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Entrevista | CEFA: “Vocês não perdem por esperar o CAOS”
Após ter lançado um álbum ao vivo, nessa entrevista a banda CEFA fala sobre sua trajetória, composições e influências sonoras. Além disso, ainda falam sobre seu álbum CAOS, lançado em 2020.
Cefa é uma banda que surgiu em meados de 2012, quando Caio convidou três amigos para gravarem o que se tornou o primeiro EP (Os dias que Antecedem as Rosas). No decorrer da trajetória, o grupo mudou de formação várias vezes. Durante esse processo, lançaram o álbum O Fantástico Azul ao Longe, de 2015, além de 7 singles entre 2016 e 2019, e um álbum acústico em 2018.
Recentemente, ainda lançaram um álbum ao vivo tocando seus maiores sucessos, que saiu em 2020. Desde sua formação, a banda fez dezenas de shows, incluindo grandes festivais, como o Oxigênio Festival.
Em entrevista com Caio e Gabe (guitarrista), Caio revela algumas curiosidades sobre a escolha do nome da banda:
“Eu sempre gostei de nomes simples. CEFA, em turco, quer dizer sofrimento. Eu gostei da sonoridade da palavra e o que ela significa. Achei uma boa ideia batizar o nome da banda assim” (risos).
Cefa sobre influências sonoras: “Essa pergunta é um pouco difícil de responder”.
“Porque em sete anos de banda, a gente já ouviu todo o tipo de música, e todas nos influenciaram de certa forma. Mas achamos que os dois pilares principais da nossa sonoridade são o Underoath, pela parte pesada e torta, e Copeland, para as coisas mais sensíveis e tristes. Mas tem várias bandas que a gente gosta muito e que achamos que tem a ver com o nosso som, como Bring me the Horizon”
Sobre as composições da banda, Caio fala das inspirações: “É sempre um processo muito natural e pessoal. As letras são basicamente coisas que vivi, ideias ou questionamentos sociais e existenciais”.
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E concluiu: “Embora eu escreva todas as músicas, existem muitos debates entre a gente sobre várias questões que me inspiram a escrever. Então, mesmo sendo o porta-voz da banda, eu sinto que as coisas que escrevo não dizem respeito somente a mim”.
Já falando sobre composições, em um dos singles mais recentes, “Ponto e Vírgula” – já deu pra ver logo de cara sobre o que falaria a canção. Foi intencional falar abertamente sobre o assunto no auge da depressão, ou a história contada realmente fala de algum de vocês? Podem falar um pouco sobre?
“A música é um relato do que aconteceu comigo em 2018. Aconteceu durante uma das turnês mais longas da banda, e acabou afetando diretamente Gabe, que até então era o único membro da banda junto comigo. A história do clipe é justamente sobre como Gabe e as pessoas que eu amo foram importantes para mim, pois eles me ajudaram a me manter vivo”.
Ele ainda ressaltou: “É um assunto recorrente nos dias de hoje. Falar sobre depressão e saúde mental em uma música nem sempre é fácil, porque existe uma preocupação em transformar a canção em um desabafo, mas que ao mesmo tempo não se torne um gatilho. Por isso, tivemos o cuidado de compor uma canção que servisse, acima de tudo, como um consolo” finaliza o vocalista.
A banda ainda falou sobre as dificuldades de estar no Underground:
“Acho que a maior dificuldade para uma banda como a nossa é a falta de grana”, complementa Caio.
O álbum “O Fantástico Azul do Longe” atingiu as expectativas de vocês?
“Sim e não” (risos), respondeu Caio.
“Ele com certeza foi o trabalho que até então trouxe um retorno maior para a banda, e acredito que ele cumpra bem o papel para um primeiro álbum.
“Na época, ainda éramos ingênuos e acreditávamos que o álbum aconteceria independentemente de investimento e divulgação. Mas acredito que se fosse hoje em dia, investiria em uma assessoria”, ressalta o vocalista.
E quais as expectativas para esse ano? O que vem por aí?
“Este é um ano decisivo para a gente, mas o que eu posso adiantar é que quem acompanha nosso trabalho não perde por esperar.” (risos).
Ouça agora a playlist do último álbum lançado pela banda, intitulado #CAØS
A Cefa está em todas as plataformas de streaming musicais e em todas as redes sociais.
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