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Otageek entrevistra o guitarrista Phellipe Rosa
Em comemoração aos dois anos de projeto, resolvemos entrevistar novamente Phellipe Rosa, que além de grande guitarrista, é apaixonado por cultura pop e principalmente por animes.
Em seu canal no Youtube (clique aqui), o guitarrista traz inúmeros covers de músicas que fizeram parte dos filmes, séries e animes, além de conteúdos informativos e opinativos sobre vários projetos da cultura pop.
Entrevistamos Phellipe Rosa no dia 07 de novembro de 2020 no quadro Trampo Pop, que foi ao ar no nosso Instagram.
E batendo esse papo novamente conosco, ele fala um pouco mais sobre seus projetos, além de comentar as personalidades que o influenciaram a se tornar o músico que é hoje.
Na nossa última entrevista, você disse que viriam outros conteúdos no seu canal. Como está sendo esse processo de criação?
Sim, inicialmente a ideia do canal era compartilhar apenas as minhas músicas autorais e os covers dos animes, filmes, etc. Porém, no decorrer do processo, eu queria abranger mais o universo de cultura pop em geral, falando sobre animes, conversando com meu público e aparecendo menos com a guitarra, com o objetivo de estreitar os laços com meu público, que acompanha o meu trabalho. Esse processo tem sido muito divertido, principalmente relacionado às gameplays.
E eu tenho recebido uma interação bem bacana, o canal ainda é pequeno, está crescendo aos poucos. Mas através das lives, pude conhecer um pouco mais do público que me acompanha, então isso me proporcionou realmente estreitar os laços com os inscritos do canal.
Além de conteúdos de listagens, que levei do Instagram para o YouTube, eu comecei a desenvolver um trabalho mais didático relacionado à música, onde eu abordo temas musicais necessários para o aprendizado musical de qualquer pessoa. Por exemplo: como escolher um bom professor, como aprender a ler partitura, qual a idade correta para começar a aprender música, entre outras informações.
Qual música cover foi a mais difícil de produzir e tocar?
Foi um medley de Velozes e Furiosos, onde eu peguei as principais músicas da franquia até o último filme, com a música Furiosa, da Anitta, que acabou sendo a mais difícil de produzir.
Porque eram muitos elementos, eu tinha que criar maneiras de juntar todas as músicas e criar arranjos de transição para cada e, além disso, eu contei com a participação do meu amigo, Jonathan, que fez os vocais. E trabalhar com voz acaba sendo um pouco mais complicado do que só com guitarra e instrumentação.
Mesmo sendo a mais difícil de produzir, a mais difícil de tocar acabou sendo a última que eu fiz do anime JoJo’s Bizarre Adventure, que tem o solo bastante complicado. E quando você tem esses espaços para mostrar um pouco mais de técnica musical, eu gosto de fazer os meus próprios solos, improvisando em cima. Por ter criado um solo complicado de tocar, eu tive que ficar estudando repetidamente e, mesmo assim, apesar de ter gostado, eu acho que ele não ficou 100% como deveria.
Essa música foi a que você levou mais tempo para produzir?
A que eu gastei mais tempo para produzir, sem dúvidas, foi a música da série do Loki. Eu gastei em torno de duas a três semanas para finalizá-la. Geralmente eu gasto entre três, quatro dias, ou no máximo uma semana para finalizar uma música. Mas nessa, eu gastei semanas trabalhando nela frequentemente, todos os dias.
Há algum guitarrista que te influencia no timbre da guitarra e no processo de criação das músicas?
O primeiro que eu cito é o Juninho Afram, guitarrista brasileiro da banda de rock cristã Oficina G3. Ele foi o grande responsável por me fazer gostar de guitarra. Então eu comecei a me interessar por tocar guitarra por conta do Afram e por conta do Oficina G3. Essa foi a primeira banda de rock que eu ouvi, muito por ter crescido na igreja e ter esse primeiro contato com o rock gospel, rock cristão.
Outro guitarrista, que é grande influência para muitos outros, é o Kiko Loureiro. Acredito que seja o guitarrista brasileiro de maior renome mundial, hoje é o guitarrista da banda Megadeth e foi um dos fundadores da banda Angra. Eu passava horas e horas assistindo os DVDs da banda Angra, além de assistir às videoaulas dele, vendo a maneira que ele toca… e hoje eu consigo incorporar muita coisa dele no meu modo de tocar.
Outro que eu gostaria de citar é o guitarrista americano Richie Kotzen. Kotzen tem uma peculiaridade de tocar sem palheta. E na faculdade você aprende dessa maneira, sem palheta, sem nenhum acessório. Daí, eu tentei incorporar essa técnica de violão erudito na guitarra, usando o Kotzen como referência.
E por último, o brasileiro Mateus Asato. Asato é da nova geração de guitarristas, mas já tocou com grandes artistas, como por exemplo Bruno Mars. Além de ter um trabalho solo incrível, que me influenciou muito na forma de pensar melodias, na forma de olhar como eu devo cantar as melodias com a guitarra, me fez sair um pouco do aspecto mais técnico de expressionismo e do tocar rápido e pensar mais no contexto melódico, num contexto sonoro.
Há outras coisas relacionadas à música ou cultura pop que você pensaria em trazer para o seu canal?
Uma delas é relacionada aos animes, pois, além dos conteúdos de listagem e indicação da semana, eu quero trazer reviews, primeiras impressões, o que esperar de uma segunda temporada… assim, trazer e analisar de forma mais profunda esses animes que eu acompanho diariamente.
Outro trabalho que eu vou começar a trazer são as videoaulas. Até então, eu tô fazendo conteúdo educativo para iniciantes, para pessoas que são aspirantes a musicistas. Então eu não entrei ainda em termos técnicos ou para pessoas que já tocam.
Porém, nos próximos vídeos eu vou trazer aulas ensinando como tocar determinadas aberturas. Eu vou ensinar como tocar passo a passo a harmonia, parte melódica. Então vou realmente trazer mini videoaulas de guitarra, ensinando a tocar as músicas mais famosas de animes, filmes, séries, etc.
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