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Quem são as Irmãs Fox, pioneiras do espiritualismo retratadas no novo filme de Wagner de Assis
Codificado na metade do século XIX por Allan Kardec, na Europa, o espiritismo teve suas origens nos movimentos que eclodiram inicialmente nos Estados Unidos com os fenômenos das mesas girantes. Historiadores sugerem que tais fenômenos, que na época envolveram Kate e Maggie Fox, e posteriormente Leah Fox, foram um marco para o nascimento da doutrina.
A história dessas irmãs será retratada no novo filme sob a direção de Wagner de Assis, “The Fox Sisters / As Irmãs Fox”, que acaba de ter suas filmagens encerradas e tem previsão para chegar aos cinemas em 2025.
Mas, afinal, quem são as irmãs Fox? Conheça mais abaixo!
inicio de tudo
No ano de 1847, a família Fox instalou-se em uma modesta casa no vilarejo de Hydesville, em Nova York, Estados Unidos. O casal, John D. Fox e Margareth Fox, havia acabado de se mudar do Canadá com suas filhas Katherine “Kate” e Margareth “Maggie”, ambas adolescentes, para o local que já possuía uma reputação de ser mal-assombrado. Após pouco tempo vivendo ali, começaram a se assustar com sons de ruídos na mobília que não sabiam de onde vinham. A cada dia que se passava, os barulhos ficavam cada vez mais altos.
O primeiro contato
Em uma fria noite de inverno, no dia 31 de março de 1848, Kate e Maggie estavam em seu quarto quando escutaram novamente as batidas fortes. Kate resolveu fazer algo corajoso e ousado: perguntou às batidas se elas pertenciam a alguém. Para espanto de todos, confirmando os rumores, a resposta foi positiva. Elas seriam de um mascate que fora assassinado na casa. Passado o susto dos primeiros momentos, e com a aceitação do fato sobrenatural, as meninas estabeleceram uma comunicação com o espírito dele.
As primeiras sessões
As sessões ficaram cada vez mais frequentes e a irmã mais velha, Leah, que morava em Rochester, veio à pequena fazenda da família em Hydesville para entender os fenômenos. Logo, descobriu que as meninas não poderiam mais permanecerem ali por correrem risco de vida – o local era habitado por muitos ortodoxos de religiões que condenavam tais experiências.
Leah resolve levar as meninas para Rochester onde elas puderam, inclusive, serem submetidas a experiências com cientistas e celebridades no teatro mais famoso da cidade – tudo para comprovar a veracidade das sessões. E, consequentemente, a existência de vida após a morte. A superexposição fez com que elas ficassem em evidência. Leah, Kate e Maggie se transformaram nas mulheres mais famosas do país.
Após elas, outros movimentos de mesas girantes e comunicação com os mortos começaram por todo o país, estabelecendo o que o escritor Arthur Conan Doyle chamou de “uma invasão organizada dos espíritos”.
A queda pós ascensão
Mas a fama cobrou o preço das jovens de Hydesville. Kate, apesar de sua estupenda capacidade mediúnica, que se comprovou com os anos (estabelecendo novos fenômenos no intercâmbio com os espíritos), desenvolveu a doença do alcoolismo; ao mesmo tempo, Maggie teve seus sonhos românticos interrompidos por conta da sua vida. Apaixonada e vivendo um romance com o famoso explorador Elisha Kane, ela abdicou – a pedido da família dele – dos movimentos espíritas e aceitou ser batizada de acordo com o catolicismo, mas um acidente trágico a impediu de casar-se com ele. Seu navio afundou numa exploração ao Ártico.
A tristeza de Maggie eclodiu com os problemas de relacionamento enfrentados pelas três mulheres. Leah era contra o romance de Maggie e Kane e o fato foi determinante para que elas rompessem por um tempo. Até que em 1888, Maggie aceita uma proposta de entrevista paga por um tablóide da época e afirma que tudo o que elas fizeram era fraude. Ela descreve pormenores de como as meninas enganavam o público. A notícia caiu como uma bomba no crescente meio espiritualista. “O sopro da morte do espiritualismo” foi a manchete principal.
