Crítica | Quadrinho ‘Underground’ na POC Con 2021

Trazendo mais uma das HQs que estão disponíveis gratuitamente na gibiteca digital da POC Con, hoje é a vez de Underground, escrita por M. Carvalho e Nath Bê, com arte de Dani Bolinho.

Capa da HQ escrita por M. Carvalho e Nath Bê- Crítica - POC Con de 2021 - Otageek

A obra conta sobre um dia na vida de alguns jovens londrinos. Will acabou de ter seu noivado com Dee cancelado e Mitch, o melhor amigo de Will, foge da garota com quem tem saído. Também temos Chrissy, melhor amiga de Dee que está passando por alguns problemas em casa, e Daniel, rapaz apaixonado por Chrissy.

Sim, parecem ser muitos personagens e muitas histórias para serem desenvolvidas em 52 páginas, mas a primeira coisa que deve ser dita é que Underground é uma série, a qual já possui sua segunda edição. Porém, mesmo assim, os autores dão conta de desenvolver tudo muito bem sem se embolar no processo.

Então, com habilidade para passar o necessário na quantidade de página que possuem, eles conseguem construir personagens bem desenvolvidos e individuais em si.

Encontros e Desencontros

O ponto alto do enredo é demonstrar encontros e desencontros e as ligações entre pessoas de uma mesma cidade sem que estas percebam. E faz isso muito bem, pois fica claro para nós, leitores, quem é quem e quais as conexões entre os personagens.

Além disso, a história se passa em dias atuais, e apesar de estar situada em uma cidade estrangeira, é fácil nos identificarmos com situações e personagens.

Os autores deixam claro que Londres não foi escolhida por acaso, mas sim porque era o cenário perfeito, afinal, seus personagens foram inspirados em movimentos da contracultura típicos do cenário underground da capital inglesa.

Arte e Linguagem

E tudo isso fica muito bem retratado na arte do quadrinho, desde o tom preto e branco até a ambientação com uma chuva constante, pois isso nos faz imergir naquele cenário.

Ademais, os traços dos desenhos são muito bonitos e a dinâmica de alguns quadros dá a sensação de uma conversa natural, super dinâmica. Há quadros que são quase um pingue-pongue, deixando claro o ritmo da conversa.

Por fim, é preciso destacar a linguagem escolhida para compor Underground, que foi uma escolha certeira. Além do uso de palavrões típicos do contexto e da idade dos personagens, os escritores também deixam palavras abreviadas ou escritas erroneamente de propósito, tudo para manter a naturalidade de uma conversa juvenil.

Então, Underground é uma obra que nos leva direto ao cenário proposto e faz com que nos apeguemos aos seus personagens, deixando o leitor curioso para descobrir o que vem a seguir, mesmo sendo acontecimentos e situações muito comuns da vida e do cotidiano.


Se você se interessou e quer ler Underground, essa e outras inúmeras obras estão disponíveis gratuitamente no site da Gibiteca Digital da POC Con. Apoie os quadrinistas brasileiros!

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Nathalia Mendes
Nathalia Mendes
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