Primeiras Impressões | A resistência na 4ª temporada de ‘The Handmaid’s Tale’

(Escrito por Roberto Costa) Porcos, Erva-Moura e A Passagem são os três primeiros episódios da 4ª temporada de The Handmaid’s Tale, já disponíveis na plataforma de streaming Paramount Plus.

Com a resistência ganhando mais forma e June decidindo enfrentar Gilead com tudo que tem, a 4ª temporada chega com uma avaliação um tanto quanto variada por parte dos espectadores, com momentos marcantes e muita luta para nossa protagonista enfrentar enquanto tenta derrubar Gilead de dentro para fora.

É muito difícil resumir de algum modo a experiência que esses três episódios, em especial o terceiro, passam no começo frenético da temporada. The Handmaid’s Tale é uma obra complexa com discussões complexas, então entendemos bem as reações divergentes das pessoas.

Porcos é um ótimo começo para a temporada. O episódio continua logo depois de vermos as Aias salvando June, após a partida do avião para o Canadá. Com sequências rápidas, seguimos as personagens em sua luta para salvar a parceira e conseguir abrigo. Sequências essas com aquele suspense quase “terror”.

O primeiro episódio consegue ir estabelecendo uma base sólida na resistência interna contra Gilead, que é o grande tema dessa temporada. A rede das Marthas, Mayday e mais já está empunhando suas armas para ajudar June.

Uma coisa que esse começo de temporada faz bem, em resposta às críticas anteriores, é humanizar os personagens. Nós começamos acompanhando uma June quase morta, desgastada e exausta da season finale, que não sabe como agir em seguida e não tem um plano.

Apesar de “liderar” a resistência, ela tem seus defeitos e vemos como os outros personagens são afetados por suas falhas. Muitas vidas já foram perdidas e, durante esses três episódios, ainda vemos outros personagens se despedindo para manter a resistência.

Novos personagens, mesma Gilead

Devemos dar destaque também para as novas adições ao elenco, como McKenna Grace, que dá um show nos dois primeiros episódios e acende ainda mais a ira do espectador para com Gilead e suas monstruosidades.

Ela interpreta a Senhora Keyes, uma esposa jovem que tem muita determinação e vontade de derrubar Gilead. McKenna Grace consegue, em dois episódios, um destaque enorme e deixa o espectador intrigado sobre sua personagem. Esperamos ver mais de Esther Keyes no futuro!

Já em Erva-Moura nós conhecemos um pouco mais dos planos de Gilead, ainda se aprofundando na história em desenvolvimento sobre a guerra que está acontecendo em Chicago.

O segundo episódio segue mostrando mais das companheiras de June, dando um foco, que no episódio seguinte é justificado, para Alma e Brianna. As duas aias, que pareciam tão pouco exploradas antes, ganham mais traços e personalidade.

The Handmaid’s Tale e A Passagem

Dos três episódios iniciais é A Passagem que se destaca, apesar dos outros dois cumprirem o propósito de fazer a história andar em direção a uma temporada mais frenética.

Marcando a estreia diretorial de Elizabeth Moss, a nossa June, A Passagem vai te deixar segurando a respiração enquanto torce pelo melhor.

Ele dá continuidade à história desse começo de temporada, que parece um pequeno ciclo começando em Porcos e se fechando em A Passagem. Portanto, o terceiro episódio vai aos extremos em todos os sentimentos que resolve causar.

Vemos suspense, terror psicológico, ação e até mesmo a fagulha de esperança que o final nos acende. A Passagem é um episódio completo em tudo que se propõe, marcando a própria passagem de June, que vai finalmente se despedir desse posto reagente para começar a causar em Gilead.

Certamente os três primeiros episódios da 4ª temporada vieram para mostrar que abençoado é o esquadrão, terminando esse ciclo curtinho que nos prepara para entrar numa zona de guerra para seguir June e Janine em sua passagem.

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