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Crítica | Army of the Dead: Invasão em Las Vegas
Zack Snyder entrega um filme com muita ação, zumbis, relações problemáticas e uma bomba nuclear. Army of the Dead: Invasão em Las Vegas serve aquilo que todo bom filme com zumbi deve ter, mas peca em alguns pontos.
Vamos falar de Army of the Dead: Invasão em Las Vegas
Uma das regras mais essenciais em um bom filme com zumbis é mostrar como a infecção se estabeleceu, e em Army of the Dead: Invasão em Las Vegas temos 15 minutos fazendo toda essa introdução. Um comboio do exército estava transportando um container vindo da área 51, mas durante o percurso o caminhão se envolve em um acidente com um carro, o qual o motorista dirigia distraído pois estava tendo sua lua de mel ao volante.
Após o acidente, a carga é então comprometida, liberando um zumbi ágil, inteligente e agressivo, que elimina todos os militares do comboio. Os primeiros 15 minutos servem, portanto, um início típico e muito bom de filme trash com mortos-vivos.
Ainda no começo do longa, podemos ver todo o processo de invasão e destruição de Las Vegas e toda a história de como os militares perderam a batalha contra os zumbis. Isso tudo ao som da icônica “Viva Las Vegas”.
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E é nessa Las Vegas destruída e repleta de zumbis que o Scott Ward (Dave Bautista) deve comandar um roubo de US$200 milhões de um cofre. E para cumprir essa missão, Scott conta com a ajuda de um time bem peculiar: um perito em cofres chamado Dieter (Matthias Schweighöfer), uma piloto de helicóptero extrovertida chamada Peters (Tig Notaro), um ex-companheiro militar que adora usar serras chamado Van (Omari Hardwick), e um youtuber profissional em matar zumbis, de nome Mikey Guzman (Raúl Castillo).
Snyder imaginou todo um universo apocalíptico com diferentes tipos de zumbis. Assim, durante a missão, Scott e seu time não precisam passar apenas por zumbis normais, os típicos inimigos lerdos e sem inteligência, que só pensam em comer. Também existe um outro tipo, os zumbis alfas, os quais são mais fortes, rápidos e inteligentes, conseguindo usar armas, montar animais e se comunicar entre si.
A ideia de juntar um roubo milionário com um exército de zumbis inteligentes funciona muito bem, entregando-nos, assim, muita ação e toda uma mitologia nova com os zumbis do Snyder. Mas em meio a essa narrativa, existe ainda a parte da trama humana, a qual entrega muitos arcos pessoais, como a relação de Scott e sua filha Kate, que entra na cidade junto ao seu time de assalto.
E o principal ponto negativo do filme está justamente nessa ideia de jogar vários plots ao mesmo tempo. Muitos dos personagens se mostram interessantes e até cativantes, mas possuem pouco tempo para desenvolver seu plot.
Ao mesmo tempo em que se está ocorrendo uma trama pessoal de algum personagem, outro é introduzido, não permitindo que o primeiro se desenvolva e o público se apegue. Podemos sentir isso com a relação de Van e Dieter, pois Van não suporta seu companheiro, mas do nada já estão agindo como melhores amigos. A relação dos dois não foi desenvolvida, apenas jogada em cena sem muito trabalho.
E mesmo com quase 2 horas e 30 minutos de duração, o enredo não conseguiu trabalhar a relação dos personagens e a trama dos zumbis alfas. As duas histórias acabaram se arrastando até o final do filme, dando tempo somente para a relação de Scott e Kate e deixando os outros plots com potencial de lado, como ocorre com o plot do agente duplo, que tinha uma missão diferente da do restante do grupo.
Mas não desanime, pois ele ainda é um bom filme. Army of the Dead: Invasão em Las Vegas veio para trazer uma nova cara para o gênero. Então, se você gosta de filmes com zumbis, também vai gostar desse, pois apesar do problema dos personagens, ele ainda serve tudo aquilo que é necessário em um bom longa de mortos-vivos. Só não venha com muitas expectativas, apenas se divirta com a ação e o combate de humanos contra zumbis em Las Vegas.
Army of the Dead: Invasão em Las Vegas está disponível no catálogo da Netflix, então corra para assistir e comentar com a gente!
Confira o trailer:
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