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5 motivos para você assistir ‘Re:Zero’
Em 2021, a segunda parte da 2ª temporada de Re:Zero – Starting Life in Another World irá estrear e te contarei quais os motivos para assistir essa obra, considerada por muitos como a melhor do gênero isekai.
O anime é baseado na novel de mesmo nome escrita por Nagatsuki Tappei com ilustrações de Ootsuka Shinichirou e ainda está em lançamento.
A história se inicia com Subaru sendo transportado para um mundo de fantasia, sem motivos aparentes. Imediatamente foi atacado e derrotado por bandidos, visto que sua única paramentação era uma sacola de mantimentos e o seu (agora inútil) celular. Felizmente, Subaru estava sendo observado por Emilia, que o ajudou após o incidente. A garota informa estar a procura de uma insígnia e Subaru decide retribuir sua generosidade auxiliando na busca.
Mais tarde, após finalmente localizar a insígnia, ambos são surpreendidos e assassinados por uma misteriosa figura que os observavam das sombras. Porém, surpreendentemente, Subaru volta para o ponto inicial da história: logo após chegar naquele mundo.
Subaru inicia assim sua missão para entender os motivos de ter sido transportado para lá e como proteger Emilia, ou quem mais ele encontre durante essa caminhada.
Ficou animado? Não só o enredo é excelente, mas diversos elementos tornam o anime um dos melhores já produzidos. Então, vamos lá!
1. Construção de mundo
Re:Zero é um isekai. Como o nome sugere, o mundo é baseado em jogos RPG, mas Tappei conseguiu dar uma nova roupagem para essa categoria, tanto no universo quanto nos personagens.
A obra mistura muito bem elementos da cultura japonesa e elementos próprios daquele mundo. O alfabeto é diferente, as comidas possuem outros nomes e até os meios de transporte fogem do convencional.
Combinando excepcionalmente elementos de política, poderes sobrenaturais e criaturas fantásticas sem ficar exaustivo ou desconexo e isso fica evidente logo no primeiro arco.
2. Construção de personagens
Diferente da maioria dos isekai, os personagens são bem construídos e críveis. Mesmo os protagonistas cometem erros e não tentam forçar uma imagem artificial de perfeição.
Subaru, o protagonista, é amplamente repudiado pelos consumidores da obra, chegando a ser o motivo de várias pessoas abandonarem a série por completo. Seu comportamento é egoísta e presunçoso, até suas interações com as garotas são questionáveis. Mas calma! Há quem defenda que a graça da história é detestar Subaru, se deleitar com todas as suas mortes mas, gradualmente, gostar mais dele a cada novo arco.
Tappei criou um personagem inicialmente intolerável para desconstruí-lo juntamente ao progresso do enredo. Mostrando assim que é possível evoluir, mesmo que sejam necessárias algumas centenas de mortes para tal.
As personagens femininas compõem a maior parte do elenco da obra. Porém, diferente de outros isekai, elas vão além de um possível par romântico para o protagonista ou fonte de fanservice. Cada uma exerce importantes papéis na trama, com seus próprios objetivos e características.
Os vilões são tão bem construídos que decidi fazer uma sessão exclusiva para comentar sobre eles.
3. Vilão ou anti-héroi?
Não há vilões em Re:Zero! Bem, isso não é completamente verdade. A histórica conta com antagonistas sim. Porém, suas construções fogem do estereótipo comum e deveras infantil de entidades que existem meramente para espalhar a discórdia por razões incongruentes.
Os vilões são pessoas que erraram em maior ou menor gravidade e um grupo de pessoas viu aquilo como ruim, então baniram da sociedade. Esses personagens são construídos ao ponto de você pensar que são os famosos personagens anti-herói.
Há sim vilões sem uma construção magnífica e que fuja do padrão, mas até esses são interessantes de acompanhar a jornada para derrotá-lo.
