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5 motivos para assistir ‘Fullmetal Alchemist’
Fullmetal Alchemist:
“Nada pode ser obtido sem uma espécie de sacrifício.
É preciso oferecer algo em troca, de valor equivalente.”
鋼の錬金術師 Hagane no Renkinjutsushi ou”Alquimista de Aço” (Fullmetal Alchemist, em inglês) é um anime baseado no mangashonen escrito e ilustrada por Hiromu Arakawa. O mangá foi série na revista mensal japonesa Monthly Shōnen Gangan entre agosto de 2001 e junho de 2010, com os seus 108 capítulos individuais compilados em 27 volumes em formato tankōbon e publicados pela editora Square Enix.
O mundo de Fullmetal Alchemist é baseado no período após a Revolução Industrial Europeia. Situado em um universo ficcional em que a alquimia é uma das mais avançadas técnicas científicas conhecidas pelo homem, a história centra-se nos irmãos Edward Elric e Alphonse Elric, que estão procurando a pedra filosofal para restaurar seus corpos após uma desastrosa tentativa de trazer a mãe falecida de volta à vida através da alquimia.
1. Enredo prático, inteligente e que prende sua atenção
Desde seu episódio-piloto, Fullmetal Alchemist não economiza em história e nos apresenta à incrível saga dos irmãos Elric: uma dupla de jovens irmãos alquimistas que reside na cidade interiorana de Resembool, no ano de 1910.
Após superarem o sumiço de seu pai (Hohenheim) e a morte prematura de sua mãe (Trisha), Alphonse (10 anos) e Edward (11 anos) decidem quebrar o maior tabu da Alquimia em uma transmutação proibida no qual eles perdem seus corpos.
Destinados a viver sem um braço e uma perna (Edward) e com a alma fixada em uma armadura de metal (Alphonse), os protagonistas tentam reverter os erros de outrora e partem numa arriscada jornada em busca da tão desejada e lendária Pedra Filosofal.
Edward se alista ao exército e se tornam populares por causarem problemas por onde quer que passam, Ed e Al se empenham com o objetivo de partir de cidade em cidade aprimorando os seus estudos enquanto ajudam os mais necessitados.
Durante sua perigosa aventura os irmãos se deparam com um ardiloso serial killer de alquimistas e um curioso grupo de seres que se autodenomina homúnculos: seres com habilidades especiais que causam muitos problemas para a sociedade.
Decididos a cumprirem o propósito de restaurar seus corpos originais, os irmãos Elric se veem cada vez mais desprotegidos num mundo de gente grande que lhes exigirá muita coragem e força de vontade para enfrentar diversos fantasmas do passado.
O anime já se apresenta interessante desde a “opening”, no breve resumo sobre a Alquimia, e os primeiros episódios nos fazem querer ver todo o resto. A história é interessante, sem enrolações, e prende toda a nossa atenção durante todo o anime.
2. Simbologias e segredos se misturam com problemas do nosso cotidiano
No decorrer da trama o telespectador é questionado com assuntos recorrentes e pertinentes como: racismo, xenofobia, depressão e deficiência física. Fullmetal Alchemist está constantemente tentando nos fazer refletir com uma brilhante narrativa, nos entregando caminhos tortuosos e obscuros que falam sobre esperança, arrependimento e egoísmo.
Em muitos momentos é impossível não se entregar à profundidade do enredo e deixar a emoção falar mais alto, uma vez que muito sangue inocente acaba sendo derramado para mostrar a podridão que se esconde por aí – sendo no triste universo da animação, seja no nosso.
Sob o plano de fundo da Alquimia, somos desafiados a avaliar o verdadeiro valor das pequenas coisas e a compreender ensinamentos simples como o significado da “Lei da Troca Equivalente”. O princípio máximo do anime que a cada abertura nos é explicado pela voz de Alphonse Elric: “nada pode ser obtido sem uma espécie de sacrifício. É preciso oferecer em troca alguma coisa de valor equivalente” – uma lembrança aos nossos velhos tempos de quando aprendemos que precisamos nos esforçar para conseguir o que realmente queremos.
Se você não conseguiu tirar ou reforçar ao menos uma lição diferente ao fim de cada novo episódio, então talvez seja hora de reassistir com um olhar diferente.
3. Personagens marcantes e cativantes – e qualquer um pode morrer
Delimitadas com uma perfeição invejável que não encontramos em qualquer anime, cada personagem de Fullmetal Alchemist é agraciada por uma identidade própria que não apenas humaniza como cria uma frágil linha divisória entre mocinhos e vilões.
A caracterização é feita com tanta maestria que até mesmo personagens secundários, como Nina Tucker e seu cachorro Alexander, marcam bastante toda a trama desde o seu início e se apegam rapidamente aos telespectadores mais sensíveis.
Entre aliados dignos de pouca confiança e inimigos que demonstram uma compatibilidade improvável, Ed e Al tentam encontrar a verdade por trás da verdade e se posicionar do lado que, pelo menos moralmente, lhes parece mais justo.
Outra coisa que é importante em relação a construção dos personagens na série é o fator de mortalidade. O anime não tem pena de matar ou até fazer coisa pior com alguns personagens e esfregar isso na sua cara sem piedade. São episódios muitas vezes apelativos mas que atingem lá dentro.
A motivação dos personagens principais é muito forte e e segue na trama até o final. Mas além disso existem diversos personagens aliados e antagonistas que possuem ótimas motivações. Até mesmo os vilões que parecem mais bidimensionais possuem suas motivações explicadas depois de um tempo com uma trama que tem bastante paciência em se desenrolar.
4. Batalhas de tirar o fôlego! Mas não é só lutinha!
As lutas são breves, mas de encher os olhos, pois são intensas, brilhantes e sem toda aquela enrolação de diálogos e flashback que muitas vezes acabam com o clímax das cenas.
Em Fullmetal a resolução de vários problemas é diferente, além de possuir sequências de episódios importantes para a trama em que não há nenhuma luta, o anime consegue resolver seus problemas de forma criativa mesmo em combate físico entre os personagens.
Os personagens de Fullmetal são alquimistas, ou seja, são cientistas, e muitas vezes a solução dos seus problemas vêm do estudo e soluções criativas envolvendo sua ciência. Apesar da animação das lutas ser muito boa, o anime não é só isso.
Ainda há a trama política no melhor estilo “Game of Thrones”, que é muito bem desenvolvida durante toda a história sem pontas soltas. Além disso a trama possui diversas críticas a diversos temas como a militarização, por exemplo.
5. Muitas reviravoltas e muita diversão
Mesmo com todo o clima detensão, violência, ganância e problemas políticos, o anime/mangá é recheado de cenas divertidas, com mudanças de traços bizarros e muitas piadas de nos fazer chorar de rir.
Por isso, não tenha tanta certeza ao julgar determinado indivíduo com relação aos traços de sua personalidade, pois, conforme a história mais se desenrola e mais conhecemos os personagens, maiores são as reviravoltas que nos surpreendem em frações de segundos.
Um dos exemplos mais claros é a vilã Luxúria, que assim como os demais membros de seu grupo não demora muito para revelar razões bastante peculiares que justificam a sua escolha pelo “caminho do mal”.
Confia abaixo o trailer do anime:
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Autor original: Wilian Mancini