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#Bastidores Conheça o time por trás das câmeras na produção de “A Casa Sombria”
A Casa Sombria, novo filme de terror de David Bruckner (O Ritual) e estrelado por Rebecca Hall (Vicky Cristina Barcelona; Atração Perigosa), está em cartaz nos cinemas brasileiros e segue a história de Beth (Hall), uma viúva que começa a descobrir os segredos de seu falecido marido.
Balançada com a morte inesperada, Beth vive sozinha em uma casa à beira do lago, que o marido construiu para ela. A protagonista tenta o melhor que pode para se manter bem, mas então chegam os pesadelos: visões perturbadoras de uma presença na casa a chamam, acenando com um gesto fantasmagórico. Contra o conselho de seus amigos, ela começa a vasculhar os pertences de seu marido, ansiando por respostas. O que ela descobre são segredos terríveis e um mistério que está determinada a resolver.
Produzido pela Searchlight Pictures, além do elenco estrelado, A Casa Sombria conta com uma equipe renomada por trás das câmeras. Conheça, abaixo, e descubra também curiosidades sobre a produção!
David Bruckner (Diretor)
David Bruckner é um diretor de cinema e roteirista americano. Ele começou sua carreira com a primeira Transmissão de O Sinal, um tríptico de terror de ficção científica que explorou temas de paranoia na mídia de massa. Seu primeiro longa-metragem dirigido solo, O Ritual, baseado no romance de Adam Nevill, estreou no TIFF em 2017 e foi lançado em 2018.
O cineasta descreve A Casa Sombria como “uma história de fantasmas com nuances de romance gótico e um retrato de um casamento profundamente conturbado. É uma história misteriosa e angustiante de desvendamentos; um labirinto em que você entra por sua própria conta em risco”.
Ben Collins & Luke Piotrowski (Roteiristas)
Ben Collins e Luke Piotrowski são parceiros de roteiro há 13 anos, trabalhando em filmes de estúdios e em projetos independentes, mas peculiares. Em 2017, eles lançaram o filme Super Dark Times, que estreou no Festival de Cinema de Tribeca.
Quando Collins e Piotrowski começaram o roteiro de A Casa Sombria, foram inicialmente inspirados pelas circunstâncias específicas da personagem principal mais do que qualquer outra coisa. Collins diz: “a história explora os temas universais da mortalidade e da vida após a morte, se realmente conhecemos alguém, a tendência que as pessoas têm em relação ao luto e ao comportamento autodestrutivo, depressão e ansiedade”.
Já Piotrowski afirma: “Para mim, sempre foi sobre o fascínio sedutor de pensamentos sombrios. Ficar acordado à noite quando sua mente começa a vagar e pensar ‘é isso; isso é tudo o que existe’”. Ele continua: “Acho que, às vezes, especialmente depois de dificuldades ou tragédias, as pessoas querem se sentir mal. Elas precisam disso. Precisam se lamentar e ficar envolvidas com a dor. É melhor do que não sentir nada. Beth amava seu marido. Ela o perdeu. Agora, contra seu melhor julgamento, ela se vê apaixonada pela ausência dele.”
David Marks (Editor)
David Marks é um editor de vídeo de Los Angeles que editou o sucesso do Sundance The Last Black Man in San Francisco, de Joe Talbot, e A Pé Ele Não Vai Longe, de Gus Van Sants, estrelando Joaquin Phoenix e Jonah Hill. Ele também foi editor adicional em Querido Menino, de Felix Van Groeningen, estrelado por Steve Carell e Timothée Chalamet. Além disso, Marks foi assistente de edição em Homem-Aranha: De Volta ao Lar, de Jon Watts, 13 Horas: Os Soldados Secretos de Benghazi, de Michael Bay, entre outros trabalhos.
Durante a edição de A Casa Sombria, a equipe teve muito cuidado para aprimorar o timing dos momentos-chave para ser o mais surpreendente possível. “Se algum detalhe estiver um pouco fora, a tensão pode facilmente esvaziar, e o susto não funciona. O timing da edição, o som e a música trabalham juntos para fazer esses momentos funcionarem”, afirma Marks. “David é um mestre em encenar sustos e trabalha incansavelmente no set para garantir que esses momentos sejam executados com eficácia.”
