Acompanhe o Otageek nas redes sociais
Orquestra Afro-Brasileira fará show virtual nesta quinta-feira; confira os detalhes
Dia 13 de maio não é um dia para se comemorar, mas para resistir. Há 133 anos, Princesa Isabel, em um ato político, assinava a Lei Áurea. A escravidão ainda deixa marcas profundas no nosso país e a Orquestra Afro-Brasileira decidiu apresentar um show para convidar o público à reflexão e luta contra discriminação.
O espetáculo “Orquestra Afro-Brasileira em Cena” foi gravado no dia 29 de abril, no Armazém da Utopia (RJ), e será exibido no dia 13/05, às 19 horas, no canal Cultne, no Youtube.
A realização do projeto foi possível devido ao incentivo dado pela Lei Aldir Blanc e a sua exibição na Cultne, que é o maior acervo digital da cultura negra da América Latina, é fruto de uma parceria. O acervo disponibiliza o seu conteúdo para ser usado livremente, desde que citada a fonte, em edições jornalísticas, estudantis ou em qualquer atividade sem fins lucrativos.
No repertório, músicas em português e língua de matriz africana. É um desfile de ritmos e estilos afro-brasileiros que vão desde a Hamunha, Aluja e Agabi, passando pelo Maracatu, Arrebate e Cabula e indo até o Ijexá, Moçambique, Congo e Opanijé. As composições são do maestro Abigail Moura e de Carlos Negreiros.
A Orquestra Afro-Brasileira ficou 40 anos fora dos palcos, mas ao retornar, em 2017, para lançar o CD intitulado “Orquestra Afro-Brasileira 75 Anos”, surpreendeu o cenário artístico nacional pela qualidade da obra dotada de uma sonoridade única assinada pelo músico, compositor e barítono Carlos Negreiros. A orquestra resgatou, em grande estilo, a primeira experiência de erudição da música negra no Brasil.
Formada por profissionais com larga experiência no Brasil e no exterior, sendo 05 percussionistas, 03 trompetes, 03 trombones, 02 saxes altos, 02 saxes tenores e 01 sax barítono, também trás Negreiros como cantor. O resultado é uma sonoridade contemporânea, característica das obras ditas universais
A idéia da apresentação nasceu para possibilitar o contato do público com música de valor histórico e simbólico, que evidencia a herança multicultural do país: as matrizes africanas na apresentação de seus instrumentos percussivos e as matrizes europeias na forma de seus instrumentos clássicos.
Leia mais:
- Crítica | “Cartomante” e a audácia de ser irreverente (BIG Festival)
- Crítica | Brain Test: Tricky Puzzles e Stickman Climb da Publisher Poki (Big Festival)