Outra coisa que vale mencionar nessa categoria é que a maneira como você vê os personagens vai mudando ao longo da história e em diversos momentos surge aquela brecha de “mds, será que esse personagem queridinho é mau?”. É interessante, porque torna menos cansativo e abre brecha para várias teorias.
Então quem curte teorizar, desvendar mistérios e ficar horas discutindo sobre a história e seus acontecimentos: o que você tá fazendo que ainda não assistiu/leu Re:Zero, caramba?
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4. Anime de respeito!
Diferente de outras boas histórias que tiveram o azar de receber péssimas adaptações, Re:Zero foi privilegiado nesse quesito.
O anime estreou em 2016 e foi produzido pela White Fox (Steins;Gate, Akame ga Kill!). A primeira temporada conta com 25 episódios adaptando 9 volumes da light novel, enquanto a segunda temporada com 25 episódios deve adaptar até o volume 15. Ambas temporadas são dirigidas pelo mesmo diretor, Watanabe Masaharu.
O anime é disponibilizado oficialmente no Brasil pela Crunchyroll e possui versões legendada, dublada e uma versão chamada “director’s cut” que muda a ordem de alguns acontecimentos e possui dois extras.
Os episódios de 26 minutos, muitas vezes sem interrupção para opening e ending, adaptam muito bem o conteúdo original. Claro que faltam algumas informações, mas a maioria não é algo que atrapalhe a consumir e entender a história. A direção conseguiu aplicar as doses de humor, mistério, medo e até os dramas dos personagens no momento e de maneira certa para causar a emoção desejada.
A animação impecável contribui mais ainda para isso. Os cenários e personagens bonitos mais as cenas de ação muito bem desenhadas e coreografadas são outros atrativos. O anime possui faixa etária +17, então cuidado com as cenas mais violentas.
A trilha sonora do anime é outro destaque. Mesmo não usando abertura e encerramento em todos os episódios, as músicas conseguem ser memoráveis devido aos momentos que são usados ao longo da trama. As partes marcantes trazem ainda mais emoção com as melodias, às vezes feitas especificamente para aquele momento.
E se gostar da história não se preocupe, Re:Zero possui diversas mídias para consumir e criar teorias.
5. Multimídia
O material original é a web novel. Atualmente o autor usa como rascunho a light novel e, por estar adiantada, todo conteúdo é considerado não canon. É possível ler gratuitamente no site oficial Syosetu, em japonês.
A light novel é publicada oficialmente no Brasil pela editora New Pop desde 2017 e em breve irá lançar o volume 15 finalizando o arco atual do anime.
Quem prefere os mangás, a obra também está disponível nessa mídia. O mangá é publicado no Brasil pela editora Panini desde 2018 e recentemente lançou o volume 3 do capítulo 3.
A maioria dos jogos são limitados ao japonês e por isso farei um breve comentário sobre cada um.
- Re:Zero -Starting Life in Another World- Death or Kiss (2017) disponível para playstation 4, possui história original e passa antes da eleição real em uma competição chamada “eleição da rainha da beleza”.
- Re:Zero -Starting Life in Another World- INFINITY (2020) é um jogo mobile de turnos exclusivo para China e Taiwan que até o momento acompanha os três primeiros arcos. O jogo possui histórias paralelas não disponíveis no anime.
- Re:Zero -Starting Life in Another World- Lost in Memories (2020) é um jogo RPG mobile e segue uma história própria que mistura canon + “e se”. O jogo é supervisionado pelo escritor, Tappei.
- Re:Zero − Starting Life in Another World: The Prophecy of the Throne (não lançado) disponível para computador, é um jogo que mistura estratégia com aventura. A história original supervisionada por Tappei e novos personagens desenhados por Shinichirou acompanha o arco da seleção real que foi fraudada e a principal suspeita é Emilia. Terá uma versão em inglês.
Esta foi minha listinha. Espero que você aproveite a viagem e curta tanto quanto eu e milhares de fãs o que essa história pode nos proporcionar.