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Crítica | Arcane: a melhor animação da Netflix
Arcane é uma série original da Netflix em parceria com a Riot e, com uma aprovação de 100% da crítica e 98% do público no Rotten Tomatoes, conta a história do jogo League of Legends.
Muito se engana quem acredita ser uma série voltada só para os jogadores de LOL. Arcane abrange todos os públicos e mesmo aqueles que não conhecem nada do jogo – como eu – vão ficar encantados com a qualidade e enredo da animação.
Dividida em três atos, a série conta a história das irmãs Violet e Powder, que moram em Zaun, uma cidade abandonada onde a população sobrevive do que sobra de Piltover, a cidade de cima, que além de ser um berço tecnológico, abriga a alta classe.
Ato I
O primeiro ato de Arcane é focado na introdução de alguns campeões do jogo e personagens chaves da série.
Em Zaun, temos as irmãs Violet e Powder, que após perderem seus pais, são adotadas por Vander e passam a morar com ele e outras crianças órfãs.
Já em Piltover, temos Jayce, que foi salvo por um mago durante uma tempestade na qual a sua mãe quase morre, além de Viktor começando a infância e descobrindo seus interesses pela ciência. Temos também Caitlyn, que vem de uma família importante, mas decide se tornar xerife e se distanciar da influência familiar.
As duas cidades, mesmo que geograficamente muito próximas, são econômica e socialmente muito distantes, algo que é possível acompanhar durante toda a série.
A trama de Arcane começa a se desenrolar quando Violet e Powder se reúnem com o seu grupo de amigos e decidem roubar coisas de valor de Piltover. Entretanto, Powder, a irmã mais nova – e um pouco desajeitada – encontra cristais com grande poder, os hexcores, e cria uma explosão que faz com que Piltover e Zaun intensifiquem a sua inimizade.
Além do roubo dos cristais – que têm uma importância enorme para os avanços tecnológicos de Piltover – os cidadãos de Zaun ainda se encontram sob o poder de Silco, que usa essas pessoas como cobaias para uma droga que – além de deformar completamente o usuário – ele acredita ser a chave para combater Piltover.
Ato II
Durante o segundo ato de Arcane, vemos agora os personagens mais velhos e a série começa a dar forma aos enredos conhecidos do jogo.
Jayce e Viktor – que ganha menos créditos do que o amigo – trazem para Piltover o desenvolvimento tecnológico das hexcores, o que coloca a cidade em uma posição de forte influência global, além de se tornar um polo tecnológico muito importante.
Entretanto, em outro canto da cidade, durante o discurso de Jayce no evento do Dia do Progresso, um ataque é feito a um dos veículos de transporte que contêm Cintila, a droga que Silco acredita ser a chave para combater Piltover.
O ataque é feito pelos Fogolumes, um grupo de jovens de Zaun que tenta barrar o uso de Cintila pelo Silco. No entanto, Powder volta, agora como Jinx e ao lado de Silco, e consegue – não com muito sucesso – barrar os Fogolumes e impedir que destruam o carregamento de Cintila.
Porém, todo o ataque chama a atenção das autoridades de Piltover, entre elas Caitlyn, que começam a investigar quem estaria por trás disso.
Ato III
O terceiro ato de Arcane – e talvez o que tenha mais emoção – aborda a identidade dos Fogolumes e como eles trabalham em conjunto para frear as atitudes destrutivas de Silco. Além disso, explora um lado novo de Zaun, a comunidade secreta dos Fogolumes.
Ademais, a animação aborda a conturbada relação entre as irmãs Vi e Jinx, que é cada vez mais explosiva e perigosa.
Por fim, no terceiro ato, vemos a dualidade de Jayce, que apesar de querer evitar uma guerra entre Piltover e Zaun, ainda é contra transformar a tecnologia hextech em uma arma de destruição.
Arcane é uma animação incrível, que consegue misturar o 2D e o 3D para criar uma experiência única para o público. A trilha sonora criada exclusivamente para a animação também é muito bem executada e encaixada e cria uma emoção a mais na série, que faz com que muitas vezes o telespectador – e eu falo por experiência própria – se veja vidrado naquela cena.
As cenas de luta, muito bem desenhadas e produzidas, dão mais emoção ainda. Com diferentes cortes, ângulos e velocidades, é impossível não ficar maravilhado a cada briga dos personagens. Mas além de uma animação incrível – e muito linda – Arcane ainda acerta no enredo. Os três atos contam uma história muito bem amarrada e que deixa uma curiosidade – gigantesca – para a próxima temporada.
Arcane entrega tudo o que prometeu e muito mais.
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