Crítica | 4ª temporada de Ozark é simplesmente fantástica

Após quase dois anos de espera, finalmente a 4ª e última temporada de Ozark está entre nós. Com sete episódios já disponíveis no catálogo da Netflix, a primeira metade desse encerramento se encontra ainda mais tensa e complexa, ou seja, numa crescente que ninguém sabe onde de fato vai parar. Ou será que sabemos?!

Quando se iniciou lá em 2017, Ozark veio com uma premissa muito próxima à da série de sucesso Breaking Bad. Marty Byrde (Jason Bateman) vai com toda a sua família para uma pequena cidade chamada Ozark para trabalhar de forma ilícita, com a intenção de sair de lá o mais rápido possível. Mas conforme o tempo vai passando, a família Byrde se vê cada vez mais imersa nesses negócios, até chegar a um ponto em que se ver fora deles torna-se algo inimaginável.

4ª temporada de Ozark
4ª temporada de Ozark.

Contudo, a série conseguiu seguir seu próprio caminho, com uma narrativa constante, sufocante e extremamente fascinante de se assistir. Logo, as comparações a Breaking Bad ficaram lá para trás, levando Ozark a ser uma das queridinhas dos críticos e das premiações. 

É fato que a série nunca foi uma das mais populares da Netflix, principalmente se olharmos para o Brasil. Mas pelo apelo da crítica e a qualidade narrativa, a Netflix proporcionou ao showrunner Chris Mundy o apoio necessário para chegar nesse final épico que vem se construindo.

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Afinal, a 4ª temporada de Ozark começou bem?

A temporada começa de onde parou: Marty (Jason Bateman) e Wendy (Laura Linney) precisam lidar com as consequências do último encontro com Omar Navarro (Felix Solis), além de conhecer o seu sobrinho impulsivo Javi (Alfonso Herrera). E enquanto Charlotte (Sofia Hublitz) ainda está mais unida aos negócios dos pais, Jonah (Skylar Gaertner) decide ir trabalhar com Ruth (Julia Garner), que se aliou aos negócios de Darlene (Lisa Emery) e Wyatt (Charlie Tahan).  

Marty e Wendy
O baita casal Marty e Wendy, de Ozark.

Dito isso, percebe-se o quão turbulento está sendo esse momento da família Byrde. Sem mencionar grandes spoilers, essa temporada se encontra ainda mais alucinante que as anteriores. Com uma trama que aos poucos vai te estabelecendo e mostrando o caminho que Marty e Wendy precisam percorrer para continuar vivos, Ozark coloca toda a tensão e o inesperado em tela, sem precisar de grandes cenas de ação ou algo próximo disso. 

Aqui, esse jogo é construído a partir do ótimo desenvolvimento narrativo, que se encontra ainda mais abrupto nessa temporada. Ou seja, a relação de causa e efeito está ainda mais constante e descontrolada, colocando os personagens em momentos inesperados e situações que precisam ser resolvidas o mais rápido possível.

 Laura Linney em Ozark.
A incrível Laura Linney em Ozark.

E esses momentos foram interessantes para demonstrar como Marty e Wendy continuam espertos. Além disso, é importante mencionar o quanto Laura Linney é incrível. Ainda mais relevante e dividindo de vez o protagonismo da série, a atriz está insana e empática em vários momentos. Com aquele tom sarcástico em sua voz e um olhar de superioridade, ela amedronta, seduz e engana seus oponentes como ninguém. 

Mas preciso também elencar a fascinante performance de Julia Garner! A atriz, que já levou o Emmy por sua atuação na série, acaba tendo grandes chances de aparecer novamente nas premiações, já que Garner tem ótimos momentos nesta temporada e um final curioso para Ozark

Julia Garner em Ozark.
Julia Garner em Ozark.

Jason Bateman se encontra – como sempre – ótimo na pele de Marty, com seus trejeitos e a forma como age para resolver os problemas que vão aparecendo. Já Sofia Hublitz não tem muito espaço nessa primeira parte, enquanto Skylar Gaertner tem um certo protagonismo e utiliza bem a “rebeldia de jovem” que a trama colocou em Jonah.

Outro grande destaque foi a introdução do personagem Javi, interpretado por Alfonso Herrera (Rebelde e Sense8). Dando vida ao sobrinho de Omar Navarro, Javi é impaciente, carismático e extremamente violento. Contrapondo-se às ideias de seu tio, Javi é mais jovem e estudado, visando uma nova era para os negócios da família. Seu personagem é super importante para a continuidade dessa história, além de proporcionar um final surpreendente nessa primeira metade do final da série.

Javi e Omar Navarro em Ozark.
Javi e Omar Navarro em Ozark.

Ozark continua com o mesmo senso de urgência e inúmeras tragédias, que já fazem parte da narrativa do projeto. Ainda mais desumana em alguns aspectos, a série ainda continua impactando com a barbaridade nas atitudes e mostra que, quanto mais o tempo passa, mais a empatia se torna algo inimaginável nessas pessoas. 

Cruel e implacável são as palavras que traduzem da melhor forma essa história. Com uma narrativa genuína e um final difícil de se imaginar, Ozark se consagra de vez como uma das melhores séries da Netflix. Ou será uma das melhores de todos os tempos? 

Vamos esperar a 2ª parte da temporada para tirarmos essas conclusões, não é mesmo?

Veja o trailer:

A primeira parte da 4ª temporada de Ozark já se encontra disponível no catálogo da Netflix.

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Lucas Almeida
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