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Crítica | Y: O Último Homem
Y: O Último Homem mostra um futuro distópico no qual todos os seres vivos com o cromossomo Y morreram, com exceção de Yorick e seu macaco Ampersand. Eles, juntos à Agente 355 e a Dra. Mann, tentam descobrir o que causou esse androcídio (genocídio do sexo masculino) e como consertar as coisas, enquanto fogem do governo dos EUA e de qualquer curioso que perceba que um homem sobreviveu.
CONTÉM PEQUENOS SPOILERS DA SÉRIE E DO QUADRINHO!
A História
Y: O Último Homem sofre do mesmo problema de outras séries com personagens que precisam estar sempre em movimento: ela fica muito devagar. Já o material original é muito bom e não perde tempo enrolando.
Uma das maiores mudanças em relação aos quadrinhos é que a série não tem um salto de tempo, então ela acaba perdendo minutos preciosos com coisas que acontecem muito rapidamente no quadrinho. A exemplo disso, temos o envolvimento da Hero com as amazonas, todo o plot da presidente dos EUA e o encontro do Yorick e a Agente 355 com a Dra. Mann. Isso além de ficar enrolando com aquele plot da mãe e da filha que não conseguem voltar para a Casa Branca.
Outra coisa que mudou foi a Beth, a namorada do Yorick, porque não era pra ela estar nos EUA. Ela deveria estar na Austrália, pois no futuro ela é muito importante para a conclusão da história, então não deu para entender por qual motivo a colocaram nos EUA.
Um ponto importante também é o conflito com o exército de Israel, já que não conseguiram desenvolver esse plot e ele é extremamente importante. Como disse anteriormente, era uma coisa que deveria estar na série desde o começo mas demoraram para apresentar e, quando mostraram, não deram a devida importância.
As amazonas também estão bem diferentes, pois na série elas ainda estão começando, enquanto no quadrinho elas já estão bem desenvolvidas e espalhadas por todo o país.
Os Personagens
A melhor coisa dessa série são os atores, pois todos eles combinaram muito bem com os personagens. O Ben Schnetzer (Yorick) te convence como um cara mimado e babaca e o espectador não gostar dele é proposital. É um pouco irônico saber que de todos os homens da Terra, esse foi o único que sobreviveu.
Um dos problemas do Yorick é que ele não amadurece com o decorrer da série, continuando o mesmo do primeiro ao último episódio. E é quase impossível manter uma série no ar quando o público não consegue ter empatia pelo personagem principal. Mas isso não é culpa do ator, e sim do roteiro.
Ashley Romans (Agente 355) está incrível como aquela personagem badass e misteriosa. Ninguém sabe muito sobre ela, mas sabe que é melhor estar com ela do que contra. Eles acertaram bastante em contar o passado da mulher aos poucos, sem mostrar demais.
Enquanto isso, Diana Bang (Dra. Mann) consegue entregar o que o roteiro propõe, apesar de demorar um pouco para aparecer. No quadrinho, por sua vez, ela está lá desde o começo e é uma das principais personagens para entender o que levou a esse androcídio.
Olivia Thirlby (Hero) também convence como a irmã do Yorick. Ela não começa sendo uma personagem forte e é bem influenciável pelas amazonas, então isso eles acertaram na série. Já o Elliot Fletcher (Sam) também está muito bem: por ser um personagem original, não tem com o que comparar, mas seu plot na série é bem interessante e algo que acrescenta à trama.
Cancelada na Primeira Temporada
A impressão que a série dá é de que estavam deixando o melhor para depois, só que o depois não chegou e ela foi cancelada na primeira temporada. As coisas começaram a ficar interessantes nos dois últimos episódios, mas os episódios anteriores não foram bons o suficiente para segurar o telespectador até o final.
Y: O Último Homem era uma série que tinha tudo para dar certo, com muita coisa para dizer e extremamente importante para os dias atuais, mas infelizmente não souberam levar tudo isso para as telas.
Por isso, recomendo que leiam os quadrinhos, já que eles estão sendo republicados pela Panini atualmente.
A série está completa no Star+.
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