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Critica | Animais Fantásticos: Os Segredos de Dumbledore é divertido, mas falta novidade
Animais Fantásticos: Os Segredos de Dumbledore chega aos cinemas do Brasil na quinta-feira (14), essa é a terceira parte, de cinco anunciadas, da franquia prequel de Harry Potter.
Gellert Grindelwald (Mads Mikkelsen) está se preparando para dominar o mundo bruxo, e vamos presenciar como os mocinhos da história reagem, sob o comando de Alvo Dumbledore (Jude Law), aos movimentos do vilão.
Narrativa muito mais simples
Animais Fantásticos: Os Crimes de Grindelwald, lançado em 2018, foi muito criticado por parecer querer explorar muita coisa em pouco tempo, deixando a trama principal confusa para aqueles não familiarizados com o Wizarding World.
Outro detalhe é que aconteceram adiamentos para que mudanças no roteiro, que não mais seria escrito unicamente por J.K Rowling, fossem feitas, além da pandemia que também contribuiu para o atraso no lançamento do longa. O resultado é uma história simples e cheia de diálogos expositivos, o que torna o enredo muito mais palatável aos “trouxas”.
Potterheads mais hardcore, no entanto podem se decepcionar com a falta de cenas esperadas, como o flashback no qual veríamos a morte de Ariana Dumbledore (Hebe Beardsall), a irmã mais nova de Alvo que aparece apenas em um quadro, por exemplo. Na verdade tudo no filme é muito mais dito do que mostrado.
Os efeitos especiais, assim como a trilha sonora já conhecida dos fãs são muito bem executados, e despertam fortemente a nostalgia de quem está ali imerso assistindo ao filme, mas não apresentam nada de novo para aqueles já familiarizados com o mundo bruxo.
Um Dumbledore em formação
Jude Law nos mostra uma versão diferente da qual estamos acostumados do diretor de Hogwarts nos filmes, talvez muito mais próxima daquela que a jornalista Rita Skeeter, interpretada no cinema por Miranda Richardson (Good Omes), apresenta durante Harry Potter e as Relíquias da Morte, em seu livro “A Vida e as Mentiras de Alvo Dumbledore” cheio de segredos difíceis de carregar.
A família Dumbledore inteira é cheia de segredos, o longa nos revela alguns deles envolvendo até mesmo Alberforth (Richard Coyle), que também tem questões mal resolvidas em seu passado, além de finalmente obtermos uma resposta definitiva sobre a verdadeira origem de Credence Barebone (Ezra Miller).
Mads Mikkelsen traz um Grindelwald manipulador, menos afetado do que o de Johnny Depp, de fala mansa, mas extremamente cruel, ele perde a compostura apenas uma vez o filme inteiro, dando a impressão de foi sua escolha demonstrar seu pior lado, pois sabe exatamente quando, e onde liberar seu ódio.
Mudanças no enredo e personagens carismáticos
Uma das mudanças no enredo mais sentidas, pelo menos por nós brasileiros, foi a redução da participação do Brasil na história, que está presente apenas na candidatura da primeira-ministra da magia brasileira, Vicência Santos (Maria Fernanda Cândido), ao mais alto cargo na hierarquia bruxa, o que a torna alvo de Grindelwald.
Inclusive se a questão política abordada de forma tão rasa pelo roteiro tivesse mais destaque, o filme só teria a ganhar, esse enredo poderia facilmente ter sido melhor explorado através dos personagens Anton Vogel (Oliver Masucci), atual líder supremo dos bruxos que está para deixar o cargo, Vicência Santos, e Liu Tao (Dave Wong) que disputam a vaga.
A maior promessa para esse terceiro longa eram as respostas que deveriam vir a essa altura da história, a própria autora disse isso no Twitter antes de todas as mudanças, porém não existe nada, pelo menos nada que já não fosse especulado a anos pelos fãs.
Harry Potter foi uma franquia que sempre soube amadurecer junto com seu público, e aqui temos a oportunidade de ver como realmente funciona a sociedade bruxa adulta, mas infelizmente essa oportunidade também foi perdida.
Eddie Redmayne está mais a vontade do que nunca na pele de Newt Scamander, se é que isso é possível, a preciosa maleta lotada de criaturas parece uma extensão de seu braço, e é perceptível a dor que o magizoologista sente em se separar de seu bem mais precioso.
Jacob (Dan Fogler) continua sendo extremamente adorável e interessante, o que é muito difícil de se manter, já que ele é um trouxa dentro do mundo magico. Teseu Scamander (Callum Turner) está ali para ajudar o irmão mais novo, é visível que está disposto a seguir o plano criado por Dumbledore para derrubar Grindelwald para proteger Newt.
Entre os personagens novos com certeza a adição mais brilhante é Eulalie Hicks (Jessica Williams), a professora de feitiços de Ivermorny, a escola norte-americana de magia, inteligente, rápida e muito divertida. A adorável Bunty Broadacre (Victoria Yeates), assistente do nosso protagonista, também é uma surpresa agradável, muito carismática ela tem mais tempo de tela neste filme.
Já a maledictus Nagini (Claudia Kim) não aparece, ou é citada, durante a história, mesmo dividindo uma ligação tão forte com Credence no segundo filme, tornando estranha a sua presença anteriormente, já que não foi mais explorada a fim de nos explicar como a moça doce que nos foi apresentada se tornou tão próxima de Voldemort a ponto de guardar dentro de si uma das horcrux.
Além dos personagens humanos temos novamente várias criaturas, algumas já conhecidas como o pelúcio, e o tronquilho, por exemplo, e outras totalmente novas. Inclusive um dos pontos mais importantes da história envolve essas criaturas cativantes.
Conclusão
Animais Fantásticos: Os Segredos de Dumbledore é divertido, tem ótimas cenas de ação e vai agradar, mas sofre com falta a de novidade, já que boa parte das revelações são conhecidas dentro do fandom, além disso elas são expostas de forma totalmente anticlimática.
Os personagens carismáticos são o ponto forte da série Animais Fantásticos, porém é preciso aprofundá-los, e começar a planejar um rumo para essa história tomar, além de pensar qual o acréscimo que a franquia traz ao lore do Wizarding World.
A franquia Animais Fantástico como um todo é, ou deviria ser, sobre o embate entre Alvo Dumbledore e Gellert Grindelwald, além de todos os eventos que levaram até a batalha definitiva em 1945, explorar o envolvimento amoroso dos dois, ao invés de apenas citá-lo, seria uma forma de adicionar carga emocional à história que parece vazia em muitos momentos, e sem foco.
Este é o terceiro filme da franquia seria o melhor momento para surpreender os fãs mostrando a que veio, os fãs querem se aprofundar dentro mundo bruxo, e conhecer melhor personagens já queridos, essa foi a promessa feita quando Animais Fantásticos e Onde Eles Habitam foi anunciado em 2013.
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