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Alien | Conheça a Ordem Cronológica da Franquia – incluindo as HQs.
Alien: Romulus deu o que falar e agradou à maioria dos fãs da franquia. Mas sempre tem aqueles que discordam. Não vamos julgar aqui se ele foi bom ou ruim, isso fica pra outro artigo. Desde que foi lançado, pipocaram artigos na internet e memes mostrando a ordem cronológica dos filmes, algo totalmente desnecessário já que isso não é segredo pra ninguém.
O que pouca gente sabe e você vai ver com exclusividade aqui, no Otageek, é a ordem cronológica de TODAS as mídias. Isso mesmo! As obras em quadrinhos que serviram de entreposto e uma que foi a continuação de Alien: A Ressurreição, inclusive, lançando um personagem que serviu de embrião para o Exterminador presente no filme O Exterminador do Futuro: Gênesis.
Prometheus (2012)
O filme que mais gerou repúdio por parte dos fãs da franquia. Até mais do que Alien 3 e Alien: A Ressurreição. Apresentando uma nova gama de criaturas (um novo bestiário – termo conhecido pelos fãs de RPG), o filme teve a audácia de ser um filme do Alien SEM o Alien.
Um grupo de cientistas financiados e tutorados pela Weyland Yutani Corp (a mega corporação que faz viagens espaciais na franquia) sai em uma expedição para encontrar a possível origem da humanidade, mas um certo tripulante acaba dando vida a algo mortal.
Repleto de referências esotéricas, a começar pelo título, que diz muito sem falar nada. Entendedores entenderão. O que ninguém parece ter percebido é que faltava um vilão na franquia, salvo a própria corporação, já que a criatura não é um vilão, mas um antagonista.
O androide David, magnificamente interpretado por Michael Fassbender, ocupa o cargo e a saga iniciada por Prometheus não é a tradicional Jornada do Herói, mas a Jornada do Vilão.
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Fire and Stone (2014 – 2015)
Dois anos após o lançamento de Prometheus, a Dark Horse (na época em que ainda era detentora dos direitos dos xenomorfos) lançou a série Fire and Stone, nunca lançada no Brasil.
Anos após o incidente na Lua LV-223 (a ambientação de Prometheus), um grupo de personagens chega a uma nova lua (LV-426). Eles se deparam com o composto líquido preto que causou todo o rebu de Prometheus e sua sequência e um de seus tripulantes, o cientista Francis, está com câncer e esse é um dos motivos de fazer parte da equipe: o sono criogênico das viagens interplanetárias prolonga a sua vida.
Verificando que o composto pode modificar a estrutura genética de plantas e animais, Francis tem a “brilhante” ideia de injetá-lo no androide de plantão. O’Resultado você confere aqui. Nessa série, sobrou até pro Predador experimentar o composto mutágeno.
Fire and Stone foi lançada em 4 minisséries de 4 edições cada: Aliens Fire and Stone, Prometheus Fire and Stone, Alien versus Predator Fire and Stone e Predator Fire and Stone e mais uma, Prometheus Fire and Stone Omega, que encerra a série e conta o que aconteceu com o proto-alien Deacon, numa referência à série de quadros de H.R.Giger, Biomechanical Landscapes.
Life and Death (2016 – 2017)
Continuando Fire and Stone e no mesmo formato de 4 minisséries de conta o que aconteceu com os personagens da antiga série. Ao menos quem sobreviveu. Partindo da premissa básica presente em Alien 3, uma das tripulantes acaba grávida de uma rainha, o que faz dela uma humana protegida pelos xenomorfos no estilo, “Se derrubar, é pênalti!”
A série não tem a audácia da antecessora de variar nos traços de acordo com a edição e não parece ter feito tanto sucesso, já que não tem nem verbete na Wikipedia. Os Predadores novamente têm uma baita treta com os Engenheiros mas dessa vez eles (os Engenheiros) têm que se entender com um adversário (literalmente) à altura: a Rainha.
Alien: Covenant (2017)
A continuação de Prometheus gerou ainda mais decepção/foi ainda mais decepcionante. Ridley Scott parece ter desprezado totalmente o cânone presente nos quadrinhos e fez a continuação de Prometheus passando por cima de tudo o que foi apresentado em Fire and Stone e Life and Death.
Embora a atuação de Michael Fassbender permaneça impecável (ele interpreta dois “gêmeos” androides), o filme peca por várias brechas no roteiro, embora tenha como easter eggs alguns quadros de pintores suíços como o próprio H.R.Giger (o quadro Li II, representado pelo cadáver de Elizabeth Shaw) e o quadro A Ilha dos Mortos, de Arnold Böcklin, que aparece de relance, rapidinho, na cena da acrópole.
