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Crítica | Army of Thieves (Exército de Ladrões: Invasão da Europa)
O cinema de super-heróis nunca mais foi o mesmo após a passagem de Zack Snyder pelo Universo DC. Para o bem ou para o mal, o cineasta marcou uma geração de fãs, sendo até hoje lembrado e, digo mais, desejado por muitos o seu retorno ao mundo que ele mesmo criou.
Esperta como nenhuma outra, a Netflix rapidamente trouxe Zack Snyder e lhe deu carta branca para fazer o que quisesse para a sua plataforma de streaming. O longa Army of the Dead foi um sucesso perante os fãs e, muito antes de se imaginar, uma sequência do longa foi anunciada.
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Primeiramente, é necessário dizer que Army of Thieves é um projeto um tanto quanto inusitado. Isso pois, diferentemente do que acontece em estúdios tradicionais, a Netflix deu sinal verde a este filme antes mesmo de Army of the Dead ter estreado.
E para a alegria da maior plataforma de streaming do mundo, além do grande sucesso, o personagem Ludwig Dieter foi muito bem recebido, tornando-se o protagonista certo para a prequel que viria a acontecer.
Pois bem… Army of Thieves – prequel de Army of the Dead – é produzido com contribuição também do roteiro de Zack Snyder. Já a direção ficou por conta do protagonista do filme, Matthias Schweighöfer.
O ator e diretor Matthias Schweighöfer, tendo uma certa familiaridade com o gênero de comédia, acaba trazendo-o para este filme, que além de muito válido, proporciona um frescor ao universo inicialmente estabelecido por Zack Snyder.
Army of Thieves é bom?
Army of Thieves é um projeto bastante semelhante ao seu antecessor, ou seja, une-se um time de assaltantes, cada qual com sua habilidade específica e todos com um único objetivo: roubar!
Entretanto, essas semelhanças acabam por aí! Com pitadas de comédia romântica e nada de zumbis, Schweighöfe propõe o que sabe fazer de melhor, conseguindo – em boa parte – nos divertir do começo ao fim.
Essa familiaridade com a comédia acaba sendo válida na história e no desenvolvimento do protagonista. Já estabelecido como o “nerd” medroso no primeiro filme, aqui conseguimos entender muito mais do seu personagem e perceber o quão inteligente e interessante ele é.
Mesmo que a narrativa, por vezes, acabe sendo um tanto quanto apressada, há um bom desenvolvimento na relação dos personagens, dando ênfase ao romance estabelecido com a Gwendoline, personagem vivida por Nathalie Emmanuel.
Agora, a decisão de não ter zumbis acredito que decepcionará boa parte dos fãs. Mesmo que haja uma menção ou outra aos acontecimentos de Las Vegas, isso acaba sendo pouco para o universo criado e, principalmente, para as pessoas que esperavam mais dos mortos-vivos.
Mesmo assim, Army of Thieves é um filme sólido, charmoso e interessante de acompanhar. Muito, é claro, pelo carisma do protagonista e pelo seus motivos pessoais para entrar na tal equipe de criminosos.
Matthias Schweighöfer consegue balancear bem os cacoetes de Zack Snyder, deixando-os mais claros nas ótimas cenas de ação. Estas que, mesmo poucas, são bem feitas e filmadas de forma interessante, o que poderá até te pegar de surpresa, por não estar esperando.
Assim, o diretor consegue deixar a sua marca nos momentos cômicos e românticos e também na fotografia, remetendo ao cinema europeu. Porém, quando o longa precisa reconhecer ser parte do universo de Army of the Dead, a história encaminha-se para tal e, assim, perde certo potencial para que seu protagonista junte-se à história que de fato já conhecemos.
Pois bem… Army of Thieves até expande bem esse universo do Zack Snyder da Netflix. Mas mesmo que o filme tenha semelhanças com o cineasta, por vezes esquecemos que faz parte do mesmo mundo. E devido à visão e carinho que Schweighöfer tem pelo personagem, o longa fica mais divertido e confortável de acompanhar até seus momentos finais.
Veja o trailer:
Army of Thieves está disponível no catálogo da Netlfix.
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