6 filmes que você precisa assistir antes de (ou durante) Round 6

Round 6 despontou mundialmente como uma ótima série coreana e deu o que falar. Conheça seis filmes que inspiraram o estilo “mata-mata” (e não me refiro à franquia Jogos Mortais).

Squid Game despontou mundialmente como uma ótima série coreana e deu o que falar, inclusive no Brasil, embora tenha saído aqui com um nome diferente (Round 6). Mas o que chama a atenção é que muita gente não conhecia o estilo “mata-mata”. Vamos a uma lista de 6 filmes para você conhecer o subgênero.

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1- Cubo (1997)

Pode ser que eu me engane, mas esse parece ter sido o primeiro filme do gênero. Se não for, alguém, por favor, poste nos comentários. Sabe o Cubo Mágico? Na verdade ele se chama Cubo de Rubik. Imagine se ele fosse feito em tamanho família e colocassem pessoas lá dentro? Sendo que cada cubinho seria um ambiente fechado repleto de armadilhas mortais… ou não.  

Quatro dos personagens confabulam o que fazer diante das adversidades presentes em Cubo.
E agora?

Sete pessoas das mais variadas profissões são presas neste ambiente, sendo que suas ocupações se complementam ou se anulam: a matemática e o arquiteto; o policial e o ladrão; a psicóloga e… um autista. O “Cubo Mágico” se movimenta através de algum mecanismo e não sabemos o que acarreta isso ou quem o controla.

Nessa bizarra dinâmica de grupo, os personagens têm que descobrir não só como escapar, mas como sobreviver encontrando cada cômodo livre de armadilhas ou sabendo burlá-las. Claro que a maior das armadilhas é a relação entre eles.

2- Cubo 2 – Hipercubo (2002)

Quem acompanhou o Marvel Cinematic Universe (MCU) percebeu que os heróis (e até os vilões) se viram às voltas com o Tesseracto, também conhecido como Hipercubo. Apesar dos links, vou dar uma prévia: quem não faltou (ou não dormiu) nas aulas de Física, ligado nas três dimensões (Altura, Largura e Profundidade). Pois é, acontece que o Hipercubo é um postulado de que haveria a possibilidade de se construir algo quadrimensional(!), pasmem, Otageekers!

Dois dos personagens de digladiam na armadilha espaço-temporal de Cubo 2 - Hipercubo.

Neste filme, mais personagens são inseridos e temos um vislumbre do que há por trás do experimento. A estética é mais clean e temos o mesmo escopo de personagens que o primeiro: o personagem truculento, aqui representado pelo detetive Simon Grany e no primeiro pelo policial Quentin McNeill; o personagem “vítima”, representado no primeiro como o autista e neste tanto pela Sra. Paley quanto pela deficiente visual Sasha… enfim, assista e divirta-se.

3- Cubo Zero (2004)

Se você queria saber mais sobre o Cubo Mágico, recomendo este link aqui. Brincadeiras à parte, Cubo Zero é o terceiro filme da franquia que também é o filme inicial, como convinha às trilogias da época, como Underworld (que depois se revelou nem ser uma trilogia). 

O "Manda-Chuva" da organização secreta diz a um lacaio o que acontecerá caso não cumpra as regras em Cubo Zero.
“I don’t trust machines!”

Com uma estética ainda mais dirty do que o primeiro, Cubo Zero revela finalmente o que há nos bastidores da experiência. E seu epílogo ainda quebra o final lúdico do primeiro. Dei spoilers? Não, eu não revelei nada. Além do mais, quem adentra o cubo deve esperar por armadilhas.

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4- Circle (2015)

Eu não vejo um filme assim, todo focado em um único ambiente, desde Festim Diabólico (1948), de Hitchcock . 50 pessoas acordam presas num ambiente fechado e passam por um jogo, onde, em cada etapa, um ou mais morrem. Semelhanças com Cubo e Round 6? Na verdade, semelhanças com Genius – também, só que em Genius, ninguém morria.

Os personagens de Circle alinhados em volta do bizarro Genius.
“Uni-duni-tê. O escolhido foi…”

Embora as críticas sociais sejam passadas de forma muito didática, a premissa é excelente e o final surpreendente. Você não imagina que a explicação por trás daquele fenômeno seja essa – e talvez ela não seja tão satisfatória, mas não importa. É uma ótima experiência cinematográfica, provando que dá para prender a atenção com pouco ou nenhum cenário.

5- The Belko Experiment (2016)

A mesma premissa relatada acima, só que com mais orçamento, mais cenários e uma dinâmica mais… palatável, digamos assim. Eu diria até que não haveria Round 6 se não houvesse The Belko Experiment… só que os coreanos arrasam! E fizeram do “mata-mata” uma série.

Um personagem faz o sinal de silêncio para outra personagem, diante do perigo iminente. The Belko Experiment.
Vilão sempre tem que fazer esse gesto

Sabe a tradicional “dinâmica de grupo”, muitas vezes tediosa, muitas vezes excêntrica, comum em empresas, proveniente da fértil imaginação das mentes do RH (Relações Humanas)? Pois é, The Belko Experiment é o que muitas empresas realmente gostariam de fazer – e o que muitas realmente fazem, sem chegar às vias de fato.

6- Escape Room (2019)

Depois que o estilo se consolidou – e antes de Round 6 – tinha que surgir um experimento hollywoodiano sobre o estilo. Mesmo com um elenco de peso, Escape Room poderia muito bem se chamar “Escape Ruim”, num trocadilho infame que até eu que escrevi o artigo tenho vergonha de mencionar.

Uma personagem manipula um cubo em Escape Room

Nomes como Michael Rooker, Sean Gunn, David Dastmalchian, Deborah An Woll estão lá, pagando mico com o resto dos integrantes do elenco e nem eles salvam o filme, que é um fiasco do início ao fim.

A personagem se prepara pra... se dar mal. Otageek Escape Room.
Tentou ser M.C. Escher e não conseguiu nem ser Cubo Mágico

E o que dá dó é que, de todos os desta lista, é o que tem os melhores efeitos especiais. Como se não bastasse, com direito a um epílogo ainda mais vergonhoso: “Vamos pegar o primeiro avião… com destino (…)” a  uma continuação que eu não recomendo nem deixo de recomendar porque simplesmente não assisti.

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Claudio Siqueira
Claudio Siqueira

Escritor, poeta, Bacharel em Jornalismo e habitante da Zona Quase-Sul. Escreve ao som de bits e póings, drinkando e smokando entre os parágrafos. Pesquisador de etimologia e religião comparada, se alfabetizou com HQs. Considera os personagens de quadrinhos, games e animações como os panteões atuais; ou ao menos, arquétipos repaginados.

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