Crítica | Apostando Suas Fichas Feudais em Poker Quest

Poker Quest une um bom jogo de cartas com batalhas fantásticas e seus personagens medievais em uma jogabilidade viciante!

Último lançamento da californiana Playasaurus, Poker Quest chama atenção pela proposta inusitada (e que estranhamente faz sentido!): vamos jogar um RPG com pôquer!

Logo de cara, você já começa na tela de batalha, tendo que escolher, com sua mão de cartas, qual golpe vai aplicar para vencer o conflito de acordo com as combinações de cartas possíveis. Em seguida, depois das batalhas, você escolhe como vai gastar seus ganhos – aumentando a potência de ataques, comprando comida

Tela de batalha em Poker Quest - Otageek
A tela de batalha reúne muitas informações, mas se mantém acessível.

Assim, o jogo combina os elementos de RPG e do pôquer de uma forma muito natural, garantindo uma jogatina muito gostosa e fluida. Vamos conferir?

Era Uma Vez na Idade Média…

Primeiramente, Poker Quest inicia sua história sem muitos rodeios: escolha seu personagem e lute! Sem nenhum contexto, as artes das cartas, equipamentos e personagens te levam para uma aventura na Idade Média.

Da mesma forma, o jogo não possui uma história definida, sendo focado em conseguir sobreviver frente aos monstros dessa estranha terra. Portanto, tem um foco muito grande nas mecânicas de jogo – holofote que vale a pena!

Tela de compras, com opções de melhoramentos - Otageek
Nem só de cartas vive um homem! Melhore seu deck e garanta novos poderes!

Como na maioria dos RPGs tradicionais, você vai montando seu personagem e escolhendo onde investir seus ganhos. Para isso, precisará montar um deck de cartas para seu personagem, escolhendo dentre alguns ataques, defesas, poderes mágicos… e durante sua aventura, você poderá ganhar novas cartas e aumentar seu poder!

A cada rodada, você recebe um número de cartas de baralho, separadas das cartas do personagem. E cada carta do personagem pede uma combinação específica dessas cartas de turno para ser ativada.

All In!

É aí que entra o pôquer de uma forma muito natural: essas combinações são baseadas no tradicional jogo de baralho. Uma carta mais potente, por exemplo, pode pedir um straight flush para ser acionada!

Nesse sentido, é um jogo muito acessível para quem não tem contato com pôquer, pois as combinações possíveis são sempre destacadas nas cartas.

Cartas selecionadas salientando os poderes disponíveis - Otageek
Será que vale a pena esperar a sorte de uma mão mais poderosa?

Inclusive, Poker Quest também traz elementos roguelike: cada cenário tem diferentes caminhos possíveis. Será que vale a pena enfrentar esse monstro para chegar naquele baú logo depois dele?

Por isso, essa acessibilidade dos elementos do pôquer com uma ênfase numa jogabilidade mais casual, com rodadas rápidas, transforma Poker Quest em um ótimo jogo, que te suga tempo sem você nem perceber!

Por fim, cada “aventura” te garante pontos finais que você pode aplicar em novos personagens ou em novas cartas, garantindo uma rejogabilidade enorme.

Gráficos

No quesito estético, o jogo não apresenta muitas novidades. Usa das simbologias de uma Idade Média genérica, com personagens tradicionais dos RPGs (guerreiro, arqueiro, mago…) e suas músicas de bardo.

Isso faz lembrar muito os jogos de flash, populares até há pouco tempo. Fiquei saudoso dos tempos de Kongregate e Miniclip!

Mapa da aventura, com pontos de interesse - Otageek
Qual caminho te leva às cartas?

Esse estilo artístico medieval fantasioso em 2D não surpreende, mas talvez por isso mesmo funcione muito bem, com sua proposta mais casual: o foco é nas cartas!

As Cartas Estão do Lado de Poker Quest?

Finalizando, a experiência inicial com Poker Quest não chama atenção, mas te absorve à medida que você mergulha em sua mecânica de jogo. Entretanto, senti falta de uma história que me mantivesse preso nessa aventura. Portanto, sem muitos objetivos maiores e sem um visual imersivo, o jogo não te chama de volta para além da maratona inicial.

(Por mais que essa maratona seja muito fluida e gostosa).

Mesmo assim, isso talvez se explique por sua proposta mais casual, porém, é uma fraqueza que mina o potencial incrível de sua mecânica de jogo, absolutamente original.

Em conclusão, Poker Quest cumpre muito bem sua proposta casual, te prendendo por horas, porém, deixa um gosto agridoce por ser também uma proposta muito curta para aproveitar as possibilidades dessa incrível mistura entre RPG e pôquer.

Confira o trailer aqui:

Para ler mais:

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Riuler Luciano
Riuler Luciano

Jornalista Cultural e Marketeiro, cresceu lendo quadrinhos dos X-MEN é amante de Cultura Pop e Pequi!

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