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Crítica | Love, Lizzo: Quando um artista muda não só a música, mas também a indústria
LOVE, LIZZO é um documentário Max Original que acompanha a cantora, compositora, rapper, flautista e atriz Lizzo, vencedora do prêmio GRAMMY, que faz história mudando o som, a alma e o espírito da música e da cultura popular, enquanto equilibra os desafios da vida, do amor e do estrelato. LOVE, LIZZO estreou dia 24 de novembro na HBO Max.
Love, Lizzo volta aos primórdios da carreira da cantora, desde seu início em Houston até a fama. Foram quatro álbuns desde sua estreia com Lizzobangers (2013) e três Grammys. O documentário foi filmado durante três anos e acontece durante sua turnê mundial do disco Cuz I love you (2019), passando pela pandemia e a gravação do seu último álbum, Special (2022).
De vez em quando um artista muda não só a música, mas também a indústria. Lizzo fez as duas coisas. Esta é a jornada de uma superestrela em ascensão que se tornou o movimento que o mundo precisava desesperadamente apenas por ser ela mesma. O documentário da HBO Max compartilha a inspiradora história por trás de seu humilde começo até sua ascensão meteórica ao sucesso, com um olhar íntimo sobre os momentos que moldaram este árduo caminho à fama.
Melissa Viviane Jefferson nasceu em Detroit em 1988, Lizzo – sendo seu nome profissional derivado de um apelido de infância – cantou com sua mãe na igreja, estudou flauta desde criança, mudou-se para Houston com seus pais e dois irmãos, sofreu bullying no ensino médio por seu tipo de corpo e interesses geeks (dito flauta, fanfics de Sailor Moon) e, eventualmente, centrou a si mesma e sua criatividade em torno do poder da música e da performance.
O que torna o documentário especial são os momentos de seu passado, onde vemos sua primeira apresentação ao vivo como rapper, uma variedade de vídeos caseiros da família e momentos de conversas emocionantes e emotivas da cantora com suas dançarinas, onde elas compartilham suas experiências com o body shaming (prática de fazer alguém se envergonhar do próprio corpo) e seus triunfos conquistados quando juntas.
“Como muitas pessoas, eu cresci aprendendo a odiar meu corpo” – diz Lizzo em narração. “E funcionou. Você está tão enojado com sua pele, sua carne, seus músculos, seus ossos e a maneira como eles são projetados … você quer cortar partes do seu corpo”. São momentos confessionais como esse que colocam em perspectiva o que Lizzo passou para chegar onde chegou, agora amando seu corpo e ajudando outras pessoas a também se amarem.
Enquanto Lizzo estabeleceu sua voz com a composição de “My Skin” do Big Grrrl Small World de 2015 e passou a entender o trabalho duro que ela deveria fazer para manifestar seus sonhos dentro da indústria musical. “Ninguém queria contratar uma garota negra gorda que cantava rap e tocava flauta.” Demorou uma década ou mais. Ela se quebrou, perdeu o rumo, perdeu o pai e dormiu em seu carro. Mas ela perseguiu a música. E hoje tem Grammys, Emmys, shows esgotados, e uma voz que encanta e anima as pessoas.
Ao final do documentário entendemos a força e a importância que Lizzo tem na indústria por apenas existir e abrir portas para outras mulheres negras, gordas, ou qualquer um que se veja em suas músicas. Lizzo é uma potencia e para o limbo é um lugar onde ela deixou claro que não irá voltar.
A produção é dirigida pelo cineasta vencedor do Emmy Doug Pray (HBO’s The Defiant One’s), e produzida por Kevin Beisler, Kevin Weaver, Ryan Kroft e Nicole Rocklin. Lizzo é uma das produtoras executivas sob o selo da Lizzobangers. A Pray dirige e produz com sua parceira de produção Stephanie Meurer.
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