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Crítica | Yes, No, or Maybe?
O filme ‘Yes, No, or Maybe?’ é uma animação produzida pelo estúdio Lesprit, baseada na light novel Yes ka No Ka Hanbun ka, escrita por Michi Ichiho. O filme chegou recentemente ao catálogo da Crunchyroll e está incrível!
E por estar incrível, eu trouxe a crítica sobre esse BL (Boys Love) apaixonante.
‘Yes, No, or Maybe?’ – O Filme
A história gira em torno de Kei Kunieda, um jovem apresentador de TV que está cansado de reprimir sua verdadeira personalidade para não manchar sua reputação de “Príncipe” frente às câmeras e às pessoas em sua volta. Assim, Kunieda acaba vivendo uma vida dupla: “Príncipe” ideal para todos durante o dia e ele mesmo durante a noite.
A narrativa foca bastante nesse impasse pessoal de Kunieda, impasse esse pelo qual muitos acabam passando: o de se reprimir somente para agradar os outros.
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A história começa a se desenrolar quando Kunieda é designado a entrevistar um jovem promissor, Ushio Tsuzuki, artista independente que cria animações e se tornou conhecido após vencer grandes premiações. Mas o que chamou a atenção de Kei foi o fato de Ushio ter a mesma idade que ele e já ter se “realizado” mesmo se expondo como bissexual para a sociedade.
A sexualidade de Tsuzuki incomodou bastante Kunieda pois, diferentemente dele, Ushio não tem medo de se expor e viver como quer. Inclusive, no dia da entrevista, ao ver Ushio Tsuzuki todo desarrumado, como se tivesse acabado de acordar, Kunieda surta por dentro, apesar de manter a aparência de sério e pleno por fora e conduzir perfeitamente a entrevista.
Porém, à noite, em um momento de liberdade, Kei acaba se esbarrando em um ciclista: o próprio Ushio, o qual não o reconheceu devido ao disfarce que ele sempre usa ao sair na rua. Todavia, com o tombo, Ushio diz ter machucado a mão e precisar de ajuda. E como Kei não podia revelar sua identidade verdadeira, ele se apresentou como Owari para ajudar o garoto.
O apresentador de TV, agora como Owari, passa então a frequentar a casa de Ushio Tsuzuki, possibilitando-se assim a conhecer cada vez mais o intrigante artista. E como uma boa obra de Boys Love recheada de comédia e clichês românticos, os dois jovens acabam se apegando… até que um dia Ushio beija Owari, o qual acaba brigando com o garoto e fugindo.
É possível observar o quanto o roteiro trabalha bem o desenvolvimento de Kunieda e o problema de se ter uma dupla identidade. Ao viver como Owari, ele consegue se expressar como quer e se divertir com isso, enquanto como Kunieda ele não consegue fazer nada além de agradar os outros.
E isso só piorou depois que ele se apegou a Ushio, tanto que existem momentos nos quais ele se pergunta sobre quem realmente é: Owari ou Kunieda. E isso faz com que o protagonista possua um carisma e uma grande representatividade, pois muitas pessoas enfrentam o dilema do Kei: o de esconder seu verdadeiro “eu” para agradar os outros, não conseguindo viver verdadeiramente.
Enquanto isso, Tsuzuki representa a liberdade, aquela pessoa que te impulsiona e te ajuda a ser você mesmo sem se preocupar com a opinião dos outros. A todo momento, a narrativa de “Yes, No, or Maybe?” te mostra que não é legal se reprimir só para agradar os outros e que é preciso viver sem ter medo.
Mas voltando à história… além do problema de se perder entre as identidades, Kunieda é promovido e sofre uma pressão muito maior, o que lhe causa uma crise de ansiedade e a única coisa que lhe vem a cabeça é chamar o Ushio para o resgatar.
Ao conversar com Tsuzuki, então, Kunieda recebe o conselho de fazer algo que ele sempre fazia, que era folhear seu caderno de anotações. Mas ao folhear seu caderno, Kei tem uma grade revelação: Ushio já sabia que Owari e Kunieda eram as mesmas pessoas.
Felizmente, falar com Ushio e descobrir isso acaba tirando grande parte do peso do coração do apresentador, o qual se recompõe e enfrenta a apresentação do programa perfeitamente.
Após todos os problemas, enfim, Kei Kunieda aceita seus sentimentos e vai em busca de Ushio para se declarar. Nesse momento, temos uma incrível cena de beijo entre os dois: cena essa na qual é possível sentir a química dos personagens e os sentimentos entre os mesmos.
Durante todo o filme, a animação e a trilha sonora foram surpreendentes, sem falhas.
E da mesma forma o roteiro, o qual estava muito bem até as cenas finais, as quais podem ser consideradas gatilho para algumas pessoas.
Mas apesar desse pequeno problema no final de “Yes, No, or Maybe?”, eu recomendo muito o longa, pois a narrativa é muito gostosa de se assistir e os personagens possuem uma química incrível, você se apaixona rapidamente.
E toda essa história é acompanhada de uma animação visualmente linda, que apesar de simples consegue ser apaixonante. Por isso, “Yes, No, or Maybe?” recebe a nota 9/10 no Norman Awards. Pode assistir sem medo, você irá se apaixonar!
“Yes, No, or Maybe?”, está presente no catálogo da Crunchyroll, então corra para assistir!
Confira o trailer:
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Cara,o filme é maravilhoso… mas cena final é horrível, é abuso aquilo (pra não falar q foi estupro, porque foi)… triste que o anime acaba sim, ele tava maravilhoso e o final fica horrível. Como ninguém se opôs na pós-produção? Só tristeza.