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A relação entre ‘Assassin’s Creed’ e a História da Arte
A história de Assassin’s Creed gira em torno do combate entre Assassinos e Templários: na história, ambos tiveram uma relação indireta com uma espécie que viveu antes dos humanos, cuja sociedade foi destruída por uma gigantesca tempestade solar.
A ordem cronológica dos jogos começa em 2012 e controlamos inicialmente Desmond Miles, um jovem que, com a ajuda do Animus (um dispositivo que permite ver as suas “memórias ancestrais”), explora as memórias de alguns dos mais proeminentes Assassinos da história.
No primeiro título, o jogador controla tanto Desmond quanto Altair, mas a maior parte do jogo se passa na época da terceira cruzada. Altair é apresentado como membro do Credo dos Assassinos, sendo possível visitar cidades como Acre, Damasco e Jerusalém.
Em Assassin’s Creed II, sequência direta de Assassin’s Creed, o jogo concentra-se novamente em Desmond Miles depois que ele escapa das Indústrias Abstergo. Em uma tentativa de frustrar os templários modernos.
Desmond usa um novo Animus para reviver as memórias genéticas de seus antepassados. Desta vez de Ezio Auditore da Firenze, que viveu na Itália durante a Renascença e se torna um assassino depois que sua família é traída. Enquanto controla Ezio, o jogador pode explorar grandes regiões e cidades italianas.
A franquia Assassin’s Creed é altamente criticada pelo excesso de jogos lançados, porém os fãs nunca reclamam da fidelidade histórica presente nas ambientações, figurinos e culturas das épocas de cada jogo.
A arquiteta responsável pela recriação dos elementos históricos do período no jogo foi María Elisa Navarro, professora de arquitetura com ênfase em História e Teoria. Ela trabalhou na companhia Ubisoft Montreal como assessora histórica da equipe de desenho do jogo eletrônico Assassin’s Creed II, desde os primeiros esboços até seu lançamento em novembro de 2009.
A partir daí podemos traçar uma excelente e extensa relação de ligações com a história da arte, a partir de monumentos arquitetônicos históricos que podemos visitar de perto e apreciar.
Coliseu
Dentre os diversos lugares disponíveis para exploração no jogo, podemos encontrar lugares como o Coliseu. Construído entre 72 e 80 d. C. sob as ordens do Imperador Tito, o Coliseu tinha capacidade para um máximo de 50.000 espectadores e é considerado um dos maiores êxitos arquitetônicos na história romana.
A maioria dos espetáculos, quer fossem gladiatórios, dramáticos ou de outro tipo, era financiada a título privado por famílias ricas que pretendiam demonstrar a sua opulência, criando espetáculos universalmente adorados pelo povo de Roma.
Pantheon Castell
Construída em 126 por Marco Agripa como templo de todos os deuses da Roma Antiga, o Panteão veio a se tornar um centro da Cristandade. A estrutura foi queimada, reconstruída, roubada, modificada, demolida e renovada tantas vezes que o interior contém uma panóplia de ícones e símbolos incompatíveis.
Pantheon Castell Pantheon Castell presente no game
Sant’Angelo
Construído entre 135 e 139 como cripta do imperador romano Adriano, o Castelo foi desenhado para superar ligeiramente o Mausoléu de Augusto. O edifício foi convertido numa fortaleza militar em 401 e foi prontamente saqueado em 410 pelos visigodos, que espalharam as cinzas de Adriano por toda a parte. O que restou foi reciclado, em outras palavras, roubado pelo Vaticano.
Sant’Angelo Sant’Angelo no game
Colonna Traiana e o Arco di Costantino também estão presentes ao lado de outros pontos históricos.
Além dos pontos citados em Assassin’s Creed II e seu sucessor Assassin’s Creed: Brotherhood, podemos encontrar também a Cappella Sistina, que pode ser confira no vídeo abaixo:
Destaque para Notre Dame
Se avançarmos mais um pouco na mitologia da franquia, em Assassin’s Creed Unity, capítulo da franquia lançado em 2014, controlamos Arno Dorian, um jovem que teve seu pai assassinado quando ainda era criança e, assim, acaba trabalhando como servo na casa de alguns nobres franceses.
Nesse meio tempo que também conhecemos Elisé, que cresceu com Arno em muitos momentos e acabou se tornando sua companheira de aventuras.
Arno, com o tempo, descobre descender de uma linhagem de assassinos e, com o fardo nas costas, precisa percorrer um caminho de vingança e de justiça para punir não apenas o assassino de seu pai, mas também o de seu senhor, para quem prestava serviços.
O grande destaque do jogo é que podermos visitar a catedral de Notre Dame, a qual foi destruída em um incêndio. As pessoas responsáveis pela catedral se interessaram em aproveitar os estudos do historiador Andrew Tallon para reconstruir o lugar e, além do escaneamento 3D que ele fez há alguns anos.
O motivo para o jogo da Ubisoft lançado em 2014 ter sido escolhido, seria a reprodução de Notre-Dame presente nele. Servindo como um dos pontos principais da aventura, a construção foi fruto de dois anos de trabalho árduo da level designer Caroline Miousse, cujo resultado passou a ser elogiado por ter reproduzido quase perfeitamente a maneira como a igreja era durante a Revolução Francesa.
Vamos voltar para a Grécia Antiga
Em um dos capítulos mais recente da franquia, Assassin’s Creed Odyssey, somos transportados para a Grécia antiga, mais precisamente na Era de Ouro e durante a Guerra do Peloponeso, em 431 A.C. Seguindo os seus antecessores, o game apresenta um mundo aberto completo, que vai desde praias, cordilheiras e montanhas vulcânicas, a lagos cristalinos e desertos áridos.
Em novembro de 2020 a franquia mergulhou no universo Viking com Assassin’s Creed Valhalla, entregando para os jogadores um novo mundo, cultura e histórias para serem exploradas.
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