Crítica | Turma da Mônica: A Série acerta em história contida

O primeiro fruto televisivo dessa recente ideia de transformar os quadrinhos da Turma da Mônica em live-action chegou na Globo Play. Turma da Mônica: A Série percorre um caminho um pouco diferente dos apresentados anteriormente, mas traz de volta a essência, encanto e a qualidade vistas nas antigas produções. 

Encabeçada novamente por Daniel Rezende – diretor responsável por Turma da Mônica: Laços (2019) e Turma da Mônica: Lições (2021) – a série original Globo Play conta com 8 episódios de cerca de 20 minutos, todos já disponíveis na plataforma.

Turma da Mônica: A Série
Turma da Mônica: A Série

Bem, Turma da Mônica: A Série acaba sendo um projeto diferente dos apresentados anteriormente por Daniel Rezende. Enquanto em Lições a trama percorre por algo bem próximo a Romeu e Julieta, aqui, temos uma história investigativa em que todos os garotos da turminha estão envolvidos.  

Logo no primeiro episódio, a série já deixa claro o tom narrativo que percorrerá e a forma que contará a sua história. Visto ser uma série, ou seja, agora com um orçamento menor, a produção conta com poucas locações para ambientar o bairro do Limoeiro. 

Turma da Mônica: A Série
Turma da Mônica: A Série

Contudo, com a volta do quarteto original: Mônica (Giulia Benite), Cebolinha (Kevin Vechiatto), Magali (Laura Rauseo) e Cascão (Gabriel Moreira), além da aparição de novos rostinhos na trama, a série constrói bem a sua história, deixando-a cada vez maior com o decorrer dos episódios. 

Isso acontece em decorrência da belíssima decisão vinda do roteiro. Com várias versões do mesmo acontecimento contadas no decorrer dos episódios, temos a utilização dos mesmos cenários e personagens, só que em ângulos diferentes e com algumas novidades vinda de cada um. 

E, enquanto vão sendo revelados os passos percorridos por cada personagem, temas vão sendo discutidos na história. Sendo o tema principal da série o amadurecimento das crianças. 

Logo no início, Mônica e sua turma se encontram numa situação inusitada. Agora não sendo mais crianças e muito menos adolescentes, a galerinha está um tanto quanto perdida. Pois, agora, não sabem onde ficam, o que fazem ou até mesmo quem são, e esse é o pilar da história da série. 

No meio disso, a série reflete visualmente o momento que a turminha está passando. Pois, quando se está mudando, crescendo, ou seja, amadurecendo, é fato que a insegurança, seguir padrões, deixar de ser quem você era, são algumas das coisas que podem acontecer. 

Turma da Mônica: A Série
Turma da Mônica: A Série

E, aqui, Daniel Rezende traduz o comportamento deles na forma como se vestem. As cores fortes e vibrantes vão embora para a chegada de um azul mais opaco. O interessante é que conforme as crianças vão crescendo, é normal a busca por se encaixar em algum grupo. Seja no comportamento, gosto musical, preferência por esporte ou a forma de se vestirTurma da Mônica: A série põe em tela todo esse sentimento de um jeito encantador. 

Em relação à forma de contar essa história, mesmo que aparente ser repetitiva, a duração curta dos episódios proporcionam uma experiência gratificante do começo ao fim. 

Turma da Mônica: A Série
Turma da Mônica: A Série

O elenco principal continua muito bem, dando ênfase a Laura Rauseo pela forma deslumbrante que entrega a Magali. O Do Contra, interpretado por Vinícius Higo, acaba sendo um ótimo alívio cômico em seus  momentos. Já sobre os novos rostos mirins, Becca Guerra sem dúvida é a que se destaca dos demais, sendo insuportável –  e isso é de fato um elogio – na pele de Denise.

No mais, Turma da Mônica: A série é um grande acerto por parte dos envolvidos, que fica até uma sensação de que nesse universo a melhor forma de contar essas histórias são em formato de série. Sendo para toda a família, Turma da Mônica: A série diverte, emociona e traz até um certo grau de tensão numa produção encantadora. 

Veja o trailer:

Turma da Mônica: A Série se encontra disponível com exclusividade na Globo Play.

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Lucas Almeida
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