Crítica | Amizade Dolorida – 2ª temporada

Após quase dois anos do lançamento da primeira temporada, Amizade Dolorida voltou com um aprofundamento mais emocional dos personagens e menos comédia no mundo BDSM

A segunda temporada de Amizade Dolorida apresenta um salto temporal e temos agora Tiff vivendo tranquilamente com seu namorado Doug, mas ainda enfrentando dificuldades com a faculdade de psicologia. E Pete que também está um relacionamento com seu namorado Josh e continua fazendo sucesso como Mestre Carter em suas apresentações de Stand Up.

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Mas como nem tudo são flores para a dupla, após o fiasco de um atendimento no final da primeira temporada, os dois devem reconquistar seus espaços no mundo dominatrix.

Tiff e Pete mostrando práticas BDSM
Em Amizade Dolorida BDSM e humor se misturam

Ainda que a Amizade Dolorida gire em torno do mundo BDSM, dominatrix, e que seja inspirada nas experiências do criador Rightor Doyle quando foi assistente e guarda-costas de uma dominatrix, a série ainda era recheada de estereótipos e de más representações. Estas que não agradaram a comunidade BDSM no início e a segunda temporada veio para consertar esses erros.

Retorno ao BDSM

Uma das surpresas dessa nova temporada foi a introdução da Mestra Mira, que foi a responsável por reensinar Tiff e Peter sobre as regras e atividades de uma dominatrix. As cenas onde são abordados limites e consentimentos foram importantes para retratarem o principal tema bastante criticado na temporada anterior.

Pete e Tiff em uma dungeon Dominatrix em Amizade Dolorida
Pete e Tiff precisam reconquistar o espaço deles no mundo Dominatrix

A segunda temporada vem num formato curto de sete episódios, em torno de 20 minutos cada, no qual não é possível um aprofundamento maior dos personagens. Então, a construção foca mais em Tiff e Pete.

Ao mesmo tempo em que temos menos cenas de humor quando tratado sobre BDSM, temos uma afloração do lado sentimental dos personagens, como Tiff tendo que lidar com o quanto gosta de Doug até conseguir chamá-lo de namorado e Pete que tem que lidar com o fato de seu namorado ainda estar no armário e ser referenciado como “Patricia” para seus amigos.

Mesmo com episódios curtos, é feito um bom equilíbrio do tempo de tela entre os protagonistas, de forma que um não se destaque mais que o outro. Há sim episódios específicos que focam mais em Tiff ou Pete, mas há um balanceamento ao longo da série.

Tiff e Doug em uma bar
Tiff e Doug jogando dardos em um bar

Os restantes dos personagens basicamente servem apenas como alívio cômico. O núcleo de Josh que trabalharia toda a questão de como ele está no armário e a dificuldade de contar para seus amigos e pai que ele é gay termina com um tom cômico e bem decepcionante. E quando a personagem Portia segue um enredo de uma trama mais importante, o tema não recebe muita atenção.

Conclusão

Amizade Dolorida ainda continua com seu tom leve e seu curto e é ótima para quem não quer ficar muito tempo em frente a TV, mesmo que o carisma de Tiff e Pete seja hipnotizante.

O fim teve um grande gancho para uma terceira temporada, mas ainda não temos nenhuma confirmação de uma continuação. Lembrando que a Netflix demorou meses antes de confirmar a renovação para a segunda temporada, então só nos resta aguardar para sabermos se teremos mais histórias de Pete e Tiff.

As duas temporadas completas estão disponíveis na Netflix.

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Luna | A Patroa da Redação
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