Crítica | Oxenfree II: Lost Signals e os sinais de rádio do passado

Oxenfree II: Lost Signals leva Riley de volta a sua cidade natal, onde as interferências nas ondas de rádio a levam a fazer um trabalho um tanto quanto perigoso. Acompanhe a jornada dela e Jacob ao descobrir o que esta por trás dos acontecimentos em Camena.

A Netflix já tem um tempo que esta investindo em jogos além de seu conteúdo por streaming e jogos que estão juntos do serviço, dessa vez eles acertaram em cheio. Oxenfree foi desenvolvido pela Night School Studio que também desenvolveu Afterparty e Next Stop-Nowhere.

Os estúdios de jogos indies tem explorado novas perspectivas, e isso nós trás experiências bem diferentes, e foi o que eu senti com os dois jogos da franquia.

Oxenfree II
A escolha dos diálogos vão alterar como as pessoas enxergam Riley

Cinco anos se passaram dos acontecimentos do primeiro jogo, e Riley retorna a Camena, sua cidade natal para investigar misteriosos sinais de rádio. Porém ela encontra muito mais do que poderia imaginar. E cabe a você e seu amigo de infância Jacob descobrir o que esta acontecendo na sua cidade natal e sobre as lendas dos fantasmas.

Entre frequências de rádio, conversar por walkie talkie, a companhia do nosso amigo de infância Jacob e várias visões sem explicação nenhuma, somos apresentados a momentos da vida da Riley que, não apenas carregam grandes cargas emocionais, como também trazem traumas do seu passado que desmoronam em seus braços durante o jogo. E como você tem opções de conversa, suas ações podem desencadear um fim trágico e melancólico.

Jacob arrumando o carro

Oxenfree Ii solidão
Riley parece estar com um vazio por dentro em boa parte do tempo, mesmo com pessoas a sua volta

A jogabilidade é simples, você tem o walk talkie pra entrar em contato rapidamente com as pessoas e o rádio, em que você pode procurar estações que falam muito sobre o que esta acontecendo, parecendo até estranho.

Oxenfree II tem vários finais, sabendo que suas decisões e como você conversa com as pessoas altera sua amizade com eles, o jogo possui mais de um final, valendo a pena jogar novamente

Não é porque o jogo é indie que não pode ter belos gráficos, e Oxenfree II trás ótimos cenários, uma cidade pacata e simples até a visão de cima da torre de uma igreja onde é possível ver o mar e seu horizonte. A movimentação dos personagens fluida e as caixinhas com as opções de diálogos estão no lugar certo. Dos personagens até os seres não humanos tem sua beleza e da pra perceber o carinho que o jogo recebeu durante o seu desenvolvimento.

Oxenfree II

A trilha sonora do jogo e os sons do jogo são ótimos, a trilha trás uma ambientação até nos momentos mais perigosos, deixando você mais nervoso do que deveria em algumas situações e bastante melancólico em outras. O silêncio também é bem utilizado no jogo, não se assuste se você acabar ligando o rádio pra ouvir as fofocas estudantis da cidade.

Oxenfree II: Lost Signal é divertido, trata alguns assuntos com leveza, mesmo no meio do caos em que nossa protagonista de encontra e mostra o poder que a amizade pode ter. Mesmo com tantos transtornos e acontecimentos paranormais, Riley pode ser uma pessoa gentil e ajudar os outros como ela pode se tornar uma pessoa horrível e simplesmente ignorar e tratar mal todo mundo, tendo um final solitário e mais triste do que se possa imaginar.

Oxenfree II Jacob
O jogo conta com uma belíssima arte

A interação com os moradores de Camena dentro do passado, presente ou futuro são bem aproveitados e existe muitos segredos dentro de uma cidade tão pequena, como os eventos são únicos, respostas erradas vão custar muito caro. É um ótimo jogo para aproveitar aquela noite chuvosa em que você vai entrar no mundo de Riley, e vai descobrir como é difícil sair dele.

Oxenfree II: Lost Signal está legendado em PT-BR e disponível para Playstation 4, Nintendo Switch, PC (Steam), Android, iOS e Mac.

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Pedro Hilário
Pedro Hilário

Nerd, gamer, amante de HQs, filmes de terror, colecionador de CDs de bandas que ninguém conhece, barman e Streamer. Prazer, eu sou Hilário.

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