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Halloween | Entrevista com Dan Caliban, Tomas Gravina e Guilherme Najar da Morpho FX
Para mostrar um pouco as entranhezas da produção do terror nacional, a jornalista, atriz e stripper Larissa Maxine bateu um papo com Dan Caliban, Tomas Gravina (que está se casando hoje) e Guilherme Najar, da Morpho FX, antiga Mapinguari.
Embora nosso folclore seja rico em criaturas, não devendo nada para o bestiário de um Dungeons & Dragons, o Brasil nunca teve tradição na literatura fantástica, salvo, é claro, o ultrarromantismo de Álvares de Azevedo, com seu Noite na Taverna; o amado e odiado “mago” Paulo Coelho e nomes atuais como André Vianco, com sua ótima epopeia de vampiros; o encantador de dragões, Raphael Draccon, entre outros.
O antigo time da extinta Dragão Brasil (Marcelo Cassaro, J.M. Trevisan, Rogério Saladino, Marcelo Del Debbio, André Valle, Alex Sunders, Evandro Gregório…) também merece destaque, e nomes como Carlos Patati (autor do Almanaque dos Quadrinhos e de vários títulos) e o espetacular L.E.O. (Luiz Eduardo de Oliveira), da trilogia Aldebaran, Betelgeuse e Antares, figuram no panteão dos autores fantásticos.
Mas é na sétima arte que a coisa muda de figura. Com exceção do nosso estimado José Mojica Marins, o Zé do Caixão, e suas produções que remetiam aos exploitations setentistas, sempre tivemos dificuldade em emplacar o gênero no país – seja por dificuldades técnicas ou falta de aceitação do público, já que os fãs do gênero não encontravam eco em seu gosto nas produções nacionais.
Mas, desde que o bug do milênio se confirmou um terror irreal, a década de 2000 nos brindou com Amor Só de Mãe, de Dennison Ramalho, Fábulas Negras, de Rodrigo Aragão e o recente O Rastro, de J.C. Feyer. As produções são boas, o terror é real (e não apenas o “terrir,” subgênero comum ao nosso temperamento tropical, embora boas piadas sejam colocadas na hora certa) e nós provamos que nem só de sorrisos vive a Ilha de Vera Cruz.
Mas, como nem tudo são flores (e toda roseira tem espinhos), a produção de efeitos especiais costuma ser algo caro, e os materiais escassos. Mestres da gambiarra que somos, conseguimos dar nó em pingo d´água… ou sangue. Confira a entrevista com a Morpho FX!
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