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Crítica | Re: ZERO – Starting Life in Another World
Um isekai clichê, mas não tão clichê assim: “Re: ZERO – Starting Life in Another World” serve um isekai totalmente diferente!
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Sinopse pela Crunchyroll
“Natsuki Subaru, um adolescente comum, conhece uma linda garota de cabelos prateados vinda de outro mundo. Subaru quer ficar ao lado dela, mas o fardo que ela carrega é maior do que ele pode imaginar. Eles enfrentam o feroz ataque de monstros, traições, violência irracional… e, por fim, a morte. Subaru promete derrotar qualquer inimigo, qualquer destino, tudo para protegê-la. E assim, o pobre garoto sem poder algum obtém o “Retorno da Morte”, uma habilidade única que permite ao usuário voltar no tempo ao morrer. Usando esse poder, o passado é perdido e as memórias são reescritas.”
Em Re: ZERO – Starting Life in Another World não temos um protagonista overpower, e sim apenas um adolescente limitado e humano, acompanhado de ótimos personagens e um bom enredo.
Subaru é apenas um jovem que gosta de animes e jogos, e ao sair de uma loja de conveniências é levado para outro mundo. Até aqui nada de diferente… até o protagonista entende o quanto esse acontecimento é clichê. Mas o anime é repleto de quebra de expectativas, tanto nossas quanto do próprio protagonista. Subaru se decepciona ao descobrir que, mesmo indo para um mundo diferente, continua o mesmo de sempre: não ganhou nenhum poder.
A trama do anime se inicia quando o garoto conhece Emília, uma meia-elfa que, pra variar, sofre descriminação por sua raça e por ser muito parecida com a bruxa da inveja, um tabu para aquela sociedade. Ela o salva de alguns bandidos em um beco mas, mesmo assim, alguns eventos posteriores levam Subaru a um lado mais afastado da cidade, onde ele acaba em uma luta e é ferido fatalmente.
Ao acordar, ele se depara com a feira de comerciantes do início, o mesmo local no qual acordou nesse novo mundo. Em suma, ele agora tem “continues” infinitos: o garoto percebe que possui a habilidade de retornar da morte.
O anime entrega um enredo muito bom, mas que fica estagnado em alguns arcos. Durante a parte da mansão Roswaal, por exemplo, a animação fica muito monótona e demora a retomar o caminho. Nessas estagnações você acaba vendo o Subaru falar o que não deve, repetir ações e causar muita vergonha alheia. Entretanto, isso acaba fazendo parte do desenvolvimento do nosso protagonista.
Além de Emília, temos também outras personagens importantes como as gêmeas Rem e Ram, empregadas da mansão Roswaal. Esse trio recebe um bom desenvolvimento durante o anime, mas o destaque vai para Rem, que após seu arco de desenvolvimento se tornou uma personagem incrível e cativante.
Como foi dito anteriormente, o anime caminha lentamente, mas é durante esse caminhar que vemos a queda e a redenção do protagonista: ele se desenvolve muito bem, principalmente com a ajuda de personagens secundários.
O arco de redenção do Subaru é incrível, e é após esse evento que o anime melhora consideravelmente. A parte final entrega novos personagens e batalhas excepcionais, em especial a batalha contra a baleia branca e a seita da bruxa.
Com uma ótima direção, a animação entrega um gráfico maravilhoso… você vai ficar admirado com a beleza de algumas cenas. Além disso, a trilha sonora foi muito bem escolhida e casa perfeitamente com os eventos e a parte gráfica durante as batalhas. Não peca durante nenhum momento.
“Re:Zero” serve um ótimo isekai, principalmente pelo bom desenvolvimento do protagonista e personagens secundárias, a animação incrível e o enredo bem trabalhado. Portanto, o anime recebe um 7 de 10 no Norman Awards.
A primeira temporada de ‘Re:ZERO – Starting Life in Another World’ encontra-se completa na Crunchyroll.