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Crítica | Quadrinho “Fragmentos” na POC Con 2021
Tivemos a POC Con 2021, feira de quadrinhos e arte voltada para a temática LGBTQIA+, disponibilizando um excelente acervo digital. Então, falarei agora de um quadrinho que me chamou a atenção, primeiramente, pelo nome do personagem, Zagreu: Fragmentos.
Zagreu figura no panteão da mitologia grega, embora faça parte do segundo escalão. Não por sua importância, mas por ser pouco conhecido, mesmo pelos aficionados em mitologia. É uma divindade frequentemente associada a Dionísio. Assim como os Cavaleiros do Zodíaco têm suas versões prévias, Zagreu foi considerado, de certa forma, o primeiro Dionísio.
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Zagreu, a HQ, chama a atenção pelos desenhos insólitos e espetaculares! A HQ apresenta 7 histórias curtas que, segundo o autor Monaramis (Roy Leitzke), visam ambientar o leitor no background do personagem.
Sungod
A primeira história mostra um diálogo entre Zagreu e Apolo, e as falas dão a entender que Apolo teve um romance com Ícaro, o que não é dito na mitologia grega, mas é um ótimo enredo paralelo, criado de forma inteligente pelo autor, já que Ícaro subira ao sol em vez de seguir com seu pai, Dédalo, para longe da Ilha de Creta. Sendo Apolo o Deus Sol, a investida de Ícaro rumo ao astro rei evidenciaria um eventual romance.
Cataclismo
A segunda história mostra uma suposta batalha entre Zagreu e Apolo. A história é um tanto quanto impressionista, mas não só pelo traço, que difere um pouco daquele da primeira história. Não exatamente o traço, já que se trata do mesmo autor, mas o estilo, que demonstra o ardor dos personagens durante e após a batalha.
The Pretender, Shattered e Bleeding Gold
Terceira, quarta e quinta histórias narram um pouco de uma das versões do mito de Zagreu, que teria sido devorado pelos Titãs, mas o faz de uma forma a recontar a trajetória de modo original. Aliás, toda a HQ o faz dessa forma. Não é exatamente o mito de forma “oficial”, mas uma releitura moderna. Zagreu, Apolo e outros são apresentados em vestimentas atuais, com o diálogo coloquial contrastando com a narrativa em prosa, que torna o quadrinho poético sem soar piegas. Algo como as HQs da Vertigo.
Como o próprio autor diz e o título ilustra, Fragmentos é um pout porri de histórias sobre o personagem. Tomara que não fique só em fragmentos e vire uma saga. Dionísio vai adorar. Um brinde a Zagreu!
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