Lee são profundos, filosóficos e existenciais e você não imaginaria (nem nunca viu) isso em um filme (ou na série) do Exterminador do Futuro.
Embora a função das personagens não seja exatamente essa, a maneira como estão ligadas ao destino da humanidade faz delas muito próximas às Parcas gregas, chamadas de Moiras em Roma. Vide a personagem Moira, de X-Men. A ideia de se criar um personagem que seja uma inteligência artificial cai como uma luva para o momento histórico atual. Na época dos filmes, mesmo do último, O Exterminador do Futuro: Destino Sombrio, não se falava em I.A.
3- Referências
Tá bom, você não aguenta mais lançamentos recheados de referências de antigos filmes ou obras da franquia como easter eggs. Mas O Exterminador do Futuro Zero não é calcado nas referências. Ele nos apresenta uma nova história, mesmo sendo uma prequel e ainda conta “o que aconteceu no futuro”, como em O Exterminador do Futuro: A Salvação.
Tem cenas-referência explícitas, outras, nem tanto assim. Mas é divertido ficar pescando as referências, que não somam nada à trama, mas nos fazem conjecturar que Mizaki uma das protagonistas é a evolução do androide Marcus Wright de O Exterminador do Futuro 4: A Salvação e Eiko, a mistura de sarah e seu filho John Connor num só personagem.
4- Paradoxo
Encontrar a si mesmo no passado ou aos seus pais mais novos que você é uma experiência um tanto… estranha. Isso gera um paradoxo. Confrontar um paradoxo gera um choque na lógica do indivíduo (e do outro, se sabe com quem está falando) que muda seus paradigmas existenciais e sua relação com o Real.
A xamã do futuro ensina à protagonista – e a nós – uma coisa que a Skynet, com todos os seus algoritmos não percebe: que o tempo não é linear, mas cíclico, e a linha do tempo não é reta, mas uma lemniscata (o símbolo do infinito).