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Crítica| The Batman – Lembrai, lembrai, do 5 de novembro…
Está chegando o dia da estreia do esperado The Batman, de Matt Reeves, que traz mais uma nova versão do Homem Morcego. Desta vez vivido pelo já muito conhecido Robert Pattison. Tirando muita inspiração de direções clássicas, como Scorcese, do gênero noir, e referenciando mais uma vez Guy Fawkes, o longa se prende à cenas cansativamente icônicas e à personificação de seu personagem em forma de filme.
Em The Batman conhecemos um Bruce Wayne mais jovem do que estamos acostumados. Em seu segundo ano como Batman, o rapaz ainda está descobrindo o que pode fazer para ajudar a reconstruir Gotham City. Porém, o filme conta com a garantia de que seus expectadores já conheçam a história de origem de seu personagem, fugindo do que poderia ser apenas mais um filme de origem do Batman.
Inspirações
Assim, o longa começa nos certificando de que o Homem Morcego já tem sua reputação pelas ruas de Gotham, assustando bandidos apenas com a visão do morcego no céu. Wayne também já conta desde o início com a ajuda e confiança do policial Jim Gordon, que se torna um importante personagem na trama.
Dessa forma, The Batman se insere como um recorte de uma vida que já conhecemos. Lembrando o enredo de filmes investigativos como Se7en, o roteiro se concentra em explorar apenas uma missão do vigilante de Gotham. Acompanhando em suas quase três horas apenas os acontecimentos e pessoas envolvidos e trazidos à tona por essa única investigação.
Esteticamente o filme é lindo de se ver. Em tons muito escuros, mas não tanto que não possamos entender as cenas, ambientes com uma arquitetura que beira o gótico, e cores e luzes pontualmente inseridas, às vezes temos a sensação de estarmos vendo um filme em preto e branco. E isso, mais a personagem Catwoman, da Zoë Kravitz, que exala sexualidade, e a trama investigativa, deixa muito claro a inspiração no gênero noir.
The Batman é tão icônico que…
Todo esse clima construído para o visual do filme colabora para outro ponto: The Batman parece querer ser a personificação de toda a reputação de seu protagonista em forma de filme. Pense em todas as características que rapidamente vêm à mente quando falamos do Batman. A escuridão, vingança, violência, o poder, o raciocínio lógico… Tudo o que faz do Homem Morcego um personagem icônico. O filme se constrói trazendo todas essas características para si.
E é assim que o longa tenta se manter durante toda a sua duração sendo incrivelmente icônico. Mas apenas tenta. Pois falha ao não abrir espaço para diminuir o ritmo, e construir de fato sequências de cenas que levariam à um momento grandioso coerente, e que deixaria os fãs à flor da pele.
Desde o começo roteiro já vai lançando frase de efeito atrás de frase de efeito. Principalmente durante as narrações em off do próprio Batman, que não sabe falar nada sem parecer que aquele é o maior feito de sua vida. E se você conseguir ignorar as frases, tem que lidar com a trilha sonora. Que, apesar de ser composta de faixas incríveis, não dá um descanso. O tempo todo a música está lá em cima, criando esse momento icônico infinito, até mesmo em cenas aleatórias ou casuais.
Então, quando você junta as frases de efeito de cada 5 minutos, mais a trilha sonora que nunca desce, mais as câmeras, que estão sempre angulando o personagem em posições perfeitas, em um cenário perfeito, fazendo a ação perfeita, tudo isso perde o efeito. E quando chega o momento que realmente merece cenas tão grandiosas como essas, o público já está desgastado. Fazendo assim com que o filme deixe de ser grandioso.
O Homem Morcego
A narração em off do protagonista ajuda no aprofundamento do próprio. Nos ajuda a entender o que se passa em sua mente e em que estágio de sua vida como Batman ele se encontra. E aliás, é um dos únicos recursos que temos para realmente nos aprofundarmos no personagem. Fora isso, podemos ter mais uma noção sobre observando como pessoas à sua volta o veem, tal como Gordon ou Alfred.
Porém, essa narração pode prejudicar alguns momentos ao explicar demais coisas que teriam mais efeitos se permanecessem implícitas. Como na cena inicial do filme, onde vemos os bandidos de Gotham reagindo ao Bat-Sinal.
Quanto ao antigo vampiro, agora no papel de morcego, Robert Pattison, já sabemos que ele é um grande ator, mas em The Batman, o roteiro não abre muito espaço para que ele explore a carga dramática que sabemos que ele é capaz de entregar. Afinal, não sobra muito para ele além de andar para lá e para cá com a cara fechada o tempo todo.
Na verdade, provavelmente uma das melhores atuações do filme foi de Paul Dano no papel do vilão Charada.
Guy Fawkes
Por fim, é impossível não assistir The Batman sem se lembrar de Guy Fawkes, soldado inglês que tentou explodir o parlamento inglês em 5 de novembro de 1605, e portanto, da HQ e do filme V de Vingança.
Além de todo o tom do filme, V e o Batman se assemelham em muitos pontos, principalmente ao afirmarem ser A Vingança, tornando a si mesmos não mais meros homens, mas conceitos em forma humana. E pensar nisso, e em como é V que planeja o ataque contra o governo em V de Vingança, nos mostra como muitas vezes Bruce Wayne está lutando consigo mesmo. Frequentemente à um passo de se tornar seu próprio vilão.
The Batman vem nos trazer um filme de super-herói que sai dos padrões atuais, como os filmes do MCU ou mesmo os da DC, como O Esquadrão Suicida. Mas ele não traz nenhuma novidade real para a lista de versões cinematográficas do homem-morcego.
Entretanto, é um filme que estará na lista de “próximos”, e possivelmente até mesmo de “favoritos”, de qualquer fã do herói.
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