Outro elemento estrutural é que não existem flashbacks no filme. Sobre isso, Marks explica: “Mesmo que grande parte do filme dependa de eventos passados, não depender de flashbacks ajudou a manter a história simplificada e fundamentada no momento presente, conforme descobrimos o que está acontecendo com Beth. Eu adoro isso no filme, mas também nos forçou a ser criativos na forma como transmitimos as informações da história de fundo sem ser de maneira severa”.
Elisha Christian (Diretor de Fotografia)
Elisha Christian é um diretor de fotografia atencioso, talentoso e colaborativo. Ele recentemente terminou o thriller The Voyeurs, escrito e dirigido pelo colaborador de longa data Michael Mohan, e foi indicado ao Independent Spirit Award por sua brilhante cinematografia em Columbus. Outros créditos de Christian incluem a série Everything Sucks!, criada por Ben York Jones e Michael Mohan.
Sobre A Casa Sombria, Christian afirma: “O filme intencionalmente não explica as coisas, em vez disso, fica entre estar acordado ou em um estado de sonho. Como público, seguimos Beth de um lado ao outro, até não sabermos mais o que é real. A quantidade de álcool que ela consome ao longo da história apenas turva ainda mais nossa visão.”
Kathrin Eder (Designer de Produção)
Kathrin Eder é uma designer de produção que trabalha com cinema, televisão, comerciais e videoclipes. Projetos anteriormente dignos de menção incluem Stockholm, de Robert Budreau; Pennsylvania, de Nikole Beckwidth, e Big Time Adolescense, de Jason Orley.
Um dos desafios de A Casa Sombria para Bruckner foi descobrir uma maneira original de lidar com a “lógica do espelho” entre a casa principal e a Casa Sombria, o que a designer achou muito divertido. “O maior desafio foi construir o interior da Casa Sombria para o clímax do filme, já que David queria que a casa se tornasse um labirinto em que Beth perdesse a orientação. Foi uma grande construção.”
“Criamos toda uma história de como Owen desenhou a casa à beira do lago”, Eder acrescenta. “O tema principal passou a ser trazer a natureza para dentro. Acabamos usando materiais e cores que são nativos da região dos lagos, como ardósia, madeira, verdes escuros, azuis luminescentes e cores neutras. Foi muito importante para nós retratar a casa como uma representação integral da relação entre Beth e Owen. Focamos na implementação de itens mais masculinos para dar ao público uma sensação persistente da presença de Owen”.
Ben Lovett (Compositor)
Ben Lovett é um artista, letrista e compositor conhecido por criar trilhas sonoras não convencionais para diversos filmes, incluindo The Ritual, de Bruckner; O Sinal; Terror na Ilha, entre outros.
A trilha de Ben Lovett foi crucial para elaborar a história e criar tensão para o espectador ao longo da jornada de Beth. “Uma vez que a música contribui para a linguagem emocional de qualquer filme, meu objetivo era elevar a conversa subconsciente com o público”, diz o compositor. Lovett começou a experimentar como diferentes conceitos de história se traduziriam na música, incluindo a arquitetura invertida, as plantas espelhadas, as doppelgängers e os padrões repetidos. “Trabalhei em palíndromos musicais e melodias que pudessem ser reproduzidas de frente para trás e de trás para frente, e comecei a evoluir a partir daí.”
“Usei uma técnica chamada harmonia negativa”, explica Lovett, “que envolve a inversão das notas de uma melodia para que cada uma tenha uma nota correspondente do lado oposto. Esse conceito foi empregado no tema do casamento para virá-lo do avesso e criar uma harmonia-sombra do original no lado mais escuro do espectro harmônico”.
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Como a maior parte do filme se passa na casa do lago, Lovett passou alguns dias no set e voltou pensando sobre as diferenças entre a água do lago e a água do oceano. Ele explica: “A água do lago é mais turva e instável. Ela nunca fica totalmente parada, sempre agitada pelas forças externas. Eu me perguntei como isso poderia soar como instrumentação”. O som resultante tornou-se uma forma de explorar e modular os estados de ansiedade de Beth.
A Casa Sombria está em cartaz nos cinemas do Brasil. Consulte programação.
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