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Crítica| Águas Profundas: O tal thriller erótico do Prime Video
Após um longo tempo parado, Adrian Lyne, retorna em seu famoso e consagrado estilo de anos atrás. Em mais um suspense erótico, o diretor volta num ambicioso projeto comandado por Ben Affleck e Ana de Armas, chamado Águas Profundas.
Se analisarmos toda a trajetória até o lançamento desse filme, fica nítido a pouca confiança que o estúdio – Disney – tinha sobre o projeto. Originalmente proposto para ser lançado nos cinemas, Águas profundas acabou saindo diretamente nos streamings. Nos EUA o longa faz parte do catálogo da Hulu e nos outros países o filme acabou sendo vendido para a Amazon, ou seja, para uma das suas maiores concorrentes.
Sendo baseado no livro homônimo escrito por Patricia Highsmith de 65 anos atras, o longa conta a história de Vic (Ben Affleck) e Melina (Ana de Armas), um casal incomum que tenta esconder as discordâncias e defeitos de seu casamento, em meio às festas e reuniões de amigos.
Enquanto Vic é um marido psicótico que evita tocar no assunto de separação, mesmo sabendo de tudo que sua mulher faz para lhe chamar atenção. Melina tenta a todo custo causar qualquer sentimento dentro do marido, vivendo a sua vida como bem entende.
Pois bem, Aguas Profundas, propõe atualizar para os dias atuais a história base do livro, visto que foi escrito a mais de 60 anos atrás. Dito isso, com Ben Affleck estrelando o projeto, não há como evitar a comparação e a tentativa de repetir a brilhante interpretação que o ator teve no filme Garota Exemplar, projeto de David Fincher que é um dos últimos filmes a ter grande sucesso no gênero.
E como nem sempre as coisas correm como o esperado, Adrian Lyne, até começa bem seu filme, buscando se sustentar com as escolhas feitas. Porém, devido uma narrativa extremamente confortável, no quesito causa e consequência, o diretor não prossegue com o mistério, entregando uma trama que não empolga e, muito menos propõe algo próximo do material de divulgação do longa.
É claro que não é todo dia que veremos filmes complexos e que nos farão pensar sobre determinada obra e seu assunto proposto. Mas, visto ser um projeto estrelado por duas grandes celebridades e um diretor consagrado no gênero, acredito que a história poderia ter se dado a oportunidade de se desafiar.
Por exemplo, mesmo que ambos não tivessem um relacionamento na época – algo que viria acontecer após as gravações – Lyne poderia ter focado unicamente na provocação do casal, algo que até tivemos no início do filme. Contudo, com a inserção de dramas familiares e personagens secundários extremamente precários, a história acaba saindo do rumo, se tornando uma tremenda desordem.
Ben Affleck e Ana de Armas, infelizmente são pouco aproveitados em tela. Temos um longa que poderia muito bem desenvolver junto a narrativa, momentos interessantes de seus astros, mas temos os característicos trejeitos de Affleck em todo o filme e uma atuação escondida de Armas.
Se tivermos até uma boa vontade, poderíamos fazer uma leitura mais profunda do filme, como relacionamento aberto, ciúme, casamento, família tradicional e etc… mas seriam análises feitas unicamente por nós, pois, o filme em si, não aprofunda em nenhum desses temas.
No mais, o longa acaba percorrendo unicamente o óbvio, desrespeitando até em certo ponto a inteligência de seus espectadores. Com um elenco sem brilhos e um desfecho sem nenhuma inspiração, Águas Profundas, com toda certeza chamará atenção pelos nomes envolvidos e a relação que ambos tiverem por um certo tempo.
Veja o trailer:
Águas Profundas se encontra dísponivel no Prime Video.
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