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TV Cultura promove, em Goiânia, sessão especial de longa sobre Juscelino Kubitschek
Considerada uma das grandes produções da TV Cultura, a série documental inédita JK, O Reinventor do Brasil chega a Goiânia, numa exibição especial para convidados, em formato de longa, na quinta-feira, dia 18 de abril, no Centro Cultural Oscar Niemeyer, a partir das 18h15.
O diretor geral da série, Fábio Chateaubriand Borba, comenta que “foi em Goiás que JK realizou o primeiro comício de sua campanha presidencial, que a nova capital foi demarcada e que Juscelino ocupou o cargo de senador da República. Através da parceria entre TV Cultura e sua afiliada TV Brasil Central, exibiremos em primeira mão o longa-metragem dessa produção que muito nos orgulha”, destaca.
A produção faz parte de um grande projeto da emissora, que ainda inclui o lançamento de uma fotobriografia, em breve, sobre o presidente Juscelino Kubitschek, que governou o país entre 1956 e 1961, e foi o fundador de Brasília.
Originalmente em quatro episódios, a série dirigida por Jarbas Agnelli, com roteiro de Fernando Rodrigues, narra a história de JK, do dia em que ele nasce, ao momento de sua morte trágica e jamais esclarecida. É um pedaço da nossa história, cujos ecos ainda reverberam pelo país. Segundo Fábio Chateaubriand, idealizador da série, a produção têm um formato que chama a atenção. “Apostamos numa linguagem pop, com narração em estilo de podcast, com o intuito de chamar a atenção dos mais jovens, que ainda não conhecem o Juscelino”, diz Chateaubriand.
O presidente da Fundação Padre Anchieta, José Roberto Maluf, destaca que a série é uma das principais produções da Cultura nos últimos anos. “Este é um grande projeto da emissora, que também deverá ser usado como material histórico em escolas e universidades. Condiz com a missão da Cultura, de levar conhecimento ao público, com uma linguagem moderna e atrativa”.
A fotografia
Com cerca de 287 imagens guardadas pela família Kubitschek e outras tantas pertencentes a acervos de instituições como os arquivos públicos de São Paulo e do Distrito Federal, a Casa de Juscelino em Diamantina, e o Memorial JK, em Brasília, a fotobiografia será publicada em 2024.
Nesse primeiro momento, haverá distribuição para bibliotecas, universidades, escolas e museus. Posteriormente, o livro será comercializado.
A História
Quando Juscelino Kubitschek é eleito o vigésimo primeiro presidente do Brasil, a claudicante democracia pátria está sob ataque cerrado e ele só assume graças a um levante militar que garante sua posse. Eleito pelo povo e empossado pela força dos tanques, Juscelino presidiria o país durante cinco anos luminosos. O lampejo rápido de um Brasil que poderia ter sido, mas que não foi.
Armado de sonhos enormes e um sorriso inabalável, JK construiu no interior do país a primeira cidade modernista do mundo, abriu estradas, industrializou o país e cravou uma estaca no peito do nosso histórico complexo de vira-latas. Foram os anos em que a tenista Maria Esther Bueno foi campeã em Wimbledon, a seleção brasileira ganhou a Copa do Mundo e a Garota de Ipanema tomou conta das rádios do planeta, e tudo parecia possível. Juscelino era a prova disso: menino pobre de Diamantina que se formou em medicina, se elegeu presidente da República, foi tirado para dançar pela princesa Margaret da Inglaterra e inventou uma nova ideia de Brasil. Um país moderno, cosmopolita, que se sentia à vontade no mundo.
JK deixa o poder em janeiro de 1961, aclamado pelo povo, e só não é reeleito em 1965 porque a democracia tinha acabado um ano antes.
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