Alien: o Oitavo Passageiro (1979)
Foi aqui que tudo começou! Ao menos cinematograficamente, já que a ordem cronológica difere da (ordem) de lançamento. Alien chamou a atenção por diversos fatores: excelentes efeitos especiais (principalmente pra época), uma mulher protagonista e um monstro singular concebido pelo excêntrico pintor e escultor H.R. Giger.
Um enorme ovo eclode liberando uma estranha larva aracnoide chamada Facehugger que salta na cara do hospedeiro inoculando-o com outra larva, que se aloja em seu duodeno e eclode de sua caixa torácica (por isso chamada Chestbuster). A larva cresce para se tornar um ser sem olhos, duas bocas e uma cauda mortífera.
Sua imagem foi inspirada no Íncubo, um demônio sexual lendário capaz de invadir os sonhos de mulheres e inculcá-la com sonhos eróticos, drenando sua força vital. Um outro pintor suiço (Johann Heinrich Füssli) representou o demônio em seu quadro O Pesadelo (The Nightmare) do qual deriva a pose do xenomorfo.
Alien: Romulus (2024)
Eu já listei aqui 5 motivos para assistir esse filme. Após o fracasso das duas prequels antecessores, Alien: Romulus vem com a audaciosa proposta de ser o “um e meio”, já que se passa entre o primeiro e o segundo filmes, sendo um filme conectado e ao mesmo tempo sustentando-se sozinho.
Apresentando um novo híbrido, um androide camarada e um protagonismo incrível dos facehuggers, o filme tem o terror do primeiro, a ambientação do segundo, o climão do terceiro e tem como eminência parda o game Alien: Isolation. O nome Romulus vem do mito grefo de Rômulo e Remo, que foram amamentados por uma loba.
Apresentando um novo híbrido, um androide camarada e um protagonismo incrível dos facehuggers, o filme tem o terror do primeiro, a ambientação do segundo, o climão do terceiro e tem como eminência parda o jogo Alien: Isolation. O nome Romulus vem do mito grego de Rômulo e Remo, que foram amamentados por uma loba.
Aliens: O Resgate (1986)
Ripley ganhou XP após ser a única sobrevivente da nave Nostromo e ninguém melhor do que ela pra tutorar a equipe de marines espaciais numa missão suicida à colônia que foi infestada pelos xenomorfos. Com aquele célebre aviso: “Vocês não sabem o que vão enfrentar!”
Se um xenomorfo incomoda muita gente, muitos incomodam muito mais! O filme teve a inteligente sacação de colocar o título no plural “Aliens”, em vez de Alien 2, como era de praxe na época. A pergunta que não queria calar foi respondida aqui: afinal, quem coloca aquele ovo maldito? Era melhor ficar sem saber a resposta… pelo menos para os personagens.
Alien 3 (1992)
Todo mundo fala mal desse filme, mas sinceramente, é uma verdadeira obra-prima! Com suas cenas chapadas em 2D e cenários trapezoidais que não oferecem nem uma quina para os personagens se sentarem gerando um desconforto no espectador.
Alien 3 tem o clima, a atmosfera e a estética quase de expressionismo alemão se assemelhando a um quadrinho da Dark Horse, a antiga editora que publicava as HQs do xenomorfo (sendo agora da Marvel junto com seu rival Predador).
David Fincher se estressou bastante com o filme, que circula em duas versões por aí, a padrão e a do diretor. Como é de praxe dos filmes e obras da franquia, a antológica cena de Ripley sendo “beijada” pelo xenomorfo é novamente uma referência a um quadro.
Alien: A Ressurreição (1997)
Mais mal falado do que Alien 3, Alien: A Ressurreição não precisa de maiores explicações devido ao título. Após o suposto final da saga no filme anterior, Jean-Pierre Jeunet (de O Fabuloso Destino de Amélie Poulain e Delicatessen) resolve assumir a responsa de ressuscitar a franquia e quase acaba por enterrá-la de vez.
Com uma Ripley híbrida de xenomorfo, uma androide feminina (Winona Rider) e o personagem escr0to de Ron Perlman, Alien: A Ressurreição é um filme de aventura com personagens propositalmente estereotipados que fazem o filme parecer um Dungeons & Dragons cyberpunk. Mas com duas cenas de dar vergonha alheia a um androide, que nem sentimento tem.
Alien versus Predador versus Exterminador do Futuro (2000)
Três anos após o último filme, a Dark Horse lança o crossover Aliens versus Predador versus Exterminador do Futuro. Isso mesmo! Da mesma forma que Ash de Evil Dead aparece no crossover de Freddy versus Jason, o Exterminador faz uma inesperada aparição no universo da franquia.
O que pouca gente sabe ou percebeu é que se trata de uma continuação do filme Alien: A Ressurreição, mostrando o que aconteceu com os heróis do filme – ao menos aqueles que sobreviveram. O Exterminador desta edição – criado a partir da genética do xenomorfo – serve de embrião para o Exterminador de John Connor, de O Exterminador do Futuro: Genesis.
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