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Crítica | Efeito Flashback, com Dylan O’Brien, explora as vias da memória
Está estreando hoje (05) o longa Efeito Flashback, dirigido e escrito por Christopher MacBride, e com Dylan O’Brien no papel do protagonista. O filme estará disponível nos serviços de aluguel e compra de filmes.
Efeito Flashback acompanha Fred Fitzell (Dylan O’Brien), um homem na casa dos trinta anos, que vive uma vida ordinária e passa por um difícil momento de sua vida: a morte iminente de sua mãe, que está em seus últimos dias.
A principal característica do filme são suas simétricas oposições. E é por aí que o filme começa. No momento em que sua mãe perde a memória e esquece completamente de quem ele é, Fred começa a se recordar de detalhes esquecidos de sua adolescência.
Portanto, Efeito Flashback é principalmente um filme sobre a memória. Logo no início, o médico da mãe do personagem já explica que as experiências vividas por nós estão sempre guardadas em algum lugar do nosso cérebro. É através dessas experiências que aprendemos as coisas e seguimos em frente.
Assim, durante seus flashbacks, Fred se lembra de Cindy, uma colega de escola por quem tinha uma queda e de quem não sabia mais o paradeiro. Isso o faz querer investigar o que aconteceu com a moça.
E o último elemento importante do filme é uma droga alucinógena chamada Mercúrio, que os jovens usavam na época de escola de Fred.
Um pouco confuso
Dessa forma, o longa se desenrola intercalando momentos da vida “presente” de Fred e de sua adolescência, o que rapidamente nos coloca no estado em que ficaremos pelo resto do filme: em plena confusão.
Não sendo necessariamente bom ou ruim, ficamos na maior parte do longa perdidos, tentando entender o que está acontecendo. Para os fãs do gênero, isso pode ser o elemento que os prende ao filme do início ao fim, mas para outros pode ser incômodo.
Porém, durante o segundo arco do longa, notamos que não é apenas um thriller de suspense, mas tem um pézinho no sci-fi, ao trabalhar com teorias sobre a concepção do espaço-tempo e de realidades alternativas.
E é assim que percebemos que talvez tenha coisas demais acontecendo em uma só obra. Deste modo, Efeito Flashback é um filme para quebrar um pouco a cabeça, tanto para acompanhar o vai e vem do personagem em tempo e realidades, quanto no pós-filme, para processar toda a informação que recebemos.
Elenco
Quanto ao elenco, é diferente ver Dylan O’Brien em um papel que não tem nenhum pingo de comédia (apesar de ele ainda não ter se livrado 100% do papel de adolescente). Ele está em uma atuação mais parecida com a do filme Assassino: O Primeiro Alvo (2017). Contudo, Dylan continua demonstrando o quão expressivo pode ser, ao comunicar pensamentos e emoções em cenas sem falas. E se não nos apegamos mais ao seu personagem, é porque o roteiro não colabora.
E isso vale para todos os outros. Pouco sabemos sobre suas personalidades ou vidas privadas, o que os tornam um tanto quanto genéricos. Entretanto, é interessante ver o ator Keir Gilchrist, que interpreta um personagem autista na série Atypical, como um adolescente rebelde e drogado, por ser bem diferente do que estamos acostumados na produção da Netflix.
Enfim, Efeito Flashback constrói muito bem as idas e vindas, quase nos permitindo ver todas as suas realidades sendo sobrepostas e coexistindo, por onde vagamos juntos ao protagonista em muitos “e se”, vendo e revendo escolhas de suas vidas e os caminhos que cada escolha desbloqueia.
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