Dias depois, Maggie, que recebeu uma boa quantia para a entrevista, se arrepende, quer devolver os recursos e pedir um desmentido, afirmando que não estava em seu domínio completo de consciência ao dizer aquelas coisas. Tarde demais.
Apesar da ascensão e quedas das irmãs Fox, o movimento já havia se espalhado pela Europa e, anos mais tarde, chegaria forte ao Brasil, fortalecendo a doutrina que hoje é parte da vida de milhões de pessoas.
A história retratada no novo filme nacional
Sob a direção de Wagner de Assis – conhecido por obras com a temática espírita, como “Nosso Lar” (2010) e “Kardec” (2019), “Ninguém é de Ninguém” (2023), o longa-metragem “As Irmãs Fox” apresenta a história de duas adolescentes, Kate e Maggie Fox, numa fazenda do nordeste dos Estados Unidos, em pleno inverno, que começam a ouvir sons estranhos, como batidas, espalhadas pela casa. Elas não sabem a origem dos mesmos e acreditam que a casa da família possa estar mal assombrada. De repente, Kate tem a ideia de estabelecer uma comunicação com as batidas – e elas “respondem” às suas indagações. Seriam de um espírito que foi morto na casa. Sim, elas descobrem que a vida não cessa no túmulo. Esse é o início de uma nova era de fenômenos sobrenaturais e paranormais na história da humanidade.
Finalizadas em janeiro, as filmagens do novo filme foram realizadas nos interiores de casarões do Rio de Janeiro (RJ) e em fazendas e cidades antigas dos Estados Unidos, com previsão de estreia para 2025. As protagonistas, Kate, Leah e Maggie Fox são interpretadas pelas atrizes americanas Jamie Hughes, Sionne Elise e Marie Mchugh, respectivamente, e o elenco ainda conta com nomes como Sienna Belle, Julia Svaccinna, Dani Gallli, Logan Keeler, Freddie Hoghan, Brian Townes, Geoffrey Russell, Nathalia Garcia, Phiilip Cruise, Gustavo Pace, Talita Maia, Vicente Coelho, Bernardo Alves, André Torquato, Rael Barja, Lua Blanco, Peter Mchuch, João Velho, Vitor Figueiredo, Rafael Coimbra, Helga Nemetik, Ole Erdmann, Jasmin Cortez, Catarina Da Rosa Saibro, Pietra Cezimbra, Thaissa Szapiro, Felipe Gotelip, Renata Batista, Helder e Luciana Fernandes.
Finalizadas em janeiro, as filmagens do novo filme foram realizadas nos interiores de casarões do Rio de Janeiro (RJ) e em fazendas e cidades antigas dos Estados Unidos, com previsão de estreia para 2025. As protagonistas, Kate, Leah e Maggie Fox são interpretadas pelas atrizes americanas Jamie Hughes, Sionne Elise e Marie Mchugh, respectivamente, e o elenco ainda conta com nomes como Sienna Belle, Julia Svaccinna, Dani Gallli, Logan Keeler, Freddie Hoghan, Brian Townes, Geoffrey Russell, Nathalia Garcia, Phiilip Cruise, Gustavo Pace, Talita Maia, Vicente Coelho, Bernardo Alves, André Torquato, Rael Barja, Lua Blanco, Peter Mchuch, João Velho, Vitor Figueiredo, Rafael Coimbra, Helga Nemetik, Ole Erdmann, Jasmin Cortez, Catarina Da Rosa Saibro, Pietra Cezimbra, Thaissa Szapiro, Felipe Gotelip, Renata Batista, Helder e Luciana Fernandes.
“As Irmãs Fox”, da Cinética Filmes, é coproduzido pela Star Original Productions, com distribuição da Star Distribution.
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