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Crítica | Uncoupled: a vida sempre continua
A nova série da Netflix, “Uncoupled”, traz como premissa Michael Lawson (Neil Patrick Harris), um corretor imobiliário que, após 17 anos de relacionamento, leva um pé na bunda do namorado, Colin (Tuc Watkins). É aí que Michael se vê em uma situação que corrói sua vida e passa a focar todas as suas energias no trabalho.
Sob a direção de Darren Star, conhecido por ter dirigido produções famosas como “Sex and The City”, “Emily em Paris” e “Younger”, a nova série, “Uncoupled”, carrega pequenos traços de cada jornada já criada pelo diretor.
Novamente, temos uma história que se passa em Nova York. Dessa vez, é um homem gay, que beira aos mais de 40 anos, sendo obrigado a lidar com as novas perspectivas de relacionamento no século XXI.
Produções como essa são incomuns, apesar de terem começado a aparecer com mais afinco no mercado. A série consegue quebrar o clichê do homem gay, trazendo à tona diversos homens homossexuais em suas mais variadas idades e diferenças.
“Uncoupled” é uma comédia divertida, leve e reflexiva. A série acerta em mostrar a relação e compatibilidade com diversas situações que nós, seres humanos, costumamos passar no decorrer de nossas vidas.
A partir do momento em que Michael é deixado pelo namorado, Colin, um completo babaca, que pega suas coisas e se muda para outro apartamento sem proferir nenhuma explicação do término, o corretor imobiliário precisa aprender a lidar com sua própria companhia após 17 anos vivendo ao lado da mesma pessoa e tendo a mesma rotina.
O personagem não consegue se desprender do passado, sendo assim inviável viver experiências que o futuro lhe aguarda. Questões como idade, amor próprio e relacionamento são postas à discussão. Idade é só uma perspectiva. Relacionamentos podem acabar de um dia para outro, mas o amor próprio não. Ele sobrevive a qualquer situação (se você souber reconhecê-lo).
Michael passa a experimentar sair com outros caras, até que em dado momento se pergunta: até que ponto se enfiar em um relacionamento só para não estar sozinho é necessário?
É a partir de 8 episódios, em torno de 30 minutos cada, que ele passa a perceber que devemos apreciar nossa própria companhia, que seguir em frente é necessário. A vida continua. É uma jornada sem atalhos, mas um dia você supera.
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