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Crítica | 13 Exorcismos: bom, mas não empolga
Os espanhóis já têm sua tradição em filmes de terror, principalmente no quesito possessão demoníaca. A Espinha do Diabo, O Orfanato, Verônica… e é exatamente com este último que se parece o filme.
Da mesma forma que em Verônica, uma menina colegial (pra quem não é cringe, o período relativo ao segundo grau) se vê às voltas com um encosto brabo. A diferença é que, em Verônica, tudo se dá após uma sessão com a Tábua de Ouija com as colegas de turma e aqui, após uma invasão à casa de um médico sociopata que matou sua família.
A premissa da moça certinha, reprimida pela família religiosa fervorosa temperada pela presença da psicóloga cética de seu colégio já é bastante óbvia e só serviria como ruptura de paradigma ou exemplo há alguns anos ou para quem nunca assistiu a nada do tipo. As ótimas atuações, incluindo os efeitos especiais da possessão são o que salvam o filme, que não deixa de ser morno nunca.
Embora seja apresentado como uma crítica ao fervor religioso cego, o filme acaba sendo mais uma ode ao poder da fé do que uma crítica ao mesmo. O padre exorcista que percebe desde o início que há algo estranho com a menina, embora nada dê uma pista no exato momento em que ele a conhece – nem para nós espectadores – travará uma batalha com o demônio que a possui em 13 sessões de exorcismo, já que mais uma acabará por matar a menina.
Esse é o mote que intitula e dá a tônica do filme, além do número 13 ter a conotação maldita que todos – mesmo os que não são aficionados em filmes de terror – conhecem. O que não fica claro é que, ao longo da trama, descobre-se que a protagonista está possuída por um demônio, sendo que o que a possuiu foi o espírito do médico psicopata. Teria ele evoluído na hierarquia infernal ou seria ele um assecla do demônio que a possuiu? Isso fica muito mais claro em Invocação do Mal 2, por exemplo.
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Os espanhóis já provaram que sabem fazer filmes de possessão demoníaca e honram a tradição nefasta deixada pel’O Exorcista, a começar pelo final de 13 Exorcismos. Opa! Calma, sem terror! Não dei spoilers. Como eu ia dizendo, os espanhóis já provaram que sabem fazer filmes de possessão demoníaca. Resta agora fazer filmes menos mornos, que não deem apenas sustos a la jump scare, mas que passem a agonia da temática possessão.
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