Crítica | Everyboody’s Talking About Jaime vai te fazer refletir sobre seu lugar no mundo, enquanto te bota para dançar

O ano de 2021 está fazendo a alegria dos fãs de musicais, com produções como In The Heights, Dear Evan Hansen, entre outros, cada um deles com características muito próprias e abrangendo gêneros diferentes. Everyboody’s Talking About Jaime chega no Prime Video nesta sexta-feira (17) para nos apresentar uma história sobre autoconhecimento e aprendizado, sobre nosso lugar no mundo.

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O filme traz o mesmo time responsável pelo musical original, fazendo a transição dos palcos para as telas: Tom MacRae no texto, Anne Dudley e Dan Gillespie Sells nas músicas, além de Jonathan Butterell na direção.

Everyboody's Talking About Jaime - Poster Otageek
Everyboody’s Talking About Jaime – Pôster.

Enredo

Inspirado no documentário Jamie: Drag Queen at 16, o longa conta a história de Jaime New (Max Harwood), um garoto que sonha em ser Drag Queen e, em meio a questões familiares e situações na escola, decide ir montado à sua festa de formatura.

Nasce uma Rainha

Em nenhum momento a sexualidade do protagonista se torna centro do debate do filme, pois Jaime assumiu sua homossexualidade com 14 anos e esse aspecto de sua vida está muito bem resolvido, de forma alguma aberto a questionamentos.

O foco está em descobrir seu lugar no mundo sabendo que nem sempre será aceito pelas pessoas, mesmo por aqueles que deveriam protegê-lo dos preconceitos que alguém como ele enfrentará pela vida. Sua família, especialmente sua mãe Margaret (Sarah Lancashire), e seus amigos, com destaque para Ray (Shobna Gulati) e Pritti Pasha (Lauren Patel), transformam-se no porto seguro do garoto.

Jaime também conhece seu mentor Hugo Battersby (Richard E. Grant), que o ajuda a entender que ser uma Drag Queen é muito mais do que usar vestido e se maquiar. É impossível não se emocionar com o solo de Hugo, “This Was Me”, música composta especialmente para o filme.

O longa, em nenhum momento, deixa-se levar pelos vários clichês os quais poderiam destruir a mensagem que eles querem passar aqui. Talvez por se basear em uma história real, a equipe criativa decidiu se manter o mais fiel possível ao que realmente aconteceu.

Obviamente, o roteiro toma algumas liberdades em relação ao documentário, mas nada a ponto de deixar a história real irreconhecível. É possível saber exatamente qual personagem foi inspirado em quem, inclusive porque alguns objetos têm algum tipo de destaque.

No que se refere às atuações, todos estão muito empenhados, mesmo que em alguns momentos o exagero teatral escape um pouco. Sarah Lancashire é a que mais escorrega nesse sentido. Já o novato Max Harwood consegue demonstrar toda emoção necessária para o papel, principalmente nas cenas de conflito com seu pai, interpretado por Ralph Ineson (A Bruxa).

As músicas, compostas por Anne Dudley e Dan Gillespie Sells, carregam um pop cheio de delicadeza e significado, afinal de contas, estamos falando sobre um musical. Então, cada uma das canções se encaixa perfeitamente no plot.

Conclusão

É um filme para se assistir com a família e fazê-lo pensar que o mundo ainda tem algo de bom a oferecer, afinal de contas, Jaime vai conquistar qualquer um que se abrir para conhecê-lo. E sim… pode ter certeza de que todos vamos falar dele após assistir.


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Aline Merkle
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