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Crítica | O Predador: A Caçada é inexplicavelmente encantador
Umas das franquias mais longevas do cinema está de volta! O Predador foi lançado em meados dos anos 80 e, de lá para cá, a franquia teve quatro filmes, alguns excelentes, outros nem tanto.
Eis que, de forma inesperada, o Star+ anunciou e lançou em seu catálogo O Predador: A Caçada. O longa é dirigido por Dan Trachtenberg (Rua Cloverfield 10), no qual ele traz o caçador alienígena para os anos de 1700.
A princípio, essa ideia de levar o Predador para o século XVIII já se torna algo extremamente interessante. Voltar no tempo e mostrar as origens de um dos personagens mais icônicos da ficção científica, além de ser algo inesperado, abriu a possibilidades para explorá-lo de uma forma nunca vista até então.
Sinopse
A jovem indígena Comanche Naru (Amber Midthunder) quer de todas as maneiras se tornar uma caçadora e seguir os passos do seu irmão mais velho, Taabe (Dakota Beavers). Quando um leão ameaça a segurança da sua família, Naru decide ir atrás do grupo de caçadores, na tentativa de mostrar o seu valor e de se tornar uma caçadora da tribo. Mas o que ela não esperava era que uma ameaça ainda pior estava nas redondezas da sua aldeia.
Bem, a história se passa em 1700, por isso o Predador vem com uma personalidade um tanto quanto interessante. Aqui, ele só mata quem ele considera uma ameaça, além do mais, as suas armas são escolhidas conforme quem são os seus oponentes. Ou seja, quando enfrenta animais, o Predador vai à luta com seus punhos. Agora, quando enfrenta os colonizadores europeus, as suas armas são usadas para derrotá-los.
No meio disso, as cenas de ação são realizadas num capricho gigantesco. Todas muito bem coreografadas, utilizando os cenários como forma de diferenciar a maneira como cada um luta e explorar todo o ambiente do filme.
Por se tratar de um produção de baixo orçamento, há algumas sacadas interessantes quanto às cenas de ação. Por exemplo, o Predador, em boa parte do tempo, é mantido às escondidas, isso proporciona a curiosidade quanto à sua aparência e a tensão necessária quanto aos seus momentos de luta e matança.
E para nos conduzir, Amber Midthunder proporciona o carisma essencial para nos levar a essas cenas. Digo isso pois o filme conta com poucas falas e personagens existentes apenas para serem mortos. Logo, Naru (Midthunder), além de protagonista, é o nosso elo emocional quanto à história contada aqui.
História a qual é rapidamente desenvolvida e estabelecida quanto a lugar e tempo. Nisso, Naru é essencial para nos transportar para os costumes de seu povo e entender as suas próprias motivações e dificuldades para conquistar o posto de desejo na família.
Ser uma caçadora é o principal objetivo de Naru, por isso a ação envolvendo a protagonista é extremamente empolgante. Seja no seu treinamento individual, cenas de perseguição ou nos próprios combates, esses momentos são realizados com um enorme capricho e uma criatividade gigantesca.
É fato que os coadjuvantes estão no filme apenas para serem mortos pelas mãos do Predador. Mesmo que isso pareça diminuir a qualidade do roteiro do projeto, ter esses tipos de personagens proporciona colocar em tela a força e imponência do antagonista. Além disso, Naru consegue segurar outros momentos importantes para esse tipo de narrativa, levando-a nas costas com uma facilidade tremenda.
Enfim, Predador: A Caçada é um projeto encantador e extremamente lindo visualmente. O fato de levar uns dos personagens mais icônicos do cinema para o passado proporcionou novas maneiras de explorá-lo em cenas de combate e colocá-lo em momentos que dificilmente imaginaríamos. Além disso, Amber Midthunder está fabulosa, entregando tudo e mais um pouco na pele da magnífica e imponente Naru.
Veja o trailer:
O Predador: A Caçada você assiste com exclusividade no catálogo do Star+.
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