Crítica | Otome game da MiHoyo? Conheça Tears of Themis

Desenvolvido pela MiHoyo, que ganhou fama mundial com o fenômeno Genshin Impact, Tears of Themis é o mais novo lançamento para agradar aos fãs do gênero do otome game.

No jogo, a personagem principal é uma jovem advogada, da cidade futurista de Stellis, que acaba se envolvendo em um projeto ultrassecreto junto de quatro rapazes. Pronto para conhecer?

Primeiramente, mas o que é otome game?

Otome game é um gênero criado no início da década de 90 e, geralmente, os jogos possuem muitos recursos de história e imagens, parecendo um visual novel.

O primeiro otome game lançado foi a franquia Angelique, para Super Famicon em 1994, mas a mais rentável e famosa pertence a Konami, com Tokimeki Memorial Girls Side.

Uma das caraterísticas mais marcantes desse gênero é a possibilidade de ter uma relação amorosa com os personagens secundários (as famosas rotas).

Lembrando que, em jogos tipo otome game, é natural a personagem principal não ter o nome pronto, fica a critério do jogador escolher o nome da personagem.

Conhecendo a história de Tears of Themis:

A história se passa em uma sociedade futurista, mas muito parecida com a nossa era contemporânea. A personagem principal é uma jovem advogada contratada para trabalhar em um escritório de advocacia.

Dentro do escritório, a personagem principal tem contato com casos complexos e sem solução, que são o principal interesse da agência NXX.

A NXX é uma agência secreta que investiga casos confidenciais sobre desaparecimentos, tráfico de drogas e outros crimes. No meio de todo esse plot, há possibilidade de seguir a rota específica dos personagens masculinos de forma paralela a história principal.

Os personagens de Tears of Themis:

Tal qual a maioria dos otome game, Tears of Themis possui a personagem principal e quatro rapazes, que são seus interesses amorosos no decorrer do jogo. Quem jogar pode escolher entre Artem Wing, Luke Pierce, Marius Von Hagen e Vyn Richter para ser seu par.

Apesar disso, os personagens são bem trabalhados, possuem características distintas bem marcantes e histórias de vida muito diferentes que se desenrolam no decorrer do jogo.

Conforme a história avança e em outras áreas do jogo, Vyn, Artem, Marius e Luke enfrentam desafios pessoais com a protagonista, o que é muito positivo na experiência do jogo.

A protagonista é empática e inteligente, sendo muito agradável se identificar com ela e seguir sua história, ela não segue estereótipos e se relacionada bem com os personagens secundários.

Como um jogo não é formado apenas com personagens principais, os personagens secundários são cheios de personalidade, alguns mais sarcásticos e outros mais carentes, e visualmente muito bem feitos.

Sistema e Jogabilidade:

Tal qual outros otome game mobile, Tears of Themis tem sessões e sistemas bem definidos. Seguindo a linha do gatcha, é preciso pegar cartas específicas de cada personagem e assim formar um deck e enfrentar as discussões do jogo.

As cartas têm características diferentes, podendo elas ser de intuição, empatia e inteligência. Essas características conseguem se sobressair ou não umas com as outras.

Em cada fase da história, a protagonista precisa fazer pequenos quebra cabeças e reger discussões com personagens secundários. O deck é para contra-atacar argumentos específicos, com a possibilidade de rodar o jogo no automático.

Os quebra cabeças são divertidos e intuitivos, mas devem ser resolvidos na íntegra. Não sendo possível o modo automático nesse caso.

Mas…e os eventos?

Igual aos seus irmãos, Genshin Impact e Honkai Impact, Tears of Themis é cheio de eventos. Sejam eventos menores onde se ganham medalhas para decorar seu perfil de jogador, sejam eventos maiores que garantem cartas raras ou interações únicas com os personagens.

Os eventos são divididos em menores ou maiores, dependendo da comemoração ou tema.  Alguns são simultâneos, restando ao jogador ponderar sobre qual participar ou não.

Quesito geral:

Tears of Themis não decepciona os jogadores mais experientes de otome game e é um prato cheio para quem resolve se aventurar nesse estilo de jogo.

Os personagens são carismáticos, possuem inteligência e é possível observar certos trejeitos e maneirismos sem necessariamente usar a função áudio do jogo. Cada um deles tem sua personalidade e interagem entre si, não só na história principal mas em eventos também, o que aprimora a experiência na história no geral.

O sistema de jogo não é complicado, mas é possível se confundir com as missões diárias e as missões extras que o jogo tem. Esse é um ponto não muito favorável, é o fato do jogo possuir muitas missões diárias ou missões extras para adquirir mais itens do jogo, dependendo do evento ou época do jogo.

Lembrando, o jogo não está disponível em português ou não possui um server brasileiro, é possível jogar apenas no server global e em inglês.

Com personagens carismáticos, uma história intrigante e design magnífico, não é de se espantar que Tears of Themis ganhou o Google Play’s Best 2021 na categoria de Best Games Changers. E aí? Que tal tentar?

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