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Crítica | Quadrinho ‘Tomboy’ na POC Con 2021
Tomboy é um quadrinho escrito por Kael Vitorelo, e nele a autora traz uma história breve, que se desenvolve em 16 páginas. Cada quadro ocupa uma página em que temos a presença de uma mulher, a única personagem da história. Nossa personagem – que lembra muito a própria Kael Vitorelo – não tem nome e habita solitariamente os quadros dessa história.
Ao longo dos quadros, a personagem desconstrói diversos estereótipos de gênero que estão profundamente enraizados na sociedade, aspectos tidos como imposições para definir aquilo que é masculino ou feminino. Assim, acompanhamos quadro a quadro, simultaneamente a essa desconstrução, a transformação da personagem, quebrando os padrões citados.
Os traços do quadrinho são simples, no entanto, é uma simplicidade que transmite aquilo que a história necessita precisamente. Os desenhos também dão uma ideia de movimento por expressarem cada meneio e gesto da personagem durante a história. Por um momento, é possível até visualizar a história de forma animada.
A autora também faz uma brincadeira com o título da obra, que remete à quebra dos estereótipos e identidade de gênero. Tomboy é um termo popularmente traduzido como “Maria-rapaz” e é usado para designar meninas que possuem características masculinas, como comportamentos, roupas, trejeitos, dentre outros.
Em contraposição a essa expressão um tanto problemática, a personagem nos mostra nesse quadrinho a liberdade de assumir as características que gostamos e tudo aquilo que nos faz bem e nos deixa confortável, independentemente do gênero e para além dele, buscando aquilo que nos faz feliz.
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