Crítica | “Perlimps”: fábula de Alê Abreu emociona com mensagem inspirada na vida real

Pôster do Filme "Perlimps". - Otageek
Foto: Divulgação/Vitrine Filmes

Dez anos após o lançamento de “O Menino e o Mundo”, que rendeu uma indicação ao Oscar de Melhor Filme de Animação, Alê Abreu retorna com a animação “Perlimps”, que chega aos cinemas brasileiros nesta quinta-feira (09). 

Na história, Claé e Bruô, dublados por Giulia Benite e Lorenzo Tarantelli, são espiões de reinos rivais e precisam reunir forças para encontrar os Perlimps — seres mágicos que podem ajudar a salvar o mundo. Construído por meio de dois seres diferentes, a narrativa se concentra na união de forças por um bem maior. Uma mensagem simples e bonita, que busca refletir e ampliar uma narrativa inspirada na vida real. 

Por meio de um visual colorido, que atrai diversidade na quantidade de cores e paisagens, a câmera trabalha a variação dos lugares pelos quais Claé e Bruô percorrem. Por meio de um plano aberto, os seres parecem pequenos em uma vasta imensidão, o que evoca a sensação de amplitude, solidão e perigo enfrentados diretamente pelos personagens. 

“Perlimps” se apoia no mistério e na imaginação do telespectador frente aos males enfrentados por Claé e Bruô. São esses elementos os responsáveis pelo encanto da animação, que, ao contrário de outras produções do gênero, não entrega explicações razoáveis para quem assiste. A vontade de desbravar aquele universo e a busca por reflexões acerca da narrativa mantêm o entusiasmo na busca de interpretações para o final da história, que surpreende, especialmente por não se encaixar em uma única via, ancoranda, assim, na falta de limitações da trama. 

Sendo assim, “Perlimps” é uma fábula que traz uma mensagem socioambiental, visto que ambos protagonistas precisam buscar as criaturas mágicas, a fim de impedir que os gigantes — inspirados nos seres humanos — destruam o ambiente em que vivem. 

A trilha sonora de André Hosoi é essencial na construção da narrativa, uma vez que se ancora nos momentos devidos, principalmente nos de tensão, dos quais se segue uma trilha marcada pela atenção aos momentos de urgência que virão a seguir. 

A abordagem visual de “Perlimps” se une na fábula de duas criaturas rivais, que precisam aprender a lidar e conviver com suas diferenças, em um universo mágico marcado por intrigas geradas pelos gigantes. São os menores se unindo em prol dos maiores. Assim sendo, a animação se inspira na mensagem de reverter indagações e reflexões nos mais diversos temas e momentos enfrentados no mundo atual. Com um roteiro simples, mas com uma dedicação invejável, “Perlimps” é um espetáculo visual que leva o espectador em uma jornada onírica dos personagens. 

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Isabella Breve
Isabella Breve

Graduanda em Jornalismo, leitora voraz, amante da Sétima Arte e eternamente fã.

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