Crítica| Orfã 2 consegue não se repetir, mas dá umas escorregadas

Em 2009 chegava aos cinemas o longa A Orfã (disponível na HBOMax), que chocou muitos fãs do terror com sua história bizarra e com um final inesperado. E agora, 13 anos depois, chega aos cinemas o segundo filme da saga, Orfã 2: A Origem. Que promete contar o que aconteceu com a personagem protagonista alguns anos antes da história do primeiro longa.

Em Orfã 2 a psicopata Leena Klammer, uma mulher de 30 anos, sofre de uma condição física que faz com que ela viva em um corpo de uma menina de 10 anos para sempre. Após uma série de assassinatos, Leena é condenada e internada em um manicômio na Estônia. Assim, depois de orquestrar a sua fuga, Leena chega aos Estados Unidos e se infiltra em uma família rica local como a sua filha perdida, Esther.

Leena Klammer deitada na cama do manicômio - Crítica - Orfã 2 consegue não se repetir, mas dá umas escorregadas - Otageek

A Origem da Orfã?

Bom, a primeira coisa que logo notamos sobre o filme é como seu título é enganador. No Brasil foi traduzido como “A Origem“, e o original em inglês traz “First Kill”, ou “A Primeira Morte“. Porém, logo no início já sabemos que aquela não é nem a origem de Leena, nem sua primeira morte, já que a mulher já havia matado antes, por isso está em um manicômio. E também já havia matado de seu jeito característico: se infiltrando em uma família ao fingir ser uma criança.

Este longa apenas traz acontecimentos prévios aos do primeiro filme, mas não sua origem de fato.

Pôster de Orfã 2 - Crítica - Orfã 2 consegue não se repetir, mas dá umas escorregadas - Otageek

Passando isso, algo que irá incomodar aos mais exigentes são as extremas facilitações que o roteiro coloca na história para que sua protagonista chegue onde eles precisam que ela chegue. Como por exemplo, a ineficiência dos seguranças do manicômio, dos policiais, tanto russos como americanos, e também da comunicação entre qualquer autoridade possível.

E para os fãs da protagonista que encontramos no primeiro filme, pode haver uma decepção. A Esther do longa de 2009 era ardilosa, enquanto não sabíamos sobre a sua condição fisíca, até estranhávamos a esperteza de uma criança tão nova. Porém, nunca desconfiamos do seu segredo, ela convencia como uma mulher adulta que tentava, e conseguia, se passar por uma criança.

Agora no longa de 2022 Esther não parece querer fazer o mínimo esforço para manter um papel que ela mesma se propôs a fazer. Ela joga frases ou atitudes extramemente suspeitas o tempo todo, sem se importar com quem estiver por perto. Parecia até que ela queria ser descoberta a todo momento.

Reviravoltas

Mas, passado todas essas questões que podem desanimar o telespectador, não podemos dizer que o filme não tem nada de bom. Assim como seu antecessor, Orfã 2 possui seu próprio plot twist (sua virada inesperada). Então, para aqueles que temiam que a trama fosse apenas repetir a história do primeiro filme, podem ficar tranquilos. Aqui acompanhamos novos desafios para que Esther conquiste seu propósito, com momentos que conseguem nos deixar chocados.

Porém, apesar das inovações, o final não consegue sair do previsível, afinal, nós já sabemos como tudo vai acabar graças à A Orfã (2009).

O rejuvenescimento de Isabelle Fuhrman

Isabelle Furhman como Esther - Crítica - Orfã 2 consegue não se repetir, mas dá umas escorregadas - Otageek

Por último, precisamos falar sobre a grande questão técnica desse longa. Isabelle Fuhrman é a atriz que interpreta a mulher que está no corpo de uma criança. No filme de 2009, a atriz possuia 12 anos, e seu desafio era convencer, em sua mentalidade, como uma mulher adulta.

Porém, agora em 2022 e atriz se encontra com 25 anos, e seu desafio se tornou convencer, em sua aparência, como uma garota de 10 anos. A produção de Orfã 2 não possuía orçamento para fazer um bom trabalho de CGI, como a Marvel ou Star Wars constumam fazer. Portanto, eles contaram com efeitos práticos, maquiagem e uma dublê mirím para superar esse obstáculo.

Podemos dizer que não foi a melhor das ideias, mas também não foi a pior. No geral, quando você já conhece as condições sob as quais o longa foi produzido, não se torna impossível comprar a atriz como uma menina de 10 anos. Mas, para os mais detalhistas, algumas coisas podem ficar incomodando durante a duração do filme. Como as feições da atriz, que já estão mais alongadas, e deduram sua maturidade, e até mesmo suas mãos, que são desproporcionais para uma garotinha. Os momentos que reforçam a idade da personagem e fixam isso em nossa mente são sempre as cenas com a dublê mirím. Mas estas sempre acontecem quando a personagem está longe ou de costas.

Assim, no fim, para os fãs da franquia, ou espectadores não muito exigentes, que já sabem sobre o que se trata o filme e as dificuldades, como a idade da atriz, e condições de sua produção, Orfã 2 se mantém como um filme que entrete e envolve, especialmente ao chegar em seu próprio plot twist.

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Nathalia Mendes
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