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Crítica | The Flash – Corra pra ver!
Vez por outra a DC lança mais uma de suas bombas do DCEU (DC Extended Universe) e algum internauta “fala” (já que está escrito) numa das redes sociais: “Agora a DC acertou o passo!”, e é mais um fracasso de bilheteria, mais uma decepção para os DCnautas, mais pano pra manga pra discussões homéricas que terminam em “desamigamentos”, “blocks” viscerais e quiçá agressões não verbais.
E foi sem nenhuma expectativa que fui assistir ao filme do Flash pra ter uma decepção: não vou poder falar mal do melhor filme do DCEU já lançado até agora. Muitos vão falar mal da minha crítica positiva como falaram mal das minhas críticas negativas sobre a Liga da Justiça de Zack Snyder ou da série Lúcifer, mas sejamos sinceros: The Flash é o melhor filme do DCEU que já foi lançado.
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O bom humor e as piadas presentes no MCU (Marvel Cinematic Universe) desde Homem de Ferro (2008) com Robert Downey Jr. dando vida a Tony Stark finalmente estão bem colocadas com Ezra Miller, que mostra o quão bom é como ator, graças a direção de Andy Muschietti (Mama, It, It: Capítulo Dois, Batman: Bravos e Destemidos), que deu liberdade à expressão de Ezra.
A ideia de estar sempre atrasado, tanto no papel de Barry Allen quanto no de Flash cai como uma luva para um personagem rápido e suas cenas em slow motion para mostrar sua supervelocidade de seu próprio ponto de vista são boas, nunca superando, é claro, a mesma do personagem Mercúrio, ao som de Sweet Dreams do Eurythmics em X-Men: Apocalipse (2016), a única coisa que presta no filme dos mutantes.
A relação de Barry com o tão esperado Batman de Michael Keaton é ótima, assim como a relação de Tony Stark com Homem-Aranha no MCU. Batman já vem desempenhando o papel de mentor de Flash desde Batman vs Superman: A Origem da Justiça e o Batman pit bull de Frank Miller vivido por Ben Affleck também está presente, com uma participação – desnecessária – da Mulher-Maravilha.
O Batman em fim de carreira de Keaton é trazido de volta à ativa (como Indiana Jones em seu novo filme) quando Barry volta no tempo para salvar sua mãe e acaba caindo no momento em que Zod chega à Terra no primeiro filme do DCEU, O Homem de Aço (2013). Não vou dizer se Barry consegue seu intento, mas ao menos salva aquele recorte histórico do universo compartilhado da DC do fraquíssimo filme do Superman.
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Kara Zor-El aparece como em um episódio canônico do Super que já teve mais de uma releitura nas HQs mas nunca no cinema. O paradoxo de viagem temporal, comum em filmes do estilo como De Volta para o Futuro (que é inclusive citado no filme) é trabalhado e todo o fan service é bem servido, de forma inteligente e divertida, incluindo a aparição de um certo Batman ao fim do filme, que pontua muito bem o fim da trama com uma interrogação: será mesmo o fim?
Se você ainda não assistiu, corra para ver Flash no cinema a despeito do que dizem outros críticos. A DC finalmente acertou o passo! E quem diria que o personagem mais rápido do Universo DC chegaria atrasado para consertar o lapso temporal presente no DCEU.
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