Mês do Rock | 13 de julho, Dia Mundial do Rock, mas só no Brasil

Nos preparamos durante o mês inteiro e o dia finalmente chegou, 13 de julho, data na qual é comemorado o Dia Mundial do Rock. Quer dizer, pelo menos aqui em terras brasileiras…

Sim, eu sei que o termo “mundial” está no nome, mas na verdade este dia é comemorado apenas no Brasil. Afinal, tudo começou em 1990, quando duas rádios especializadas da época, a 89FM e a 97FM, através de uma campanha publicitária, popularizaram o dia 13 de julho como o Dia Mundial do Rock.

Por que dia 13 de julho?

A data foi escolhida para homenagear o grande festival Live Aid, que aconteceu em 13 de julho de 1985. Foi um festival que ocorreu simultaneamente em Londres, Inglaterra, e na Filadélfia, nos Estados Unidos. Além disso, o principal objetivo do evento era arrecadar e conscientizar a população mundial sobre a drástica pobreza e fome na Etiópia.

Essa crise aconteceu entre 1983 e 1985, devido principalmente a uma guerra civil que aconteceu no país. Dessa forma, estima-se que mais de um milhão de pessoas morreram na Etiópia neste período.

Dessa forma, o Live Aid contou com bandas como Black Sabbath, Led Zeppelin, Mick Jagger, U2, Scorpions, Dire Straits, Paul McCartney, Sting, Eric Clapton e Queen, com sua apresentação histórica, que ficou marcada eternamente (e foi reencenada no filme Bohemian Rapsody), entre muitas outras.

Ademais, o cantor Phil Collins, já na ocasião, sugeriu que o dia 13 de julho fosse lembrado como o Dia Mundial do Rock.

1985, o Ano do Rock

E se 13 de julho é o dia do rock, 1985 pode muito bem ser o ano, pois além do histórico Live Aid, aconteceu aqui no Brasil a primeiríssima edição do Rock in Rio, entre os dias 11 e 20 de janeiro. Ele teve shows de artistas como Queen, Iron Maiden, Whitesnake, Rod Stewart, The Go-Go’s, Paralamas do Sucesso, Barão Vermelho, AC/DC, Scorpions, Ozzy Osbourne, Rita Lee e muito mais.

Assim, 1985 também marcava o fim da Ditadura Militar que o país viveu durante 20 anos, duas décadas de pura opressão. Portanto, celebramos o rock não apenas como gênero musical, mas como a liberdade de expressão que nos é de direito e a esperança de tempos melhores.

“[…] na época, ninguém imaginava que iria sobreviver para ver isso,
que iria sobreviver para ver o primeiro Rock in Rio completar 30 anos
junto com o fim da ditadura militar…
Pois bem: sobrevivemos.”

Arthur Dapieve, 2015

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