5 motivos para assistir Hellraiser

Hellraiser renasceu do inferno! Vamos a 5 motivos para assistir o reboot da franquia.

Hellraiser renasceu do inferno após 4 anos desde seu último filme. Clive Barker chamou a atenção do mundo com seu primeiro Hellraiser em 1987. Com um orçamento de apenas 1 milhão de dólares, o filme conseguiu arrecadar quase 15 milhões! Clive Barker não apenas escreveu o romance que originou a franquia (The Hellbound Heart), como dirigiu e roteirizou o filme e conquistou a recomendação de Stephen King: “Eu vi o futuro do terror, seu nome é Clive Barker!”.

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Mas após o interessante Hellraiser: A Herança Maldita (quarto filme), o universo de Pinhead e os cenobitas foi ficando cada vez mais mal explorado com sequências e continuações péssimas e aquém do universo. Como Leviatã não dorme no ponto, Pinhead voltou com outra cara, mas com as mesmas intenções: explorar os recônditos da súplica humana e barganhar com nossos desejos e frustrações. Vamos a 5 motivos para assistir o novo Hellraiser:

1) Pinhead

Com sua cabeça crivada de pregos (o que lhe dá o nome), sua pele branca como cal sem nenhum pêlo e sua voz retumbante, Pinhead deixou sua marca desde que surgiu em Hellraiser: Renascido do Inferno (1987), interpretado por Doug Bradley. Stephan Smith Collins não convenceu em Hellraiser: Revelações (2011) e muitos reclamaram de Pinhead aparecer como uma figura feminina, sendo que já apareceu assim na capa de Hellraiser: The Darkwatch.

À esquerda, Pinhead em sua nova versão feminina. À direita, a mesma versão, anteriormente mostrada em quadrinhos, na capa da HQ Hellraiser: The Dark Watch.
À esquerda, Pinhead em sua nova versão feminina.
À direita, a mesma versão, na capa da HQ Hellraiser: The Dark Watch.

Jamie Clayton, de Sense8 e O Demônio de Neon não poderia ficar melhor como o demônio Pinhead. Se os cenobitas são os demônios da esfera do Desejo, Pinhead poderia muito bem ser um súcubo. No lugar da expressão inexpressiva de Bradley, o sorriso mórbido/sarcástico de Jamie faz com que seus olhos tenham expressão mesmo sendo opacos como convém aos cenobitas. 

2) O Cubo de LeMarchand

O Cubo de LeMarchand figura entre os artefatos mais queridos do inventário nerd. Entre os filmes subsequentes a Hellraiser: A Herança Maldita (o último com a supervisão do criador do universo, Clive Barker), a caixa parece ter sido feita para ser aberta, já que ninguém parece ter dificuldade de ir pro inferno! 

Close do Cubo de LeMarchand  em sua configuração original.

Nesta versão, os diversos formatos são explicados e os fãs da franquia que chegaram a ler os quadrinhos vão perceber uma das primeiras configurações que o cubo adquire: a forma de Leviatã.

3) Leviatã

Nos quadrinhos mais um pouco do background dos cenobitas é mostrado. Os cenobitas são filhos de Leviatã, irmão da deusa Morté Mammé. Na HQ Hellraiser, publicada no Brasil em 2003 pela Brainstore, Leviatã aparece como uma figura geométrica, semelhante a um losango em 3D.

À esquerda, Leviatã nas HQs.
À direita, sua aparição no filme.
À esquerda, Leviatã nas HQs.
À direita, sua aparição no filme.

Neste reboot da franquia, Leviatã dá as caras, sendo que nem cara ele tem. A personagem protagonista Riley McKendry e Kirsty Cotton poderiam aparecer futuramente, em outros filmes, como arautas de Morté Mammé, já que na edição supracitada em quadrinhos a deusa irmã de Leviatã recruta alguns humanos para enfrentar seu irmão.

4) Gore

O primeiro Hellraiser é pavoroso como O Exorcista e tão escatológico quanto A Mosca. Se você não se apavorasse com o horror que permeia a própria trama em si, ficaria abismado com as cenas de violência (gore) ou enojado.

Um rapaz agoniza com a garganta cortada, em uma cena toda vermelha.

Os demais filmes da franquia a partir do 5º (Hellraiser: Inferno) poderiam muito bem ser histórias sem a mínima participação de Pinhead. Os cenobitas e seus ganchos só estão ali para justificar o fato de que são filmes da franquia. Desta vez a violência e as escarificações não ficam apenas por conta dos cenobitas, mas a própria caixa em si é uma armadilha física. Uma mistura de Cubo de Rubik com canivete suíço. 

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5) O nascimento de um cenobita.

Os cenobitas não são apenas demônios do 7º Círculo do Inferno, o pecado da Luxúria (Desejo, segundo a HQ Hellraiser: The Darkwatch). Eles já foram humanos em vida, assim como algumas das nossas entidades da umbanda. Kirsty Cotton, presente desde o primeiro filme, inclusive, aparece nas HQs como uma cenobita.

Close do olho esquerdo do recém-cenobita, com a íris se transformando, de branco para preta.

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Neste reboot, presenciamos o “nascimento” de um cenobita, se é que podemos chamar assim. Após ser morto por Leviatã neste mundo, sua aparência é modificada para se tornar semelhante aos demônios sadomasoquistas. Sua alma não precisa de muita modificação, já que em vida foi adepto de Leviatã.

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Claudio Siqueira
Claudio Siqueira

Escritor, poeta, Bacharel em Jornalismo e habitante da Zona Quase-Sul. Escreve ao som de bits e póings, drinkando e smokando entre os parágrafos. Pesquisador de etimologia e religião comparada, se alfabetizou com HQs. Considera os personagens de quadrinhos, games e animações como os panteões atuais; ou ao menos, arquétipos repaginados.

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